sexta-feira, 24 de julho de 2009

Vestidos

Olá.
A ideia era realmente só escrever quando voltasse de viagem, mas... como vocês bem sabem, nada na minha vida sai como planejado. Sendo assim, cá estou eu, em plena sexta-feira - de madrugada - diante do micro atualizando o blog. Vai entender... rs.
Produzi alguns textos nesta primeira semana de férias. Três na realidade. Um fala sobre saudosismo, tema bem recorrente aqui, outro sobre definições e metas, e por último um que fala sobre liberdade. Não pretendo postar nenhum deles ainda, mas resolvi entrar no blog pra ver o quão abandonado ele estava e, surpresa, encontrei alguns comentários (e elogios) esperando para serem aprovados. Encontrei também alguns novos seguidores. Dúvidas que isso me fez parar e escrever algo. Espero que seja útil, afinal, é uma forma de agradecimento... rs
Vamos lá.
Vocês sabem que fatos que me despertam atenção ocorrem todos os dias. Hoje o fato em evidência foi estar em dois extremos em um intervalo menor do que cinco minutos. Estava em casa. Telefone tocou. Blá bla . Desliguei. Telefone tocou de novo. Blé blé blé. Desliguei também. Mente começou a processar os acontecimentos. Eram pessoas diferentes, obviamente. Com sentimentos e interesses diferentes. Pensei: como posso despertar sentimentos tão diferentes em diferentes pessoas fazendo as mesmas coisas ? Não sei. Só sei que eu precisava escolher um rumo a seguir. Pensei: que fazer ?
Fiquei pensando em uma coisa que meu pai sempre dizia. Quando minha mãe demorava horas para escolher um sapato ou uma roupa para sair, meu pai falava que mulher só deveria ter duas mudas de roupa: uma no corpo e uma no armário porque isso pouparia tempo e esforço, afinal, não teria muito o que pensar na hora de escolher. Eu até concordava com essa fala, mas confesso que eu sempre achava que seria muito mais glamouroso ter no armário uma coleção com 35 vestidos - mesmo que isso causasse dúvidas e conflitos... Já entenderam sobre o que quero falar, ? Pois é... é isso mesmo.
Às vezes opções demais te desequilibram. Você quer escolher o vestido marrom porque sabe que ele fica lindo em você. Sabe que quando você usa, todos te elogiam. Mas ao mesmo tempo, você pensa no vermelho, novinho, recém-comprado, que te faz sentir sexy e super sensual. Aí, você lembra que além desses, você ganhou um outro pretinho que seeeempre cai bem em todas as situações da sua vida. Diante das peças, qual escolher ? O confortável de sempre, o novo que te faz sentir bem ou o multi-uso q é pau para toda obra ? Hum... questão difícil. Quem mandou eu não ouvir meu pai e ter uma roupa só... Seria mais fácil, bem mais fácil.
Eu quero muito escolher o vermelho porque ele faz com que eu me sinta bem e porque é novo - e já cantava Elis: "o novo sempre vem". Mas o problema é que o coração palpita quando vejo o marrom porque lembro de todas as festas maravilhosas que já fui com ele. E aí fico assim... pensativa, porém consciente de como cada um compõe um pedacinho do meu confuso ser... Aff... na verdade, eu gostaria mesmo é de costurá-los. Meio a meio. Marrom e vermelho. Para sempre. A intimidade de um com o romantismo do outro. Juntos. Forever. Perfeito.
Eu sei, vocês vão dizer: "Mas se o marrom fica tão bem em você e você fica feliz com ele, por que escolher outro ?" E eu respondo: o marrom veste maravilhosamente bem mas está desbotado, surrado... Não é mais vistoso como antes... Para falar a verdade, ele está sem uns botões até... "Ah tá... , então troca pelo vermelho. Ele não veste super bem também ?" Sim, ele veste, mas... é tão novinho... Ainda não tem o caimento certo, ainda preciso ajeitá-lo todas as vezes que me levanto... E também vermelho não é para qualquer ocasião, vocês sabem... Vermelho chama a atenção demais...
Não sei, não sei... às vezes penso que o melhor seria encontrar um meio termo. Talvez eu devesse abandonar os que tenho e ir a alguma loja amanhã e comprar um modelito novo. Nem desbotado como o marrom e nem tão chamativo quanto o vermelho. Quem sabe, um tayllerzinho em algum tom pastel... afinal, eles sempre vestem bem, são simpáticos, neutros e conseguem atingir o nível básico que é deixar a mulher arrumada e bem vestida. É... acho que seria o melhor a fazer mesmo. Afinal, tenho que aproveitar os bons ventos e as grandes ofertas... rs
Alguma sugestão ??? rs
Beijos a todos e até a próxima....

