domingo, 16 de novembro de 2008

30 de novembro

Em mais um dos meus sonhos estranhos, sonhei com fantasmas. Estava eu em uma casa mal assombrada e eu via os fantasmas pelos cantos. Até aqui nenhuma novidade. Os meus sonhos são sempre esquisitos e sem noção nenhuma de realidade. Mas esse, por algum motivo desconhecido, me chamou atenção. Só pra lembrar: tenho medo - muito medo - de fantasmas.
Aí, passando eu pela sala, encontro o segundo passatempo preferido da minha mãe: um livro de sonhos. Bah, nem hesitei. Catei o livro, letra F, fantasmas: "felicidade e alegria, consolo de suas decepções". Ui, delícia! Será mesmo ??? Espero que sim. Torcendo que sim. Muito, muito, muito...

Pra constar:

... e você não sai do meu pensamento...

Profissão: Repórter

Cara, passei o final de semana inteiro - isso mesmo, inteiro - corrigindo provas e trabalhos. Pilhas e pilhas... Sem noção. Isso tirou toda a minha inspiração para o post de final de semana. Não restou nem uma gotinha de imaginação para escrever algo útil... credo.
Mas por outro lado, estou com a consciência tranquila. Que bom olhar para minha estante de provas, trabalhos e afins e vê-la limpa. Delícia. Acho que vou até comemorar! rs
Bah, eu não queria ficar sem dormir igual ao bimestre passado. Me enrolei e acabei quase não dando conta dos prazos das milhões de escolas. Foi por pouco... Perdi algumas horas de sono, mas entreguei tudo a tempo. Esse bimestre não quero que isso aconteça.
Ontem olhei pra estante, para as pilhas especificamente, respirei fundo e disse: "vocês vão morrer!" E matei. Acabei de matar a última dissertação agora... Ufa. Mas, como disse antes: consciência tranquila. Sei que semana que vem terei mais um monte de coisas para corrigir novamente pq essa é a vida que eu escolhi - não sei onde eu estava com a cabeça, mas enfim.
E mais uma vez eu digo: que venha dezembro. Depressa, depressa, depressa. E pensar que eu ainda vou trabalhar até dia 22... Aff... Como dizem meus alunos: vamos tocar o sino na escola..... hehehehehe

Ow, mas nem só de tragédias foi o finde.

Ontem aconteceu algo interessante (que ainda não vou postar porque não é o momento. Ainda). Mas foi bacana... bacana mesmo. Aizi.

Ahhhh... e a chuva NÃO PÁRA !!! Não pára, não pára, não pára, não.......
P.S.: Sentirei falta dos acentos diferenciais... Gosto tanto deles... hehehehehehe

Fuiii
Cansada, cansada, cansada.
Alguém pode me explicar por que minha vocação não é "ser atriz, modelo ou dançarina" ??
Cansada de ler, preparar, confeccionar, ler, corrigir, ler, preparar, confeccionar e por aí vai... Aff...
Quero uma vida mais fácil. Maaaaas, que venha DEzEMBRoo!!

