quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Mudança de categoria

Vira e mexe escuto aquele velho papo sobre ex-namorados... a maioria das pessoas acha que não dá para ser amiga deles e por isso surgem aquelas piadinhas infâmes do tipo "se fosse bom não seria ex", mas eu não sei se concordo com isso... Aliás, sei sim: eu discordo!

Sempre penso que para um cidadão se tornar ex, um dia, obviamente, ele foi o "atual". E tendo sido o "atual" por algum tempo, penso que algo de bom esse mesmo cidadão deve ter. Pensem comigo: se um dia esse cara foi legal o suficiente para ter um relacionamento estável contigo, por que, de uma hora para outra, ele passou a ser considerado o "abominável monstro do lago Ness"?? Se o namoro terminou sob condições naturais, não há motivos para isso (leia-se condições naturais: término do amor romântico, desgaste no relacionamento, falta de tempo e afinidade, ou seja, aquelas desculpinhas básicas para o rompimento amoroso que todos nós já demos e/ou recebemos um dia). Claro e evidente que traição, violência ou qualquer outra atitude ilegal ou desumana não cabem aqui. Nem preciso explicar... Quem quer ser amiga de um maníaco-psicopata? Ninguém, creio eu.

Mas nos casos ditos "normais", eu acho que vale a pena sim manter a amizade. No início é meio complicado, eu sei. Quando a separação ainda é recente, fica tudo muito confuso. Não se consegue ainda delimitar muito bem o que o namorado podia fazer e o amigo não pode mais. Acho que nem preciso citar exemplos, rs. Se não há esse distanciamento inicial após o término, surgem logo aqueles casos horrorosos de namorados que viraram ficantes (e às vezes até amantes) e isso aí ninguém quer. Ou ninguém deveria querer.

Mas depois de um tempo, quando os papéis já estiverem bem definidos novamente, acho super válido manter essa pessoa por perto sim. Afinal, se ela conviveu tão de perto contigo algo deve saber sobre você, e acreditem, é sempre bom ter alguém que nos conheça bem de pertinho... Outros pontos positivos: o fato de você já ter intimidade, poder sentir-se a vontade - e muitas vezes mais até do que quando vocês estavam juntos -, não ter necesssidade de esconder o seu lado obscuro - ele já te conhece mesmo, rs -, e principalmente o fato de você conhecer a idoneidade dele. Acho que a relação de amizade com o ex é bem mais leve. Você pode rir com ele, tomar cerveja, falar dos amigos dele (até mencionar que eles são bem gatos, se for o caso - rs), não precisa mais só pensar nas coisas chatas do relacionamento e nem ter DRs. Você pode ser você sem se preocupar com a sua aparência, depilação, lingeries e etc. Não há segundas intenções... ali, você já sabe como funciona e como não funciona. Entendem o que eu digo ? Não há mais cobranças... só o lado gostoso: a amizade despretensiosa.
Eu teho um ex que é um grande amigo meu. Acho que nos damos melhor agora do que quando estávamos juntos. Namoramos por alguns anos... Mas obviamente ficamos amigos depois de uns cinco anos separados... Depois que terminamos, ele já casou, separou... e eu também. Hoje em dia, viajamos juntos, curtimos baladas e conversamos durante horas sobre amenidades... Se ainda rola um clima ? Não sei, às vezes eu digo para ele que ainda vamos nos casar... mas por pura diversão, só para descontrair mesmo.
Brincadeiras à parte, não entendo esse ódio todo nutrido pelos ex. Quando penso que também sou ex de alguns carinhas por aí, confirmo a minha teoria. Não é porque o namoro não deu certo que nada mais pode dar... Não acham? O relacionamento pode não ter durado para sempre, mas aquele sentimento bom do início, a amizade, a cumplicidade, o companheirismo... isso deve permanecer.
Mas, aconselho, se decidir tentar e ao ler este pequeno texto resolver que deve ligar para aquele velho affair do passado, cuidado. Investigue primeiro a quantas andam o seu coraçãozinho. Se houver qualquer pontinha de carência, nem prossiga. Investigue também a quantas andam o coraçãozinho do rapaz em questão... Ele pode ter uma namorada mega ciumenta que não vai gostar nada nada da sua reaproximação. Mas, no entanto, se depois das vasculhadas no orkut, twitter e outros, você descobrir que está tudo em ordem e começar a lembrar dos momentos bons, aqueles em que vocês passavam horas rindo do nada quando eram apenas bons amigos, e achar que vale a pena, siga em frente!! Muitas vezes o que o nosso coração deseja é apenas estar perto de alguém que nos traga paz. Seja lá quem for este alguém, ex ou não. Muitas vezes só o que precisamos é de um grande amigo por perto. E neste momento seu "ex" mudará de categoria: de ex-namorado para amigo do peito. Por isso, quando ouvir piadinhas novamente sobre o seu ou ex alheios, lembre-se: você também faz parte deste time... E aí, vai deixar que falem mal de você assim, na cara dura?? Acho que não, né ? rs
Um beijo enorme e um excelente final de ano para todos!
Que venha 2010!!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Namoros na era moderna

E eis que finalmente entendi qual é o meu problema. Viva, viva!!
Sempre achei que para se namorar alguém, era preciso primeiramente se apaixonar por esse alguém. Mas hoje, depois de tantos rolos e histórias tortas que vivo, ouço e vejo, percebo que as pessoas normais - coisa que eu não sou - não se apaixonam e namoram. Elas simplesmente namoram. E ponto. Com sorte, muita sorte, se apaixonam depois.
Há poucos dias tinha um rapaz no meu pé, perturbando o meu frágil juízo. E eu lá pensando no que fazer para que ele entendesse que eu não gostava dele do mesmo jeito que ele gostava de mim. Ficava pensando em como dizer para ele que não ia rolar, que eu não queria namorá-lo, por mais que ele quisesse. Pois bem. Eis que hoje, exatamente hoje, esse cidadão me manda uma mensagem com o seguinte dizer: "não passarei o natal na sua casa porque vou passar com a minha namorada." Olhei a mensagem e apareceu aquele ponto de interrogação na minha cabeça. Maaaas, como eu sou ruim, respondi que ele poderia passar lá em casa juntamente com a "namorada", se assim o quisesse, afinal eu não me importaria nem um pouco. A minha mãe sim ficaria bem chateada se ele não aparecesse por lá...
Obviamente que respondi isso porque sou "malina". Óbvio que eu não o quero em minha casa com uma menina que eu nem sei quem é. Não por ele, entendam. Realmente não tenho o menor interesse nele.... Mas fiquei pensando... De onde ele tirou esse namorada? Do bolso ?? Até poucos dias atrás, essa criatura ficava falando um monte para mim e me enchendo (literalmente e em todos os sentidos) de mensagens e agora vem com esse papo de casa de namorada ?? Fala sério.
Com a ocorrência deste fato, foi simples achar qual é o meu grande problema: eu não namoro seres com os quais eu não esteja realmente envolvida. É isso. Por isso continuo solteira. E por que esse é o MEU problema ? Simples... acompanhem o raciocínio: pelo que tenho percebido, as pessoas não ligam mais para isso... parece que hoje em dia deseja-se apenas ter um(a) namorado(a), não importa quem seja essa pessoa, de onde venha, se tem cultura e gostos parecidos com os seus. O que realmente importa é ter um "namorando" no orkut e deu. E eu não sou assim. Aliás, estou longe, muito longe de ser assim. Eu já vinha pensando neste assunto desde sábado para falar a verdade, mas ler aquela mensagem hoje foi a gota d'água para que esse texto saísse.
Eu realmente não fico com qualquer um. Realmente não me relaciono com qualquer um. Realmente não namoro qualquer um. Para mim, antes de tudo tem que haver envolvimento emocional, depois vem o resto. Nunca, jamais a ordem inversa, entendem ? Que estranho perceber que hoje em dia não é mais esta a ordem natural das coisas... Para mim, que sou antiga, continua sendo tudo como antes: conheço alguém, admiro - já disse aqui o significado da palavra admirar, procurem - , reparo, observo, conheço, me apaixono, me envolvo, beijo. Pronto. Aí sim a coisa anda. Ou não. Gosto que seja assim, desta maneira antiquíssima. Não estou mais na fase de pegação e nem muito menos na fase do ficar por ficar. Menos ainda namorar com alguém que nada tenha a ver comigo ou que mal conheço só para dizer que tenho alguém "para chamar de meu". Ok, sou antiquada, admito. Sei também que vocês vão pensar que posso estar perdendo (viva o gerúndio!) grandes oportunidades na vida de conhecer ou encontrar alguém legal... mas pensem comigo: se aquele papo de "o que tiver que ser, será" for verdade, eu não conhecerei essa tal pessoa da mesma maneira ?? Custa então me deixar viver todos os momentos ?? Não gosto de queimar etapas. Nunca gostei...
Bom. Pra finalizar então esse texto escrito às pressas, deixo aqui o meu manifesto. Namorar é muito legal, mas dá para ser por sentimento e não apenas por conveniência ???? Continuarei esperando o meu príncipe encantado. E que antes de beijá-lo, eu o admire muito. E tenha muita, muita vontade de estar perto dele, nem que seja apenas para ouvi-lo contar histórias ou falar banalidades... Depois, e só depois, quando o primeiro beijo acontecer, que eu o delicie de todas as maneiras... como alguém que esperou muito tempo por aquele momento... Essa é a mágica. E é assim que eu quero que aconteça... Como sempre aconteceu. E fim. Ou não.... rsrs
Tá vendo aí, nem tudo ficou melhor com a modernidade... hehehehe
Beijos e até a próxima.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Rihanna e eu

Acordei pensando em frases prontas. Frases do tipo "quem nasceu pra malandragem não vai ser doutor" ou ainda "pau que nasce torto, morre torto". Conscientemente, não sei o porquê de ter amanhecido com esses clichês na cabeça, talvez por ter presenciado cenas ontem à noite (pra variar)... Dúvidas que fiquei pensando em coisas que já deveriam estar mortas, mas que por algum motivo, não estão. Mas é como dizia a MM: o amor é o álibi maior e mais perfeito que existe. E eu odeio concordar com isso. Enfim...