quinta-feira, 16 de julho de 2009

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Primeiro dia

Conta a lenda que os dias que antecedem o aniversário são os piores possíveis. Bom, tendo eu feito aniversário ontem, espero que isso seja verdade e que a coisa mude de rumo. Sinceramente.
De repente me bateu uma dúvida: você continua vindo aqui ? Se continua, te direi algumas coisas. Se não, não tem importância, vou falar mesmo assim. Eu juro, juro mesmo que eu queria que num passe de mágica você deixasse de existir. Não, eu não pergunto por você, eu não quero saber de você, na verdade, se você morresse não me faria a menor falta. Não moveria um dedo sequer para saber o motivo da causa mortis. E acredite, isso é sincero. Então por que será que as pessoas insistem em me trazer notícias suas ? Querido, eu desconheço a sua existência... Você é pra mim tão nada quanto o lixo do meu vizinho. E por que então escrever algo pra você ? Para que os meus amigos entendam, de uma vez por todas, que eu não quero saber nada, absolutamente NADA sobre você. Entenderam ? Ótimo.
Dane-se se você está feliz, triste, bonito, feio, magro, gordo, de aliança, sem aliança... F***. Eu não quero saber. A sua namorada pode ser a miss simpatia... eu não me interesso por ela. Quero que vocês dois morram e adentrem as portas do céu juntos, felizes e de braços dados. Não acredito em felicidade construída em cima de tristeza alheia. E ponto. Por isso, não preciso mencionar o que acho sobre o caso citado.
Acho você um filho da p* de marca maior. E sempre vou achar. O resto do mundo pode te achar o cara mais gente boa da face da Terra, mas eu penso diferente. Pra mim, você não é homem. Você não passa de um moleque mimado, um babaca imaturo e machista. A única coisa que presta em você, ou melhor, em você não, a única coisa que presta do que vivemos foram os textos que escrevi sobre a nossa relação. De resto, é resto mesmo. Você é resto. Coisa podre. Sem vida. Aquilo que os urubus querem para se alimentar. E como eu já disse antes, não preciso disso. Graças a Deus, estou acima disso.
Porém, sei que você tem uma boca gigante e falou demais sobre a gente. Aí, sou obrigada a ouvir até hoje sobre a sua pessoa (como hoje). O pior é as pessoas falarem da "professora" com quem você tinha um relacionamento sem saber que a "professora" sou eu mesma. Nunca entendi a sua cabeça doente, mas hoje fiquei mais de cara ainda. Se é que isso é possível. Aliás, vindo de você, sempre é.
Enfim. Só digo uma coisa: maldita hora que abri a porta para você entrar na minha vida. Porque foi uma contaminação tão grande que até hoje vêm marés com seu nome. E pra piorar, somos professores, conhecidos e que vivemos numa cidade que é um ovo. Ouch.
Querido, pra finalizar: morra.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Não me pergunte o porquê

"o pior é chorar calado
quando ninguém te ouve
e quando todos acham que vc é forte demais... "
Postado por As cartas que não mando às 20:24