Como diz o George: Cada um tem o que merece... E eu devo merecer. E muito... rs

sábado, 15 de novembro de 2008

Sem assunto

Tenho a impressão que algumas pessoas não querem ter uma vida diferente. Talvez por não saberem que pode haver algo diferente ou porque simplesmente gostam – ou estão acostumados – com o lixo em que vivem.
Vejo um monte de gente todos os dias. Um monte mesmo. De todas as classes, idades, gêneros. E dentre esse monte, tem uns tantos que parecem ter deixado de viver. Ou pelo menos, parado de tentar mudar algo em suas vidinhas. Ou pior, nem iniciado sequer uma vida. Por outro lado, no entanto, vejo outros dando a volta por cima. Batalhando, correndo atrás, indo em busca de um sonho. Contrariando a tudo e todos e seguindo em frente.
Pra quem não sabe, trabalho com adultos que voltaram a estudar. E é gratificante ver como algumas pessoas querem aquilo, querem mudar suas condições atuais. Gente que trabalha, cuida de marido, de filho, de papagaio, de patroa, de filho de patroa, mas que apesar de toda dificuldade, à noite está lá firme e forte: “professora, me ajuda”, “professora, me ensina”, “professora, quero muito aprender isso”. É bonito de ser ver, gente. Bonito mesmo. Não tô falando de gente novinha, não. Falo de gente com cara enrugada, com mãos calejadas, com unhas imundas do trabalho, com uniforme de empresas... Fico emocionada com essas coisas. E desde que comecei meu trabalho com essas pessoas, minha visão anda muito mais crítica com os outros alunos: os novinhos. Aqueles que têm como “obrigação” única da vida estudar. É difícil olhar um cara que é expulso toda semana da escola e não pensar nisso. Não pensar naquele senhorzinho que aos cinqüenta, sessenta anos, pede um dicionário de presente para poder estudar quando não estiver na escola... Desculpe a sinceridade, mas meu coração fica revoltado quando vejo um bando – sim, um bando – de crianças mimadas achando que mandam no mundo, fazendo o que querem e bem entendem. Ou melhor, não fazendo, porque tudo hoje já vem pronto, não precisa ser feito. Informação pronta, comida pronta, escola pronta, atividades prontas. Eles não precisam pensar. Pra que se esforçar então ? Fico me perguntando o que será dessa geração... De verdade me pergunto. E sinceramente tenho medo do mundo em que meus filhos viverão. Não quero um filho assim: inconseqüente.
Tá, eu sei, você vai dizer: “isso vem da criação”. Mas eu vou responder-lhe: os pais estão perdendo o controle da coisa. Os pais, a escola, a família. Os jovens de hoje entendem bem de modas, bonés, bermudões, chapinhas e tons de cabelo. Ah, e claro, internet. E só.
Enfim.
Claro que não posso generalizar, mas é que estou preocupada com isso. Uma amiga me disse uma coisa que deve ser verdade: segundo a teoria do caos, quando uma coisa está em profunda desordem, isso significa que alguma reorganização vai haver em breve. E ela acredita que estamos vivendo esse momento. Será ? Assim como ela, não sei se estou pronta para participar do bum final/inicial.
Mas voltando lá pra cima. Orgulho dos meus alunos adultos. Orgulho mesmo. E orgulho também dos novinhos que já perceberam que a vida não virá pronta, embrulhada para presente com laço e tudo. Façamos por onde para conquistar uma vida melhor. Que assim seja. Amém.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Nota da Redação

Ok, ok...

Vcs pediram e eu esclareço.

Não, não estou numa bad. Não mesmo. O post anterior foi só uma historinha triste, nada além disso. De verdade.
Hoje é sexta-feira e estou mto feliz por isso. Como se não bastasse o fato de adorar as sextas-feiras pq não trabalho, estou mais contentinha que o normal porque verei minhas amigas no final de semana, afinal, temos uma convidada ilustre na Ilha da Magia. Neste momento, tô até convidando a Paolette para tomar uma cerveja !!
Viram, eu tô bem. Só quis contar essa historinha aí embaixo pra ilustrar um acontecimento que está fazendo aniversário hoje (ou fará amanhã, sei lá).

Situação esclarecida, podem guardar as giletes.

Agradeço aos amigos q procuraram perguntando se eu estava bem hj... Ahhhhhh! Como é bom ter amigos!!

Pequeno conto de fadas (ou de bruxas, sei lá)

Então...

A menina ama o rapaz. O rapaz não ama a menina. O rapaz brinca com a menina. Todos os dias. Ou em dias alternados. Depende da vontade ou disposição dele. E assim vão seguindo os dois. Juntos mas em/por caminhos diferentes.
Por que ele faz isso ? Não se sabe. Ninguém nunca saberá. Talvez nem ele mesmo saiba. Pode ser sadismo ou até mesmo distração. Quem há de saber ?
Certo dia, ela resolve dizer não. Mas dói, dói, dói. Chega sangrar. Mas ela diz. Desculpa-se, fala e sai. Vai embora. Segue seu caminho.
Finalmente aí, e somente aí, eles vivem felizes para sempre.

domingo, 9 de novembro de 2008

Ow...

P.S.: Dá pra parar de chover ?

Em 09/11/08 às 23h56, Elem escreveu

Luz apagada, computador desligado, cama feita. Deveria estar dormindo, amanhã é dia, mas não consigo. Cabeça cheia, mente inquieta. Vozes, palavras, sons. O mundo gira aqui dentro. Penso. E tenho medo de confessar meus pensamentos.
Barulho na rua. Pessoas passam, gritam, agitam os últimos minutos do domingo. Cabeça pesada, coração cheio, carregado. Vontade de entrar num túnel do tempo e encontrar alguma saída diferente. Mas não dá. Ainda não dá. Mas como disse hoje: um dia a dor passa.
Não, não... sei que não é isso. É aquilo. Será sono apenas ? Palavras em inglês, Bianca dormindo ao lado. Coração acelerado, cabeça lenta. Palpitações.
Pergunto-me por que o mundo é tão injusto. O mundo, a vida, eu. Ou o que quer que seja.