A Rihanna, como todos sabem, apanhou do ex-namorado, o Chris Brown. Apanhou e muito, diga-se de passagem, e ontem à noite eu estava assistindo a uma entrevista com ela. Parece que foi a primeira vez que ela falou sobre o assunto... e ainda parecia doer um bocado quando ela contava como aconteceu tudo: desde o encantamento inicial até o término do namoro. Achei tudo muito triste, mas uma frase em especial ficou martelando na minha cabeça depois que o programa acabou: "o amor não acaba de uma hora para outra". Meu Deus, ela ainda ama o cara. Isso ficou claro e nítido. Ama mas não se permite ficar com ele devido às circunstâncias. Fiquei pensando no quanto isso é difícil: amar alguém, porque o amor INFELIZMENTE não acaba de uma hora para outra, e ter que se afastar porque esse alguém pisou na bola. Por um momento me questionei sobre o que eu teria feito no lugar dela. Lógico que não manteria relação com um ser violento, mas que deve ser muito f*** tomar essa decisão, isso deve. Pensei na minha separação, que não foi por esse motivo obviamente, e no quanto foi difícil - e até hoje é - dizer adeus para alguém que eu amava(-ava??) tanto...

Sei que devemos nos valorizar e coisa e tal... sei também que existe todo aquele discurso que sempre fazemos/ouvimos: "ele não presta", "ele não te merece", "você merece coisa melhor" e blá blá blá. Mas quem já amou sabe... Às vezes, o amor é cego demais e por isso não permite que tomemos a melhor decisão. Porque, acreditem, nunca é a melhor decisão. Se pudéssemos, escolheríamos viver no mundo encantado perfeito... com direito a príncipe, cavalo, casamento num castelo e etc. Mas quase sempre não é bem isso que acontece.... E por isso acabamos aceitando uma série de coisas que não deveriam ser aceitas: traições, brigas, indiferença...

Sou meio pessimista para esses lances de relacionamento, vocês sabem. O meu problema todo foi ter amado demais um dia. E vendo ontem a Rihanna falar sobre tudo o que aconteceu a ela, pensei no quanto aquela menina ainda vai remoer a dor, e desejei profundamente que um dia ela supere. Porque não superar é todos os dias reviver a frustração de não ter dado certo... E nem adianta dizer que "você é jovem, bonita, inteligente... ", tenho a impressão que às vezes esses comentários acabam piorando a situação...

Admirei a força daquela jovem cantora. Que tenhamos todas força para lutar contra aquilo que nos fere então... E neste momento, penso em mim e em várias mulheres que também precisam desta força para tomar decisões que nos cortam a alma. Que tenhamos essa coragem então...
Amém.

Um grande beijo

sábado, 5 de dezembro de 2009

Contextualizando

Até quis pensar em algumas coisas esses dias todos em que andei sumida... Mas sabe quando os acontecimentos da vida te atropelam ? Pois então, foi meio assim...
Coisas ocorridas no período "ostra total":
* Confirmação da gravidez da Ana Lice;
* O Julio veio em Floripa; (uhull)
* As aulas terminaram; (Porque Deus é pai e não padrasto - rsrsrs)
* Eu cedi aos encantos de alguém; (e tô pagando o preço até agora.... )
* Eu conheci pessoas novas (hummm);
* Eu sumi da faculdade; (não, isso não é bom)
* Eu cheguei ao ápice e chorei de estresse mental; ( e repetia: "tô cansada, tô mto cansada")
* Escrevi coisas, não assinei e dei de presente para que fossem divulgadas por outros; (viva, treinei a humildade!!)
* Comi pastel de camarão em Santo Antonio novamente com as minhas amadinhas; (por que a gente adia tanto as coisas boas da vida ?)
* Fui à praia. Várias vezes... ( e isso foi definitamente maravilhoso).
Pensei todos os dias em coisas que precisava falar aqui: nos recados que eu precisava mandar, nos sermões da montanha, nos agradecimentos e desabafos de uma professora enlouquecida... Mas não consegui pôr para fora nem uma linhazinha. Nada. Me encolhi. Li livros, textos, revistas, cartas e avaliações. Ou seja, tudo o que apareceu pela frente. E quando eu sentava aqui para extravasar a alma, o sono me vencia. Mas estou aqui novamente. Nenhum texto em mente, mas quero atualizá-los sobre o meu sumiço. Pelo menos isso.
Algumas pessoas ressurgiram (óh). E eu pensei se eu deveria igualar-me a elas ou não. Outras surgiram e eu pensei se eu deveria deixar-me levar ou não. Sabe qual o problema ? A vida da gente é muito frágil... E na grande maioria das vezes deixamos de viver porque ficamos pensando em coisas que não deveriam mais estar em nós. Insistimos em carregar um peso morto nos ombros (ou melhor, no coração... ). Perda de tempo, acho. Perda de tempo... e sinceramente tempo é uma coisa que não tenho como perder...
Esta semana ouvi uma mulher contando que recebeu várias ligações de uma amiga e não atendeu. Pensou: "ligo depois, quando eu chegar em casa." Quando chegou em casa, pensou: "Ligo depois, quando acabar o banho." Depois do banho, pensou: "Está tarde, ligo amanhã." E no dia seguinte, quando ela finalmente ligou, descobriu que a amiga havia se suicidado no dia anterior. Talvez minutos após ter ligado para ela, sem sucesso... A tal mulher chorava e se lamentava. Pedia perdão por não ter atendido e por não ter retornado... mas pensei eu com os meus velhos e loucos botões: "pra quem ela está pedindo perdão ? Agora é tarde demais...".
Esta semana recebi um email. E juro, eu não queria ser igual a todo mundo, não queria me igualar a ninguém (ou a alguém) e fiquei pensando se eu deveria ou não responder. Era como se um anjinho dissesse: "Ligue, Elem. Você não precisa fazer o que todos esperam que vc faça! Faça o bem, o melhor!" E ao mesmo tempo, um diabinho, daqueles bem ruins, dissesse: "Não, gata... Deixe estar... As pessoas precisam aprender como é ruim a indiferença... Aqui se faz, aqui se paga!". Por via das dúvidas, respondi. Não sei o que passa pela cabeça das pessoas, e pior ainda, não sei o que se passará no segundo seguinte da (minha) vida... Por isso respondi. Não porque acredito na mudança do ser humano, mas sim porque acredito na minha consciência tranquila.
Às vezes me acho tão tola... Tão incrivelmente adolescente... Tão absurdamente imatura. Tão extremamente incompreendida... Como vocês me aturam ?? rs
Ow... Recadinhos então:
Rafa, gosto tanto de ti. E às vezes, tenho medo disso... Mas prometa não me perguntar nada relacionado a esse comentário, ok ?
Darling, juro que não queria sentir essa indiferença por ti... É uma gama de sentimentos muito confusos... Dá pra editar o vídeo ?
Thiaguinho, saudades de você. Não imagina o quanto...
God, where's the love ?
É isso, pessoinhas amadas... (e odiadas tb - já que vcs CONTINUAM vindo aqui.... rs)
Férias chegando... Tenho projetos... espero concretizá-los dessa vez.
God bless me.
Beijos e beijos,

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Mais uma da série...

Sim, eu tenho uma coisa a dizer, mas me falta tempo para explicar...

Ok. Admito... a sua ligação me desconsertou... Não deveria, mas me desconsertou... Por que insiste em reaparecer ?? Eu sabia que estava por perto...
Sempre penso em como eu gostaria que tudo tivesse sido muito diferente... Principalmente quando ouço a sua voz...



Porque ruínas são no fundo grandes construções...
Saudades. Apesar de tudo.

P.S.: Esta foi uma OUTRA ligação... Acho que vou mudar meu número... rs

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Imagens quebradas

Algumas cenas me chamaram a atenção esta semana... E me levaram a um questionamento sobre coisas que quero ou não para a minha vida.

Eu estava na cozinha quando de repente ouvi um grito. Corri para a janela para ver se alguém tinha se machucado e a cena que vi realmente me fez ligar o computador e escrever isso aqui...
Era um casal de namorados e pelo que entendi, o menino estava terminando com a menina... e ela chorava, chorava... vocês não fazem ideia do quanto... chorava e gritava e segurava o braço do garoto e pedia para ele não ir embora... Isso tudo embaixo da minha janela... Eu observei a cena por dois minutos e resolvi que não posso mais ver essas coisas. O menino encostou o rosto da menina em seu peito e ficou acarinhando os seus cabelos... ela ficou lá encostadinha, chorando alto. Soluçava até... Não sei se a cena era mais triste ou mais deprimente. Ou as duas coisas...
Esta não foi a primeira cena de choro feminino que presenciei esta semana. Logicamente, fiquei pensando no quanto eu tenho medo de me envolver com alguém justamente por isso. Inconscientemente, acho que me fecho porque não desejo passar por isso de novo... Levei anos para me curar de uma separação e sinceramente não aguentaria outra. E na minha cabeça louca, o melhor modo de não terminar um namoro é não começando... Tem muito homem FDP por aí, e pelo visto, eu os atraio...
Eu sei, isso vai de encontro a tudo que eu sempre digo aqui. Mas, no domingo, quando vi uma menina linda chorando por um amor que acabou, lembrei-me de tudo que já aconteceu comigo e entendi que é o medo que me impede de envolver-me novamente. Mas entendam bem, quando digo envolver-me, estou falando de coisas sérias, relacionamentos sólidos, essas coisas...
Eu sei, eu sei.... quem não arrisca, não petisca, mas sei lá... Meu coraçãozinho já sofreu demais nesta vida... Como falei para a Talita essa semana, todo mundo quando termina com um traste, conhece um príncipe. Eu terminei com um traste e arrumei outro... ou seja... Decidi que prefiro ficar sozinha mesmo. Mas admito, os melhores momentos da minha vida inteira foram vividos ao lado do primeiro rapaz... Culpado de todas as minhas neuras atuais, admito... (Aliás, por que mesmo você veio falar comigo esta semana ?? Continuo em seu pensamento, não é ? rs)
Enfim... Eu não gosto de sentir dor. De nenhum tipo... E me dói a alma só de lembrar de tudo... Ver as meninas chorando, trouxe à tona uma coisa que pensei já ter esquecido: o quanto é horrível chorar por alguém... amar e não ser amada... admitir que o amor chegou ao fim... perceber que as coisas não são mais como antes... Tudo isso é tão terrível que prefiro nem pensar...

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E por falar nisso, lembrei-me de uma música tosca mas que diz algo interessante – e que tem tudo a ver com o momento: “se foi para terminar por que começou ? Tinha que ser pra sempre...”

P.S.: Estou lendo “Crepúsculo”. Livro miserento... não consigo parar de ler.... Quero um Edward pra mim também... pelo menos ele é eterno... e quando ele não mais me quiser, ele simplesmente me matará... Simples assim... rs

Beijos a todos!!
E que seus amores durem eternamente...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pedaços

Final de semana perfect cheio de praias perfects!!!

FELITCHE...

1º PORQUE EU AMOOOOO O VERÃO, O SOL, A PRAIA, O MAR (só acho que não amo areia)
2º PORQUE EU TÔ SUPER FELIZ COM O FINAL DE SEMANA
3º PORQUE EU ADOOOORO DIZER O QUE PENSO E GRAÇAS A DEUS ASSUMO TUDO O QUE EU DIGO...

Quer escrever um livro comigo ?? Ideias fervilham....


Homens são seres realmente estranhos... mas deixarei esse tema para um outro momento...
Não se preocupe: nem tolos, nem babacas e nem ordinários me interessam... Portanto, darling, "segue a tua vida que eu vou seguir a minha"... Aliás, eu estava beeeem tranquila seguindo a minha... Tomara que um dia você admita que os erros são seus e de mais ninguém...


Mudando de assunto...

Foi um erro ? Aham... agora morde aqui para ver se sai doce de leite, benzinho...


Regra nº 1 de hoje:

"Cuide bem do seu amor, seja quem for.... "

...E se você realmente conhece o tipinho que está contigo, cuide melhor ainda....
rsrsrs


Pensamento perdido...

Você sempre foi tudo o que sonhei para mim. Mas os sonhos são assim mesmo, depois que a gente acorda deles, é impossível voltar...





sábado, 31 de outubro de 2009

O coroinha

Ele era terrível. Na escola, dava nó em pingo de água e conseguia se safar sempre... Quando percebia que as explicações não eram suficientes, abria o berreiro. Chorava, chorava e como era muito branquinho, logo ficava roxo. O cabelo que já vivia pra cima, com a cena ficava ainda pior.

Fato é que ele já era uma lenda não apenas na escola onde estudava, mas também em todo o bairro onde morava e adjacências. Não era pra menos: ele já havia marcado a quadra de esportes com os seus dentes, colado as suas mãos durante uma aula de português, carimbado o traseiro de duas ou três meninas com tinta de caneta e isso sem contar o dia em que ele quis comprar um arco e flecha para acertar o gato da vizinha (alguns professores juram que ele queria mesmo era acertar algum mestre durante as aulas...). Ou seja, ele era uma lenda viva...

Ah sim, ele era terrível. Daqueles que têm cara de anjo, mas é um... prefiro nem mencionar. Não parava quieto. Todo mundo tinha vontade de amarrá-lo na cadeira ou então colocá-lo dentro de uma caixa-box com apenas uns furinhos para respiração... Todo mundo se perguntava como fazer aquela criaturinha dos céus (ou dos infernos) sossegar, mas até então ninguém tinha descoberto. Até que um dia...

Cidade do interior, sabe como é... Domingo é dia de missa e todo mundo se reúne. A missa serve mais como um grande evento social, o ponto de encontro dos moradores da região. Pois bem. Eis que em um belo domingo, uma santa professora estava lá sentadinha nos bancos paroquiais, preparando-se para o sermão semanal quando de repente se deu conta de um fato no mínimo inusitado. A igreja era a mesma, o padre, os leitores, as imagens, a mesa do sacrifício... mas havia uma coisa diferente. Bem diferente, aliás.

Um coroinha chamou-lhe atenção pelo comportamento exemplar. Tudo bem, eu sei... O amigo leitor vai dizer que todo coroinha tem o comportamento exemplar... mas não aquele. A educadora retirou os óculos, limpou-os e olhou novamente para o altar para ter certeza do que estava vendo: sim, era ele. Aquele cabelo loiro e os grandes olhos azuis não deixavam dúvidas: o menino com o incenso nas mãos era o mesmo aluno que levava a loucura até aquele ser do mundo de baixo...

O caso é que na Igreja o mocinho era realmente um anjo. Passou toda a missa quieto, fazendo tudo o que lhe era ordenado como um cordeirinho... Abismada, a professora pensou que a qualquer momento ele fosse levantar a batina do padre e sair correndo bebendo o vinho e distribuindo pão para quem quisesse, e em sua consciência "pedagógica" já começou a planejar formas de conter o dito cujo. Mas não foi isso que aconteceu... o menino era quase como uma estátua dos santos: um doce de criaturinha, pura e santa. Era isso: uma criaturinha divina!

Veja bem, querido amigo, como são as coisas... conto-lhe todas essas coisas para que não perca jamais a esperança. Se até mesmo o menino que apertou os seios das índias no museu estava agora ali, diante do olhar atento da professora, servindo de exemplo de dedicação, uma coisa fica clara para todos nós: sim, os milagres realmente acontecem. E custando a acreditar no que via, finalmente a senhorita rendeu-se ao fato raríssimo a que assistia... E ao se dar conta disso, prometeu a si mesma e a todos os santos que serviam como testemunhas que a partir daquele dia iria à missa todos os dias, até o fim de sua vida. Afinal, após presenciar a ocorrência de tão grande milagre, chegou a conclusão de que os milagres podem ocorrer a qualquer momento, sem marcar hora nem local. E diante das circunstâncias, resolveu que não quereria mais perder oportunidades... Nunca mais.





Também te amo, baby!

Quando eu tinha uns 14 anos, mudou-se uma menina para o meu prédio e ela também se chamava Elem. Nada demais. Com o passar do tempo, comecei a perceber que as coincidências entre nós iam além do nome... E isso começou a me irritar.

Algum tempo depois, percebi que ela imitava muitas coisas que eu fazia: textos, desenhos, assinaturas, trejeitos e etc. Até que um dia resolvi falar com ela e perguntar o porquê de tudo aquilo e ela me respondeu que "copiamos aquilo que admiramos". Eu sei, frase politicamente correta demais para uma fedelha de 14 anos... Mas, frase pronta ou não, nunca mais esqueci. E desde então, sempre que vejo alguém copiando alguma coisa do meu jeito louco de ser, penso nesta menina e no que ela me disse.

A questão é, quando crianças, a inveja não surge de uma maneira ruim. Ela simplesmente é uma vontade de imitar aquilo que realmente gostamos. O problema é que a inveja, quando adultos, é diferente. Bem diferente. A inveja do adulto é má. Ela não se contenta em admirar e copiar o outro... ela quer destruir... E por isso, cria histórias que nem sempre são belas ou reais. Isso me preocupa. Ou seja, se alguém tem inveja de você, ela não vai apenas imitar seus atos. Ela não vai se contentar em conviver contigo: vai querer tirar as coisas de você... Sutilmente ou não. Concientemente ou não.

Esta semana me irritei profundamente com dois acontecimentos. Obviamente que já passou, porque como todos sabem, minha raiva não dura mais que dois dias... Pelo sim, pelo não, vou mandar recados again. Gostem ou não.

Primeiramente, não entendo o motivo das pessoas procurarem informações minhas se não temos vínculos. Ou seja, como já dizia minha amiguinha: quem procura, acha. Se não quiser achar, não procure. É simples assim. E "segundamente", não mexa com quem está quieto. Às vezes, vale muito mais a pena cuidar da sua própria vida do que mexer em vespeiro. Da minha vida, cuido eu. E ponto. Creia, não será a sua intervenção que vai mudar o meu estilo de vida. Amo ser assim. Amo ser "estranha", sorridente, louca e livre. Amo falar o que penso e sei muito bem o preço que pago por isso... e justamente por conhecer bem este preço que admito perto de mim apenas as pessoas que quero/gosto/adoro/amo... Se você não faz parte desse seleto grupo, não force a barra. Acredite, você vai acabar ouvindo coisas que não vai gostar. Tenho personalidade forte e se você acompanha o blog ou o meu dia a dia sabe disso. E muito bem...

Não quero que pareça agressivo... não é para ser... não mesmo. Às vezes, o ser humano sente vontade de estar no lugar de outra pessoa, mesmo sem perceber... É normal, dizem os psicanalistas... Então, sejamos todos felizes. Cada qual na sua, do seu jeitinho, e se você admira alguém, diga isso à pessoa e ponto. E antes de fazer algo que vai prejudicar alguém, pense vinte vezes no motivo real pelo qual está fazendo isso... De repente, a situação até se inverte a seu favor. E nunca esqueça a máxima: felicidade construída em cima de outrem não é real. Não transforme pessoas em degraus... não é bonito... Leis do universo... rsrsrsrs

Bom... O feriado está aí para aliviar as tensões... Escrevi para duas pessoas especificamente e antes que alguém se sinta importante demais, são duas mulheres. Mulheres, entenderam bem ?? rs

Muitos beijos e até daqui a pouco... Ainda terei mais um para hoje... Isso que dá passar sábado em casa, mas é que hoje é dia das bruxas e eu tenho medo de fantasmas e afins... prefiro não me arriscar a sair e encontrá-los por aí... hehehehe

P.S.: Tenho tanto orgulho de algumas alunas... Sim, eu as admiro e muito...

Aline e Gabriela,
obrigada por deixarem os meus dias muito mais bonitos!!

Hum... sem título mesmo.

A praia foi-se. Sendo assim, resolvi fazer coisas menos produtivas como dormir e ir ao mercado. Aff.

Estou ansiosa para o final do ano, às vezes fico confusa com algumas coisas e confesso que não gosto de esperar respostas alheias - vocês sabem disso - por isso mesmo, quero muito que chegue logo o verão e consequentemente as férias. Quero poder ficar em casa de bobeira, sair todos as noites, dormir tarde todos os dias sem me preocupar em ter que acordar às 6h do dia seguinte... Quero também viajar, conhecer gente nova, rever gente antiga, torrar no sol e tomar água de coco em alguma praia do país... Delícia.