Nunca me leste ? Aproveita. É a última chance que tens para conhecer-me.

... Desnuda minha alma como desnudavas meu corpo...

Fakes do orkut

Realmente tem pessoas estranhas no mundo. Pessoas que gostam de se mostrar, de aparecer, de estar na frente... Só não sei na frente de que ou de quem... Essa é a incógnita.
Não q não seja natural ou normal - como queiram chamar. Mas às vezes soa estranho querer aparecer mais do que se deve. Sabe quando se chega ao ponto de mostrar algo para poder esconder o que existe na verdade ? Então, é sobre isso que falo. Entendem o que eu digo ? Conheço gente assim. Aos montes. Aos cachos, como diria alguém.
Posso não ser boa, não ser perfeita, não ser a melhor, talvez nem chegue perto desses adjetivos aí, mas sou assim: eu. Desse jeito. Não entendo pra que criar um personagem... não entendo mesmo... Mostrar algo q não é, mas que se quer ser... ui... q angústia deve ser viver assim.... pensando a todo momento "como meu outro eu faria ?" Ou será q isso está tão enraizado q não se distingue mais quem é quem ? Não sei, não sei...
Por que estou falando sobre isso agora ? É que vi fotos, perfis, comunidades... Algumas pessoas q não são aquilo q mostram... Nem de longe. Mas quem sou eu pra falar algo ? Só não entendo... Porque essas pessoas q tentam aparentar uma outra pessoa, no fundo são legais. Os "eus" verdadeiros são tão mais bonitos... será que elas não sabem disso ??

Sobre uma conversa q tive hj...

Sinceramente ? Não acredito nessas filosofias politicamente corretas. E além de não acreditar, não confio e ainda por cima acho-as muito estranhas. Isso para não dizer uma outra palavra que gosto mais, mas que pode chocar... Vejamos.
Ok, eu sei q o bem deve ser feito. Palavras devem ser cuidadas. Sei disso tudo, mas a questão vai muito além disso... A questão é: por que eu vou proferir palavras doces e sutis a pessoas que não as querem ?? Entende o que eu digo ? Tudo bem, eu sei, já acreditei nisso tudo também um dia... “Desejar o bem sem olhar a quem” – ou seria fazer o bem ? Em todo caso, tem gente que simplesmente não merece o meu latim. Não mesmo. Sendo assim, não gastarei com eles a minha saliva e nem muito menos o meu vocabulário. Cruel ? Nem tanto. Também está escrito “não atirai pérolas a porcos”, não é verdade ? E é essa filosofia que sigo hoje em dia. E tenho dito.

(Nossa, me senti o Prates agora... rs)

sábado, 8 de novembro de 2008

Mauricio

Certo dia, um amigo me disse uma frase. Era um final de tarde - talvez começo de noite. Sei que caminhávamos e ele me disse: "feridas às vezes sangram".
Confesso que esse dizer passou a me acompanhar. Vira e mexe penso nele. Como agora...
Mas o pior é quando não apenas "penso": o pior é quando sinto. Tão profundamente quanto o meu amigo estava sentindo quando me confidenciou.

Saudade de pessoas. Plural.
Percebam, seus desconfiados!

Mundo que gira

Tenho pensado muito. Em muitas coisas diferentes. Pensado em como as pessoas às vezes fazem questão de serem estranhas, pensado em como as meninas hj em dia não são mais meninas, pensado em como venho envelhecendo com tamanha pressa. O último item talvez seja o que mais me assusta. Não q os outros não assustem, mas o fato de envelhecer não me cai bem. Não só pelas rugas e marcas de expressão que começam a surgir pelo meu rosto, mas principalmente pelo fato de não conseguir mais olhar a vida com os mesmo olhos de antes. Será que me faço entender ? Não sei...
Todos os dias pego aquele ônibus. O mesmo. Mesmo motorista, mesmo trocador, mesmo casalzinho que senta a minha frente e fica aos beijos... Tudo igual. Lembro-me que até bem pouco tempo atrás, nunca achei nada "igual", mesmo quando a rotina insistia em bater a minha porta... Agora, meus olhos mudaram, penso eu. Minha mente fica cheia de imagens antigas, como se num passe de mágica eu me desconectasse daquele daquele "bendito" sacolejar da condução e me transportasse pra outras épocas. Imagens, sons, risos, cenas... coisas tão boas... mas tão passadas. Vividas há tanto tempo... Deus meu, como é ruim envelhecer e perceber o frescor e a vitalidade daqueles que ainda não envelheceram. Me pergunto: será que ainda tenho solução ?