Ia à praia hoje, mas como sempre, não rolou. O tempo está esquisito, várias nuvens no céu e um vento chatinho demais... E como só curto praia quando o sol está rachando a pele, desisti. Compromisso desfeito, acho que vou ao salão ficar loira novamente... Porque o projeto "Biquini-branco-no-Nordeste" continua de pé: firme e forte. E eu lá dentro do biquini: feliz, linda, loira e rica... hehehehehe

Bom, vou nessa. Acho que mais tarde voltarei... Quero escrever um texto sobre a inveja ainda hoje... O texto, obviamente, será endereçado a algumas pessoas... Um fechamento para os últimos acontecimentos da minha vida muy louca...

Beijão e até mais!!
See you later.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Enquanto as olímpiadas não chegam...

Não é de hoje que eu sei que a violência no Rio de Janeiro saiu do controle, mas as notícias desta semana conseguiram me chocar ainda mais. Como se isso ainda fosse possível.

Não, não me pergunte de quem é a culpa da cidade ter virado o caos que virou. Eu não saberei responder. Tenho alguns palpites, claro, mas quem sou eu para dizer o que se passa (ou se passou)... Só sei que a coisa vem piorando nos últimos anos e pelo que me lembro, a coisa começou há uns 10 anos mais ou menos... Digo isso porque violência, obviamente, sempre existiu, mas não nos moldes de hoje. Essa violência extremada, sem limites, começou a aparecer cerca de 10, 15 anos...

Já disse várias vezes que acho o Rio de Janeiro a cidade mais linda do mundo, e não apenas porque sou de lá. Digo isso porque a acho realmente. É uma beleza natural, com um povo carismático, caloroso e animado, ou seja, o Rio tem milhões de qualidades e infelizmente um terrível defeito: é uma cidade tomada pelo tráfico de drogas. Tomada literalmente. E a população, por mais que não queira, aprendeu a conviver com isso. Aliás, ela só consegue viver numa boa - se é que podemos dizer isso - porque aprendeu a viver com esta realidade.

Mas nem mesmo a naturalidade com que o carioca encara os tiroteios diários me impediu de ficar chocada com as cenas a que assisti esta semana. Cenas da guerra da semana passada... Será que ninguém percebe que aquilo lá não é mais uma simples brincadeira de polícia e ladrão? Vivemos uma guerra que nem civil é mais... Tanques nas ruas, helicópteros abatidos em pleno voo, tiros de fuzil, reféns ameaçados com granadas, balas perdidas a todo instante... o que é isso? Eu não sei nomear. Será que algum antropólogo sabe?

Tenho certeza que se mostrarmos cenas como essas, sem informar a fonte, a qualquer pessoa, ela diria tratar-se de alguma guerra ocorrida em algum ponto do globo. De preferência, no oriente... Afinal, esse é o único conceito de guerra que temos... Não percebemos que já vivemos e convivemos numa guerrilha todos os dias. E como em qualquer guerra, vários inocentes são mortos. Diariamente.

Não quero hoje defender nenhuma posição, só quero expressar a minha tristeza. Como uma cidade tão maravilhosa pôde ter sido entregue ao poder paralelo tão facilmente, sem que nada fosse feito? Aliás, paralelo mesmo é o governo... porque no Rio de Janeiro, o poder é o tráfico. Em segundo plano, temos o governo e forças armadas.

Causas? Várias, penso eu: pessoas incompetentes e/ou despreparadas dirigindo o serviço de segurança pública, população pacífica, políticos e polícia corrupta - a mais corrupta do país, dizem alguns especialistas - e por aí vai. Temos solução? Sinceramente eu não acredito. Eu sei que em outros lugares do mundo, cidades tão ou mais violentas conseguiram se reabilitar, Nova York é o exemplo clássico. Então por que nós não conseguiremos? Porque falta o desejo, acredito. Falta o desejo de várias pessoas que deveriam estar preocupadas com a segurança pública, mas infelizmente, estão preocupados apenas em ganhar/arrecadar grana para outros fins... Lícitos ou não.

Seria necessário uma política de tolerância zero, treinamento e capacitação profissional, repressão total e SÉRIA ao tráfico de drogas (incluindo usuários), população que não aceite mudar sua rotina por conta da violência, etc, etc, etc. Eu particularmente não vejo solução. Juro que não. Por isso fico triste... Fiquei emocionada hoje quando vi as fotos dos policiais que morreram no ataque ao helicóptero... E senti-me "vingada" ao ouvir o policial que "abateu" sem dó o bandido que ameaçava um refém com uma granada... Não que eu seja a favor da exterminação da bandidagem... Sou a favor que eles nem existam. É diferente... Penas severas fariam com que adolescentes e jovens pensassem trinta vezes antes de entrar para o mundo do crime. Ontem, assistindo a um documentário, ouvia uma menina dizer que matou uma outra com várias facadas porque ela é menor de idade e "sabe que não dá nada para quem é de menor". Entendem o que eu digo ? Tudo virou uma grande brincadeira... Uma brincadeira de matar e morrer...

Sei lá... Sinto-me ferida como carioca, e envergonhada também. O texto foi só um desabafo, um abraço solidário a todos aqueles que ainda sonham com uma cidade melhor e sofrem com a realidade atual da Cidade Maravilhosa.

Enfim... desejando que isso termine logo e que nenhuma outra cidade se torne escrava do crime organizado, me despeço por aqui. Tenhamos todos uma boa semana e que Deus nos abençoe. E paz ao mundo acima de tudo.

Um grande beijo.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Devaneios

Eu não sei se é por ser mulher ou se é por ser tola. Talvez, por ser os dois.
Eu sei, envergonho-me de dizer que não quero te desculpar.
Eu sei, perdemos tempo demais alimentando picuinhas quando na realidade deveríamos pensar no quanto a vida é curta e que não vale a pena fortalecer monstros que só se servirão para nos devorar.
Eu sei de tudo isso. E você também sabe.

Mas o que fazer quando, humanamente, o desejo e a razão não se unem ? Conseguiria eu admitir que sim, te perdoaria se eu pudesse reviver nossos belos momentos ? Mas e se eu pensasse por mais dois milésimos de segundos e me desse conta de que te perdoar não mudaria nada do que passou ou passa ? Você continuaria na sua vida e eu na minha e elas não mais se cruzariam novamente... Será que eu, criatura feita à imagem e semelhança divina, seria capaz de renunciar ao meu egoísmo e te manter preso a uma eterna culpa ? Mas, penso que se eu te libertar, nunca mais avistarei as suas asas. Como odeio ser da raça humana.
Se eu fosse um ser irracional, não haveria isso. Os conflitos seriam apenas relacionados à comida e dominação de território. Não haveria sentimentos e emoções no emaranhado do cotidiano. Acho que assim seria perfeito...
Se assim o fosse, já teríamos lutado até a morte ou exaustão, ou até que um tivesse pedido arrego e saísse choramingando pelos cantos. Mas depois disso, não mais pensaríamos nesse tema. Simplesmente eu iria para a minha matilha e você para a sua. Não haveria, repito, sentimentos que te impulsionassem a pedir-me desculpas e eu não teria que decidir se te perdôo ou não, se te liberto ou não de mim.
Conta a lenda que a vingança ou a falta de perdão é um veneno que se toma querendo que o outro morra. Não quero que você morra. Só quero que as coisas sejam diferentes... Eu não tenho nada que lhe desculpar. Você não tem de que pedir desculpas. Continuemos assim então ? Trocando de ruas e pistas, e vestindo óculos escuros para não precisar olharmo-nos nos olhos... Ou não.
Talvez devêssemos conversar. Sentar como pessoas civilizadas e humanas que somos, e conversar apenas. Eu te ouviria, você falaria. Eu diria “tudo bem” e sairíamos com as consciências tranqüilas e mais leves, quiçá.
Mas diga-me, conversar para quê? Eu não diria nada, choraria apenas como sempre faço. Bateria em você e desfiaria novamente todo aquele velho rosário que já rezamos por tantas vezes. E depois ? Depois, tudo seria natural. Você iria embora, encontraria a menina no outro lado da rua. Eu viria para a minha casa, odiando-me por ter te conhecido e ter permitido a sua presença e choraria por mais cinco noites seguidas.
Para você, a vida seguiria o curso normal. Ignorando-me.
Para mim, seria o reinicio do inferno. Tristeza por perceber mais uma vez que não se perde aquilo que não se tem...

Pergunto-me(lhe) então: não me interprete mal, não há rancor. Há apenas uma “não-vontade” de sair do meu lugar de acomodação e remexer em algo que já está embaixo do tapete. Será que você conseguiria me entender ?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um minuto de silêncio

Tá, vamos lá.
Desliguei o telefone agora... Foram 40 minutos ouvindo... 40 minutos pensando, relembrando, analisando e reanalisando coisas, que sinceramente, estavam enterradas. Balanço de tudo ? Não sei ainda... vim aqui deixar a minha mente livre e descobrir se tudo o que escutei fez algum sentido para mim.
Não, não foi há muitos e muitos anos... Aconteceu há alguns meses apenas. Não sei quantos, mas recente demais em vista do que parece ter sido. Pra mim, parece que tudo isso foi há anos, anos e anos. Estranho perceber que não foi.
Conheci você, sim, dirigir-me-ei diretamente a você, no ano passado. Fez um ano em agosto, isso eu sei. Não sei quando você passou a existir dentro de mim, mas sei que foi na mesma época em que esse blog surgiu. Foi legal te conhecer ? Não sei. Sinceramente, não sei. Você me fez rir pra caramba. Mas tenho certeza que me fez chorar muito mais do que me fez que rir. Muito mais mesmo. Não sei há quanto tempo não falo contigo e nem tenho notícias suas (excetuando-se as vezes em que tive a infelicidade de encontrá-lo nas ruas da província), mas isso me deixa em paz. Não saber de você pra mim faz muito bem.
Pois é, mas voltando à ligação...
Pelo que entendi, você perguntou o que poderia fazer para que eu te desculpasse. Fiquei pensando e realmente não consegui pensar em nada... Acho que talvez porque não haja nada a ser feito. Geralmente não guardo rancores e você sabe disso, mas o que sinto por você não é um simples rancor ou raiva... é indiferença. Como já disse uma vez, pessoas como você não merecem a minha palavra.
Por que falar sobre isso então ? Por que acabei de desligar o telefone. Estava ouvindo uma longa história... Pareceu-me um conto de terror saber que a nossa (nossa ? haha, que ironia), a MINHA história contigo foi posta numa roda de conversa, num debate. Menos mal saber que os "seus amigos" ficaram do meu lado, me apoiaram e entenderam a minha decisão de nunca mais querer olhar para a sua cara.
Ah, mas você quer me pedir desculpas... Sabe quantos dias eu esperei as suas desculpas ? Sabe quantos dias eu esperei o seu telefonema ? Não, você provavelmente não sabe. E nem nunca saberá. Mas foram muitos, posso garantir. Entretanto, esse pedido nunca veio... Nunca. Não houve ligação, não houve email, não houve mensagem, não houve recado. Eu tive que saber de tudo por aqui, pela internet, e por outras pessoas que não você.
Sim, eu realmente gostava de você. Muito. E ofereci tudo o que eu poderia oferecer, aliás, até o que eu não poderia: mudar por você. Mas e você ? Você mentiu, fingiu, brincou. E ao descobrir o seu NOVO mundo encantado, simplesmente partiu para ele sem nem ao menos me dizer QUANDO ia. E agora você quer realmente que eu aceite um presente seu como desculpas ? Quer realmente que eu atenda a sua ligação e te ouça pedir desculpas ? Quer realmente que eu sente em um banco ao seu lado, olhe nos seus olhos e aja como se não tivesse acontecido ? Acho que você perdeu o resto de senso que havia em você (se é que já houve). Não, eu também não sei o que você poderia fazer para se "redimir" de tudo o que me fez. Sinceramente, eu não tenho a mais remota ideia do que vc poderia fazer.
Depois de tantos meses, eu estou bem. Foi estranho ouvir tudo o que ouvi hoje, confesso. Fiquei muda. Ouvi por muitos minutos... Ia falar o quê ? Eu não tinha o que falar... Talvez agradecer às pessoas que disseram que eu não merecia, que sou inteligente, bonita, gente boa. Mas para você, O QUE EU TERIA A DIZER ? Feridas não devem ser mexidas, alguém me disse. E eu ouvi.
Durante a ligação, lembrei do seu nome, do seu jeito, da sua voz, do seu nervosismo. Confesso que lembrei. Lembrei da gente aqui na frente de casa, do seu abraço, do seu corpo, dos seus dentes... Confesso que senti saudades até. Era como um filme passando na minha cabeça, um filme desbotado, antigo, triste. Saudoso. Não sei.
Terminou a ligação. Desliguei. Parei. Olhei-me no espelho... cabeça estourando... coração pesado... Você ainda lê o blog... Que surpresa saber disso... Surpresa mesmo. E por isso mesmo, resolvi colocar aqui a sua resposta. A resposta que eu não soube dar por telefone, nem pessoalmente, nem na rua, nem por buzina e nem de nenhuma outra maneira... Sei que ainda vou encontrá-lo mais um milhão de vezes... somos vizinhos. Infelizmente. Mas só o que peço é que, sinceramente, eu jamais precise te olhar de perto novamente. Tenho medo que a minha expressão de desprezo seja constrangedora demais para você. Ou termine de vez com qualquer lembrança boa que você possa ter da minha pessoa.
Acredite, não lhe tenho raiva e nem rancor. Mas também não lhe tenho a menor estima. E quer mesmo saber ?Acho que é melhor mesmo... Prefiro ter na memória a lembrança de um cara que trabalhou comigo, que eu conheci em uma escola e ponto. É como se tudo que tivesse acontecido depois disso com a gente tivesse sido apagado da minha memória.
Não lembro mais do seu nome, nem do seu jeito, nem da sua voz, nem do seu nervosismo. Não lembro mais da gente aqui na frente de casa, nem do seu abraço, nem do seu corpo, nem dos seus dentes... Confesso que é assim. Você é só aquele cara que entrava na sala, falando alto, me incomodando com a sua voz alta e risada escandalosa. E eu para você ? Nunca existi. Você nunca me conheceu de verdade, você nunca foi capaz de perceber quem eu era, sendo assim, para você, eu nunca existi. E sem falsa modéstia, acho uma pena.
Não sei se era isso... Não sei mesmo. Não te desejo felicidade. Não te desejo sucesso. Não te desejo nada de bom. Não te desejo nada além de uma única coisa: apenas receba de volta tudo o que me deu. E acredite, isso não é vingança. Esta é simplesmente a lei do universo... A gente planta o que colhe, e como entre nós não houve semeadura, não haverá colheita. Nunca.
Que a sua consciência seja para sempre o seu guia.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Oi safado

Depois de um dia atribulado, resolvi escrever algo...

Fui para o trabalho e comecei a me sentir mal. Dor de cabeça dos infernos, cólica dos infernos, enjoo dos infernos. Eu que sou molenga para dores, pedi arrego. Admito, não gosto de senti-las e por isso mesmo qualquer dorzinha tola me derruba... Imagine então o que acontece quando surge dor de cabeça, cólica, enjoo e coriza ao mesmo tempo ? Morri, claro. Desatei a chorar na escola, óbvio. Não conseguia abrir o olho, não conseguia falar, enfim, não conseguia dar aula. A diretora e a coordenadora me mandaram para casa: "vá para casa descansar um pouco e volte amanhã... ". Foi o que fiz. Cheguei em casa, troquei de roupa, me enfiei embaixo das cobertas, chorei mais meia hora e finalmente adormeci. Acordei algumas horas depois, a cabeça ainda dolorida, com o telefone tocando. Era minha mãe querendo saber como eu estava. Melhorzinha. Uns 20% melhor. Deitei de novo e fiquei assistindo a Warner sem pensar em nada para ver se melhorava. Mais umas horas e a melhora já era de 50%. Agora, acho que já alcancei os 80%... Até amanhã, acho que estarei novinha em folha. Pelo menos espero.

Odeio me sentir mal. De verdade. Sempre tive uma saúde de ferro, raramente fico doente e por isso quando fico, não sei lidar muito bem com a situação. Quando fico mal mesmo, de cama, acho que vou morrer. Aí choro porque acho que nunca mais vou ficar boa... Lembram quando eu fiquei sem voz, cerca de um mês atrás ? Eu achava que a minha voz nunca mais ia voltar... Mas felizmente, sempre fico bem novamente. Graças a Deus.

Bom... a minha disposição não está lá grandes coisas hoje. Sendo assim, voltarei para a cama... tô meio cansadinha ainda..... moleza, moleza, moleza..... e amanhã ainda será quinta-feira, ou seja... ainda terei grandes desafios... ainda mais sendo semana das crianças... aff. Professor sofre... rsrsrsrs

Só passei mesmo para dar um oizinho rápido para vocês e agradecer pelos novos depoimentos e comentários. Sabem que os amo, né ? rs

Muitos beijos e até domingo!

domingo, 27 de setembro de 2009

Tempos de Faculdade

Finalmente as palavras voltaram. Escrevi muitas coisas no final de semana: artigo da revista, ensaio da pós com 7 páginas, textos para o blog... Ou seja, estou felizinha e com os dedos cansados. Para escrever tudo isso, precisei revirar alguns papéis velhos. Leia-se: pastas da faculdade. Precisava encontrar uns textos do Bordieu, mas não encontrei uma só folha dele. Encontrei outras coisas... Encontrei memórias. Muitas memórias.

Eu sempre disse que não aproveitei a época da faculdade. Por diversos motivos. Claro que o maior de todos era a minha falta de tempo... Entrei na UERJ com 18 anos. Ótima idade, você dirá. O problema é que eu com 18 anos morava sozinha (meus pais moravam no RS e eu no RJ), trabalhava cerca de 10 horas por dia, estudava, malhava, cuidava e mantinha a casa (de verdade) e ainda que tinha que arrumar tempo para o namorado, que já existia nessa época. Além disso, eu revezava aulas de inglês e mitologia aos sábados. O dia inteiro.

Sempre pensei não ter nenhuma lembrança daqueles cinco anos. Mas revendo meus papéis e minhas anotações, descobri que sim, eu tinha. E tenho. Muitas... Lembrei de muitos professores, muitas aulas chatas, muitas aulas boas. Lembrei do meu professor de redação que só dava cinco em todos os meus textos. Acho que foi a primeira vez na vida que fui para a prova final... Sempre me perguntei se eu escrevia realmente mal ou se ele era exigente demais. O nome dele era Ruy e a gente chamava ele de “Ruim”... Ele estava na UERJ há uns 60 anos, pelo menos. Tinha os cabelos beeeem brancos, daqueles que dá vontade de pôr a mão pra sentir se é macio, e usava um perfume extremamente forte. Quando ele apontava no corredor, da sala nós já sentíamos o cheiro do perfume e ouvíamos os passos dele. Durante a aula era aquele silêncio. Às vezes, a gente achava melhor não respirar porque qualquer barulho o incomodava. E não, ninguém queria incomodar o Ruy. Bom, o que sei dele é que ele odiava os meus textos, mas passei nele. Com a média cravada, mas passei. Depois tive outras cadeiras de redação. Em uma tal de TCE – Técnicas de Comunicação e Expressão – eu só tirava dez. Bom, a turma dizia que quem me dava 10 era o professor e não os meus textos. Alguns mais maldosos diziam que eram as minhas pernas... Eu discordo disso, obviamente. rs

Quanto aos professores, lembro de alguns. Mais do que nomes, lembro de rostos, aulas, conversas. Se eu fosse classificá-los, precisaria de várias subdivisões: os que me ensinaram muitas coisas boas da profissão, os que não me ensinaram nada, os que eram doidos de pedra, os que me conquistaram como pessoa, os que eu me perguntava o que estavam fazendo na universidade e UM pela falta de caráter.

Olhar aquela papelada trouxe à tona memórias muito antigas... Cenas que permaneceram escondidas esse tempo todo. Foram cinco anos dentro da UERJ. Cinco anos lutando todos os dias. Cruzava três municípios por dia. Três grandes municípios. Correria, pressa, ônibus lotado, outro ônibus, outro ônibus. Livros, pastas, cadernos, xerox. Escadas, escadas, escadas. Salto alto correndo pelos corredores – toc toc toc toc. Chegava na sala tão acabada que jogava tudo, e quando finalmente me ajeitava, estava na hora de ir embora.

Além da lembrança da correria constante, outras surgiram em minha mente: a ligação de parabéns por ter passado no vestibular, o dia da matrícula, o primeiro dia de aula, a escolha das disciplinas, o rapazinho bonito e educado que me ajudou a montar o horário e depois me levou em casa.

Lembrei também do primeiro show do George na faculdade, da primeira festa que participei, da primeira vez que o V. foi me pegar com aquela calça de brim e a blusa azul e como me senti importante e invejada por ter um cara como ele.

Lembrei do Palácio de Cristal, da cantina, das aulas, dos bancos, da grama pisada. Dos dias em que passei estudando e discutindo com o pessoal da História – até hoje acho que fiz o curso errado. Daquele rapaz que me explicava as diferenças entre os “compêndios”... e ele era lindo e tinha olhos tão lindos e me despertava tantas coisas...

Lembrei das milhões de idas à secretaria para pedir requerimentos, matrículas, matérias e carteirinhas. Do medo de ir ao banheiro à noite sozinha porque eu sempre achava que tinha alguém escondido em algum lugar...

Não me lembro se eu tinha caderno. Lembro de ler livros o tempo inteiro. Vários e ao mesmo tempo. Leitura feita nos ônibus, trabalhos feitos na hora do almoço, pesquisa em bibliotecas nos finais de semana e aulas de mitologia que eram em outro campus aos sábados, quinzenalmente. Sim, era uma vida muito corrida. Se havia uma coisa que eu não tinha era tempo. Sempre estava atrasada. Alguns professores aceitavam numa boa, outros não me deixavam entrar. Fui reprovada em duas matérias por falta. Fui aprovada em outras duas por bondade dos professores. E sim, tive que ameaçar um processo de assédio para ser aprovada em uma terceira.

Não quis formatura porque sempre achei isso tolice. Mas fiz a colação de grau. Saí do trabalho às 15h e fui receber o canudo com a minha roupinha de secretária executiva. Eu nunca tive turma fixa, mas ganhei uma festa de aniversário surpresa no 12 de julho de algum ano de uma turma que se considerava "a minha turma". A faculdade inteira me (re)conhecia pelo traje social em meio a tantas havaianas e bermudões. Naquela época tudo o que eu sonhava era poder ser uma menina de 18 anos que ia pra faculdade de sandálias e vestidinhos. Mas eu não podia. Tinha outras responsabilidades. E era bem paga. E justamente por isso que eu não podia reclamar. Acho que foi nessa época que eu descobri que dinheiro não comprava - e nem compra - a minha felicidade.

Um dia, cheguei na aula atrasada e o professor não me deixou entrar. Voltei com pasta, livros, apostilas e blazer nos braços. Sentei na escadaria principal, soltei os cabelos e chorei. Chorei porque eu não conseguia mais. Eu dava o melhor de mim e ainda não era o bastante. Chorei como uma menininha que só precisava de colo. Ou apoio. Ou ajuda. E foi aí que um grande amigo chegou e sentou-se ao meu lado. E conversou comigo. E me ouviu. E me consolou. E disse: “você tem mais responsabilidades do que deveria ter”. Naquele dia eu resolvi trancar a faculdade... Fiquei um ano afastada, com stress. Meu olho pulsava, chorava à toa, não tinha disposição para nada. Um ano depois voltei. Contrariada, mas voltei.

E foi aí, na volta, que eu descobri a paixão pelo curso. Descobri que dar aula era tudo o que eu queria e que eu precisava de equilíbrio. Estudava o que dava, confesso. Gostaria de ter estudado muito mais, talvez por isso hoje em dia estude tanto e com tanto gosto. Com exceção de “Port I”, minhas notas sempre foram acima de 8.5. Afinal, nunca gostei de fazer as coisas pela metade.

Descobri que às vezes era necessário sentar na mesa do bar e jogar conversa fora. Descobri que eu não precisava ir às festas para curtir a música – eu podia simplesmente ouvir pela janela. Mas quando a vontade era incontrolável, eu descia e fazia uma social. Aprendi a levar shortinhos e havaianas no carro. E aprendi que podia trocar de roupa quando queria me sentir mais adolescente. E foi assim, nessa volta por obrigação, que descobri a paixão que alguns professores tinham pela arte de ensinar. E foi aí que eu decidi que tudo o que eu mais queria era ser igual a eles. Descobri que despertar a vontade de aprender no outro é a melhor sensação do mundo. Descobri que os livros são amigos e não inimigos, e que mesmo quando são obrigatórios, eles são deliciosos. Mas é preciso aprender a saborear. E saborear por completo, não apenas o miolo. Como tudo na vida... Foi aí que comecei a me dar conta que o todo é que me faz feliz. E foi aí que me percebi feliz. Com o trabalho, com a faculdade, com o namorado. E hoje, ao lembrar de todas essas coisas, chorei. Chorei porque sempre achei que não tivesse aproveitado a minha graduação, mas descobri, finalmente, que sim... foram cinco anos muito felizes e quis dividir essa experiência com vocês.

Espero que tenham gostado.
Uma abençoada semana para todos!

Beijo e até a próxima

domingo, 20 de setembro de 2009

Ando meio desligado...

Tô com preguiça de pensar. Preguiça de escrever. Preguiça de procurar coisas iguais. Preguiça de encontrar coisas iguais: pessoas iguais, lugares iguais, caras e bocas iguais. Idênticas às da semana passada, retrasada e blá blá blá...
Eu tô de saco cheio de sair à noite. Saco cheio de balada, de gente futil, de lugares-comuns. Vecchio, John Bull, Confraria, Gus e Brahma... Bah... Deve existir vida em algum outro ambiente. Saturada... Total. Por isso mesmo hoje resolvi fazer diferente. Fui passear. Ao ar livre. Lagoa, água, solzinho de inverno, óculos de sol, pernas de fora, feirinha hippie, brincos, anéis e colares artesanais. Terminei o passeio com um empanado integral de brocólis e um Nestea de pêssego. Realmente, ando meio estranha... Vai entender.
Eu sei que de vez em quando tenho esses surtos de sumiço. Os meus amigos nem esquentam mais... Eles sabem que às vezes sumo mesmo. Sem maiores explicações. Começo me dedicar a coisas em minha concha, esqueço o mundo e depois, do nada, reapareço. Estou nessa fase "ostra" agora. Nas últimas semanas, na real.
Sendo assim, perdoem-me a ausência. Tenho certeza que quando o verão chegar, meu ânimo melhorará e textos de verdade aparecerão. Até lá, tô numa fase de estudo. Estudo e reflexão. Sinto-me mais voltada para coisas ligadas ao trabalho. Lendo, me informando, fazendo planos e observando jogadas alheias. Sinto-me bem. Tranquila. Mais leve. Literalmente...
E porque amanhã é segunda-feira e terei uma deliciosa semana pela frente, termino por aqui.
Desejo uma semana iluminada para todos.
Um grande beijo,

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

"Lá vem o sol..." Mas... Falta mto ainda ???

Ok, eu sei e você também sabe: sou movida a sol. E estando eu há alguns meses privada da luz solar, começo a surtar. Meixmo. E com todo o meu sotaque carioca...
Pensei que o meu péssimo humor da semana que (enfim) terminou fosse fruto de uma TPM iminente, mas hoje percebi que não. Esse humor azedo é causado pelo excesso de roupas em meu corpitcho. Sinceramente não aguento mais usar meias, calças, blusas, casacos, pijamas e especialmente guarda-chuvas. PQP... Dá pro verão chegar logo ??? Aff...
Bem dizia a Lilica: "o inverno é legal, o problema é o tempo que ele dura..." Estou morrendo de saudades da praia, do sol, do fim de tarde sem vento, da cerveja gelada no fim do dia, do suor, da marquinha do biquini, dos meus vestidinhos e das minhas sandalinhas com os dedos de fora. Saudade de deixar os braços e as pernas livres, de caminhar pelas ruas sem precisar olhar para as árvores antes (= medir o vento sul), ver gente e não um monte de casacos e mais casacos ambulantes. Que saco isso!
Quero mar, sol, sal, areia, água salgada, suco, biquini, canga, boné, óculos escuros, protetor solar, violão e cheiro de praia.
Na minha mesinha de cabeceira tem um porta-retrato com uma foto minha. Obviamente, na praia. Em Camboinhas, pra ser específica. Estou com aquela cara de feliz, cor saudável, quentinha, biquininho, biquinho. E ela parece me convidar. Ou será que está zombando de mim ??
Ligo a TV e aparece o Zeca Pagodinho cantando com aquela pinta de malandro carioca, cheio dos chiados, "erres" e "esses". Me lembro dos pagodinhos de verão, dos sambinhas, forrozinhos, sainhas, shortinhos, regatinhas, cabelos com fiozinhos dourados reluzindo no salão. Porque sim, no verão tudo é "inho". Tudo é diminutivo. Só ele é aumentativo: "verÃO". Grande, onipotente, forte e cheio de si. Chega ser esnobe, como só ele consegue ser. Mas ele pode. Ow, se pode...
Não pretendo passar as férias aqui em Floripa, mas uma coisa é certa: novembro e dezembro estarei curtindo um solzinho na Daniela (vai entender, adoro aquela praia... ), em Jurerê, no Campeche... Quase sinto o cheirinho do mar... o gosto da água de coco... a quentura, o calor da areia... Meu Deus, que saudade disso tudo!!
Aí, acordo dos meus devaneios e estou aqui de meias, pijama flanelado,cobertor, quarto trancado - quase lacrado - para evitar que o vento entre. Assim, definitivamente, não dá.
Acho que vou dormir. Dormir e sonhar com o balanço das ondas, com o azul do céu, com as nuvens de algodão. Vou fingir que estou sob o céu e que ao fechar os meus olhos sinto o sol aquecendo o meu rosto, dourando a minha pele, iluminando os meus olhos cerrados...
Verão, verão... Futuro do presente: verão. Veremos então... Mas até lá: Saudades, saudades...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Será que vai chover ?

- E aí, já casou ?
- Não...
- Ahn... – fazendo cara de decepção – Está certa... Casar para quê, né? Bom... vou indo...
- Pois é... Até mais... – fazendo cara de bunda.

Já passou por isso ? Se você chegou aos 25 e não casou, sim. Tenho certeza. Fico pensando o que leva as pessoas perguntarem esse tipo de coisa. Sinceramente, você não acha que se eu tivesse casado, você saberia ? Pelo blog, pelo orkut, pelo convite, pela festa, pelos meus pais, pelos vizinhos fofoqueiros, pela aliança na minha mão... Aaaaahh, tenho certeza: você saberia sim! Ou seja, se você não teve nenhum sonho premonitório e nem recebeu nenhum sinal de fumaça é porque não, eu não casei. E acredite, estou bem assim. Quer você queira ou não.

Houve um tempo em que eu andava tão de saco cheio dessa “maledita” pergunta que comecei a responder que era viúva. Simples. A pessoa fazia uma cara de espanto tão grande e ficava tão absurdamente sem graça que mudava de assunto rapidinho. E por conta própria. Funcionou muito bem durante um tempo, mas depois cansei da brincadeira. Pensei que isso poderia me trazer mau agouro... rs. Depois, passei a dizer que era separada. Também era uma boa resposta. Ninguém perguntava mais nada. No máximo, “há quanto tempo?”. Também era uma boa. Confesso que às vezes, ainda uso esse migué... E sempre funciona: a pessoa muda de assunto. Sempre.

No sábado à noite estava trocando figurinhas com umas amigas e lá pelas tantas começamos a pensar em possíveis respostas para essa pergunta infeliz – isso que dá reunir cinco mulheres em um sábado à noite - rs. A da Letícia é ótima: “Casar ? Agora ? É ruim, hein... Adooooro não precisar depender de ninguém e poder comprar o que eu quiser sem dar satisfação, ter o meu dinheiro, poder ir e vir, sair, viajar... sabe como é, né ? E você, casou ?”. Diz ela que a pessoa responde um “sim” tão envergonhado que se tem a impressão de que o feitiço virou contra o feiticeiro. A última vez que ela usou essa inversão foi na Havan... Ou seja...

Fiquei pensando com os meus botões solteiros... Qual a graça de perguntar isso ? Meu Deus, eu não saio por aí perguntando se as pessoas casaram ou deixaram de casar. Pergunto se a pessoa está bem, se tem novidades, se a família vai bem, etc, etc, etc... Ou seja, tem milhões de coisas que o ser humano pode perguntar por educação. Até mesmo um “será que vai chover?” serve. Mas não, as pessoas têm fascínio nessa pergunta (“e aí, casou?”)... Quer dizer, as pessoas não. As pessoas CASADAS. Porque eu nunca vi uma solteira perguntar para outra se casou ou não. Sabe o que estou começando achar ? Que deve haver algum tipo de grupo de “frustradas-casadas” que ficam por aí buscando novos membros para irmandade... Só pode ser. Porque se fosse por uma boa causa, elas perguntariam coisas como os exemplos acima. E claro, não fariam a cara de enterro que fazem ao perguntar... Ou quando ouvem o nosso sonoro “não, não casei”. Hehehehe

Bom, em todo caso, a Lilica e eu já resolvemos o que faremos se “nada der certo”. Não entraremos na irmandade das frustradas. Vamos juntar a nossa grana adquirida ao longo da vida, somar com as nossas aposentadorias e torrar tudo em viagens pelo mundo. Afinal, não teremos ninguém para dar satisfação, como diz a Leleka. Seremos velhinhas e viajonas. Literalmente. Tiraremos fotos no Monte Everest, na Ilhas Gregas e até mesmo nas tribos africanas. Depois, escreveremos um livro e apareceremos no Fantástico. Bem felizes. Enrugadinhas e com os cabelos brancos, mas rindo um monte das casadas infelizes. Aquelas frustradas.

Não sou contra o casório, que isso fique bem claro. Eu até quero casar. Juro. Mas se não rolar, paciência. Acredito que existam outras formas de ser feliz. As tais saídas alternativas. Já ouviram falar ? Então... Será que elas não acreditam nisso também ?? Hum... pelo visto não... Porque se elas soubessem que existe um mundo, uma vida "além-casamento", teriam perguntas muito mais legais... Aliás... por falar nisso: será que o sol aparece amanhã ?

Uma excelente semana!
Beijos e até a próxima

sábado, 29 de agosto de 2009

Texto do "nada a dizer"

Eu hoje só queria inspiração para escrever. Preciso escrever 02 resenhas e 01 ensaio para a especialização, mas sinceramente estou em uma semana que não consigo nem postar nada aqui, quem dirá escrever algo acadêmico...

Pensei que a minha inspiração viria do par de covinhas que conheci há poucos dias. Achei que o sorriso ou o olhar daquele rapaz fosse me ser útil na atualização do blog. Mas não. Nada saiu. Depois pensei nas aulas que tive esta semana, nas conversas com as meninas, nos meus milhões de afazeres, na conversa com meu queridinho Thiago, na minha falta de voz crônica... mas nada. Nada brotou na minha mente louca. Ideias até surgiram. Mas cadê as palavras ? Elas não apareceram... Talvez tenham se escondido em algum lugar junto com a minha voz... Talvez, minhas palavras não queiram mesmo se manifestar por um tempo... Silenciar. Talvez a ordem seja essa e eu não esteja interpretando. Será ?

“Só passei para dar um ‘oi’”. Essa frase - que muitos desejaram que eu tivesse dito esta semana – será dita aqui. Apenas isso.

Não, não trarei nada útil para os meus queridos amigos-leitores-cibernéticos. Não falarei nada que os faça pensar, questionar ou xingar. Não tenho nada a declarar. Por que então vir aqui ? Para dizer oi... Só isso. Dizer que estou cansada, cheia de tarefas, trabalhos, cadernos, provas, apostilas e resenhas pendentes. Além de tudo que já tenho, dizer que voltei a nadar – o que tem sido uma graaande terapia. Aliás, hoje daria meu reino por uma piscina... Ficaria horas lá dentro mergulhando e batendo braços... só pra descansar a mente.

Cabeça cheia. Pensamentos desencontrados. Saudades do verão. E por último, desejo grande de conhecer o dono das covinhas que tem me tirado o equilíbrio. Apesar de tudo, todos estão dizendo que estou mais bonita... Ainda bem que tudo na vida tem o lado bom... Pelo menos isso.. Por que será essa beleza ?? rs

É isso...

Um grande beijo e uma semana incrível para todos.


Pensamento completamente perdido:Por que será que é sempre tão bom conversar com você ?? Como eu queria que o seu treinamento fosse pra mim...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sobre buscas

Há algum tempo, a Martha Medeiros escreveu uma crônica que eu adoro chamada “Interrompendo as buscas”. Claro que eu sou suspeita porque adoro quase tudo o que ela escreve. Mas hoje, eu estava aqui em meu quarto, deitada, vendo um filme tosco, quando de repente, do fundo da minha alma, eu desejei isso: interromper a busca.
Não, não foi proposital lembrar da crônica dela. Na verdade, eu sentei aqui em frente ao computer com a cabeça rodando... Palavras que desejavam sair, mas o sono não permitia. E foram elas que me fizeram ligar essa joça e pôr para fora os pensamentos desajeitados. Comecei a digitar coisas meio sem nexo aparente, quando de repente me dei conta de que eu estava falando as mesmas coisas que a Martha. Óbvio que não tão bem quanto ela, e nem com as mesmas palavras. Mas a temática era a mesma.
Era um filme tosco. Não era nem romance (até porque eu não gosto desse gênero). Quando, em meio a uma cena, a seguinte frase saiu de minha boca: “não quero mais isso”. A frase surpreendeu-me, não sei se mais pelo que ela representava ou se pela sinceridade com que foi dita. Dita, isso mesmo. A frase foi oralizada, embora eu estivesse sozinha em minha cama. E é verdade, não quero mais isso. Quero muito mais do que isso.
Não, eu não quero mais fantasmas, nem zumbis. Quero alguém vivo, alguém que me surpreenda, que me ilumine a alma, que me tire do chão, que brinde e até brigue comigo. Quero alguém por quem meu coração dispare, por quem minha barriga sinta frio. Alguém em quem eu possa confiar, alguém com quem eu passe momentos felizes e tristes, alguém com quem eu possa dormir e acordar, e dizer coisas simples como "boa noite", "bom dia", "eu te amo" e "eu também".
Definitivamente, eu cansei das andanças, das estadias e dos albergues. Quero agora parar. Quero um lugar tranquilo onde eu possa repousar minha cabeça no final do dia, onde eu possa esquecer o resto do mundo. Na verdade, quero alguém que me faça esquecer o mundo. Pelo menos, o mundo lá fora.
A Kerly sempre me diz que eu não desejo isso de verdade. A Benair diz a mesma coisa. Elas afirmam que eu falo da boca para fora... que no dia que eu realmente desejar, do fundo do coração, a mágica acontecerá. Bom, hoje veio do coração. Eu senti. Não, não foi nenhuma carência e nem nada parecido. Foi apenas uma vontade de "interromper as buscas". É, acho que essa é a melhor definição: desejo interromper a busca. Desejo encontrar alguém que me faça parar, que me mostre como o trivial também pode ser gostoso, alguém que simplesmente caminhe ao meu lado, fale quando for necessário ou cale quando for mais necessário ainda. Quero olhos e bocas, sim. Mas quero muito mais que isso: quero mãos, braços, pernas, coração e alma.

Chega. Chega das grandes emoções. Chega de montanha-russa, de trem-fantasma, de situações e pessoas que mexem e desafiam o meu medo. Chega dos desafios. Quero apenas parar. E descansar. E viver. Viver na calma, na paz, como há muito eu não vivo. Descansar e viver ao lado de alguém que me mostre que sim, vale a pena parar quando se chega ao objetivo.... E eu quero chegar ao objetivo. E com alguém que valha a pena e que deseje, do fundo do coração, as mesmas coisas que eu...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Só as atendentes são felizes

Muitas vezes chega a ser irônico classificar uma mulher como independente. Porque se para muitas meninas esse é o grande sonho (tornar-se independente) para outras, simplesmente não houve escolhas. Sempre pensei nesse assunto, mas nunca cheguei a escrever nada sobre ele. Eis que estava eu em uma birosca, tomando um vinho com um amigo e esse bendito assunto surgiu. Conversamos um monte sobre isso e ele disse: "Elem, precisas escrever algo sobre isso!" Muito bem, vou tentar então.

Uma vez eu coloquei um mini-post aqui no blog que é perfeito para esse assunto. Vou refrescar-lhes a memória: "Todo mundo admira o pássaro que é livre. Mas alguém já parou pra questionar o quanto é custoso ser livre ? Tenho me perguntado se tem valido a pena pagar esse preço... "

Vez ou outra, ouço esse tipo de comentário: que sou uma mulher independente, segura de mim, pra frente, provocativa, etc, etc, etc... E sempre que recebo esse “elogio” fico me perguntando por que será que eu passo essa imagem. Já perdi as contas de quantas pessoas ficaram frustradas quando souberam que moro com os meus pais ou quando descobriram que eu não tomo pílulas (“Mas como ? Você é uma mulher tão independente!”). E é a mais pura verdade... Não sei porque ganhei esse rótulo e pra ser sincera, ainda não decidi se gosto dele ou não. Simplesmente convivo com ele. Ou aprendo a conviver.

A questão é: eu não quis ser assim. Por mim, eu estaria casada, com três filhos, trabalhando meio expediente e vivendo feliz cuidando da minha casa e da minha família. Por mim, todas as noites eu faria a janta da família e ficaria esperando meu marido chegar do trabalho sentadinha na sala assistindo a TV antes de pôr a mesa para comermos em paz e depois dormir. Na real, esse sempre foi o meu sonho. Mas as coisas não aconteceram dessa maneira. A vida foi me levando para outros caminhos, sabe-se lá Deus o porquê. Não, eu não escolhi a independência. Ela me escolheu. E ponto. Paciência.

Há poucos dias, tive uma crise muito estranha. Crise física mesmo. Uma dor que me fez sair do aeroporto de cadeira de rodas porque não aguentava nem ficar de pé. E agora descobri que tem algo errado com o meu ovário esquerdo. Ontem fui ao médico e fiquei pensando quando saí do consultório que isso deve ser falta de filho. Sim, porque os benditos “útero e cia” foram feitos para abrigar um serzinho, que no meu caso, não apareceu. O médico acha que deve ter sangue derramado lá por dentro e por isso tenho sentido tantas dores... Pra falar a verdade, eu não me preocupei com a dor em si. Me questionei sobre o fato de não ter parido, não ter gerado. E isso me deixou meio mal.... Entendem ? Sim, porque não foi uma escolha minha não ter filhos. Pelo contrário, eu queria ter uns três, mas... a coisa não deu certo. Pelo menos não até agora.

Voltando.

Para aqueles que não sabem, tenho uma teoria cretina que diz o seguinte: "apenas as atendentes de lanchonete são felizes". Não, nada contra às atendentes, pelo contrário.

Pensa comigo, a gente passa tanto tempo estudando, se preparando para um emprego melhor, para um salário melhor, para uma vida melhor que acabamos adiando as coisas mais triviais. Exemplos ? Vamos lá... "vou casar SÓ quando terminar a faculdade", "vou engravidar SÓ quando eu tiver estabilidade financeira", "vou ter uma casa na praia SÓ quando eu me aposentar" e por aí vai. Se você se identificou com alguma dessas frases, bem-vinda ao clube. O problema é que acabamos muitas vezes nos esquecendo que a vida se faz no agora. Te peguei, né ? Pois é... Encare os fatos... claro que é muito melhor conseguir determinadas coisas com a maturidade ou com a segurança de uma situação estabilizada, mas pensem bem... às vezes, se adia tanto que se perde de vista aquilo que era o sonho... E por que as atendentes entraram na teoria ? Você conhece alguma atendente de lanchonete que não seja casada e com filhos ? Então, nem eu. Ah, você não conhece nenhuma atendente ? Passe a reparar então quando for a alguma lanchonete... todas usam alianças e mesmo quando não usam, têm filhos. É só perguntar... pode acreditar, já fiz o teste... rs

E por que as considero felizes ? Porque vivem uma vida mais simples. Não tem essas neuras de mestrado, doutorado, ganhar cinco mil por mês, garantir uma aposentaria de vários mil reais por ano ... Elas simplesmente vão vivendo. A diferença é que quando elas chegam em casa tem uma família esperando por elas. Mesmo com todas as dificuldades pelas quais devem passar. Mas afinal de contas, vai dizer que as mulheres independentes também não têm dificuldades ? Claro que sim... E muitas vezes, a solidão é uma delas. Se não a pior.

Pois bem. Nunca desejei ser essa pessoa determinada, perfeccionista, independente e todos esses outros adjetivos. Sério. Sempre quis ser a Amélia, aquela que era "a mulher de verdade". Mas não rolou. Pelo menos não até agora (já disse isso antes... rs). E sinceramente, com o passar dos anos minha esperança de ainda o ser, diminui. Drasticamente.

E o mais engraçado é que tenho visto muitas mulheres hoje em dia adiando a gestação para os 35, 40 anos... Por escolha própria. E sempre que me deparo com alguma dessas mulheres, fico pensando: “será que foi realmente escolha dela ?” Não sei... Posso dizer por mim e no meu caso, como disse antes, não escolhi, fui escolhida. E deve haver alguma razão para isso, que eu sinceramente não sei qual é. Ainda não descobri. Mas que deve haver, deve.

Por isso, deixarei aqui o apelo. Se algum moçoilo aí quiser mudar o rumo da minha rota, estou aceitando dirigentes novos. Mas que seja alguém que seja homem o suficiente para encarar um “mulherão”, como dizia o Jabour. Garanto que sei bordar, lavar, passar e cozinhar (e olha que cozinho muito bem!). E claro, além desses itens de fábrica, você ainda receberá alguém que sabe administrar as contas, a casa, o trabalho e todas as responsabilidades de uma vida louca... Quer tentar ? rs Brincadeira, gente...

Pra fechar. Posso até ser isso aí que vocês falam, mas pra falar a verdade, não gosto desse termo. Ou pelo menos tenho uma série de ressalvas... Enfim, o recado era esse e espero ter alcançado o meu objetivo e mais do que isso, espero ter deixado o meu amigo feliz com o texto. No mais, pensem com carinho nas coisas que eu disse... a vida se faz no agora. Sempre.

Um grande beijo e uma boa semana!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Vestidos

Olá.
A ideia era realmente só escrever quando voltasse de viagem, mas... como vocês bem sabem, nada na minha vida sai como planejado. Sendo assim, cá estou eu, em plena sexta-feira - de madrugada - diante do micro atualizando o blog. Vai entender... rs.
Produzi alguns textos nesta primeira semana de férias. Três na realidade. Um fala sobre saudosismo, tema bem recorrente aqui, outro sobre definições e metas, e por último um que fala sobre liberdade. Não pretendo postar nenhum deles ainda, mas resolvi entrar no blog pra ver o quão abandonado ele estava e, surpresa, encontrei alguns comentários (e elogios) esperando para serem aprovados. Encontrei também alguns novos seguidores. Dúvidas que isso me fez parar e escrever algo. Espero que seja útil, afinal, é uma forma de agradecimento... rs
Vamos lá.
Vocês sabem que fatos que me despertam atenção ocorrem todos os dias. Hoje o fato em evidência foi estar em dois extremos em um intervalo menor do que cinco minutos. Estava em casa. Telefone tocou. Blá bla . Desliguei. Telefone tocou de novo. Blé blé blé. Desliguei também. Mente começou a processar os acontecimentos. Eram pessoas diferentes, obviamente. Com sentimentos e interesses diferentes. Pensei: como posso despertar sentimentos tão diferentes em diferentes pessoas fazendo as mesmas coisas ? Não sei. Só sei que eu precisava escolher um rumo a seguir. Pensei: que fazer ?
Fiquei pensando em uma coisa que meu pai sempre dizia. Quando minha mãe demorava horas para escolher um sapato ou uma roupa para sair, meu pai falava que mulher só deveria ter duas mudas de roupa: uma no corpo e uma no armário porque isso pouparia tempo e esforço, afinal, não teria muito o que pensar na hora de escolher. Eu até concordava com essa fala, mas confesso que eu sempre achava que seria muito mais glamouroso ter no armário uma coleção com 35 vestidos - mesmo que isso causasse dúvidas e conflitos... Já entenderam sobre o que quero falar, ? Pois é... é isso mesmo.
Às vezes opções demais te desequilibram. Você quer escolher o vestido marrom porque sabe que ele fica lindo em você. Sabe que quando você usa, todos te elogiam. Mas ao mesmo tempo, você pensa no vermelho, novinho, recém-comprado, que te faz sentir sexy e super sensual. Aí, você lembra que além desses, você ganhou um outro pretinho que seeeempre cai bem em todas as situações da sua vida. Diante das peças, qual escolher ? O confortável de sempre, o novo que te faz sentir bem ou o multi-uso q é pau para toda obra ? Hum... questão difícil. Quem mandou eu não ouvir meu pai e ter uma roupa só... Seria mais fácil, bem mais fácil.
Eu quero muito escolher o vermelho porque ele faz com que eu me sinta bem e porque é novo - e já cantava Elis: "o novo sempre vem". Mas o problema é que o coração palpita quando vejo o marrom porque lembro de todas as festas maravilhosas que já fui com ele. E aí fico assim... pensativa, porém consciente de como cada um compõe um pedacinho do meu confuso ser... Aff... na verdade, eu gostaria mesmo é de costurá-los. Meio a meio. Marrom e vermelho. Para sempre. A intimidade de um com o romantismo do outro. Juntos. Forever. Perfeito.
Eu sei, vocês vão dizer: "Mas se o marrom fica tão bem em você e você fica feliz com ele, por que escolher outro ?" E eu respondo: o marrom veste maravilhosamente bem mas está desbotado, surrado... Não é mais vistoso como antes... Para falar a verdade, ele está sem uns botões até... "Ah tá... , então troca pelo vermelho. Ele não veste super bem também ?" Sim, ele veste, mas... é tão novinho... Ainda não tem o caimento certo, ainda preciso ajeitá-lo todas as vezes que me levanto... E também vermelho não é para qualquer ocasião, vocês sabem... Vermelho chama a atenção demais...
Não sei, não sei... às vezes penso que o melhor seria encontrar um meio termo. Talvez eu devesse abandonar os que tenho e ir a alguma loja amanhã e comprar um modelito novo. Nem desbotado como o marrom e nem tão chamativo quanto o vermelho. Quem sabe, um tayllerzinho em algum tom pastel... afinal, eles sempre vestem bem, são simpáticos, neutros e conseguem atingir o nível básico que é deixar a mulher arrumada e bem vestida. É... acho que seria o melhor a fazer mesmo. Afinal, tenho que aproveitar os bons ventos e as grandes ofertas... rs
Alguma sugestão ??? rs
Beijos a todos e até a próxima....