XX comentários:
Elem disse...
As suas palavras hoje foram tudo pra mim. Porque choro, mesmo quando o mundo inteiro continua a me achar a pessoa mais forte do mundo. Às vezes o peito dói e os outros não entendem porque não estão acostumadas a te ver chorar. E você então escolhe chorar baixinho, escondido, por baixo das cobertas, pedindo apenas que Deus te olhe um pouquinho e te dê um sono tranquilo e que te faça esquecer suas dores... Aquelas q você não tem coragem de contar... Sabe quais ? Essas mesmas.. Hj descobri q minha fortaleza foi construída para esconder um medo imenso de algo que não tenho coragem de confessar. Sendo assim, escondo-me. Escondo-me por ser fraca e frágil. E é isso. Saudades.
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Talvez você não saiba, mas eu choro. Descobri hoje que tenho medo. Um medo inimaginável de algo que não tenho coragem nem mesmo de confessar. Sim, eu sei, você vai dizer que sou forte, que não está acostumado a me ver chorar. É verdade, desde sempre, nunca chorei em público. Nunca soube lidar bem com a dor, por isso sempre escondi a existência dela. Como alguém que esconde um monstro no fundo de um porão ou sótão. Aprendi desde cedo como chorar sozinha, escondida, sem que ninguem perceba. Buscava meu quarto e meu travesseiro quando queria chorar dores e feridas não cicatrizadas.
E hoje ler os seus versos, esses aí de cima, abriu uma cratera no meu peito que já estava com um fissura bem marcada. Já chorava quando li as suas palavras. Lágrimas já rolavam pelo meu rosto quando deixei que meus dedos fizessem esse comentário "copiado e colado" para que os outros leitores também possam ter acesso. Sim, tive vontade hoje de simplesmente experimentar a sensação de chorar junto com alguém. Ou de alguém. Mas, adivinhe, não tinha esse alguém. Estava só.
O mais assustador foi perceber que existe um medo enorme dentro de mim. Foi estranho perceber que todo o meu castelo é feito de areia, mas de areia molhada para que de longe, ninguém perceba o quão frágil e fácil de derrubar ele é. Estranho ? Muito. Senti-me carente, sozinha, fraca. Quis orar. Pedi a Deus respostas mas nada veio... Nada ouvi... Nada senti. Sentei-me aqui diante desta tela e deixei que mais uma vez meus dedos fizessem o trabalho por mim... Continuo sozinha, como quando era uma criança, chorando por baixo das cobertas e desejando que o sono venha rápido e me traga um novo dia. Um dia tão sem tempo que não me deixe pensar nas minhas próprias feridas. Acho que isso explica tudo. Talvez, a Márcia tenha razão. Talvez eu também use máscaras e há tanto tempo que eu nem saiba mais diferenciar quem sou eu e quem não sou.
É isso.
Estou triste. E nem precisava dizer.

domingo, 5 de julho de 2009

Treinamento

Pois bem. Tive uma semana com vários acontecimentos. Tive várias ideias legais para textos que possivelmente seriam mais legais que esse. Mas por algum motivo (des)conhecido, estou bolada. E resolvi falar sobre isso. E ponto.

Tá, eu sei, já aprendi: o mundo não faz sentido. Eu sei disso. Tudo bem, já entendi também que eu erro pra caramba. Eu estou começando achar que eu sou um "erro ambulante". E (muitas) vezes, começo achar que o maior dos meus erros é justamente morar na cidade em que moro. Não, eu não vou embora, não quero ir embora... Mas penso nas coisas que me fogem dos dedos por morar aqui. Mas como eu ia dizendo...

A história é a seguinte. Conversava eu hoje com alguns amigos meus, amigos mesmo. Dos muitos que tenho fora de Florianópolis, obviamente. Um de Minas e dois do Rio. Aí, papo vai, papo vem e eles bem felizes com suas namoradas/esposas. Mas fiquei meio bolada com uma frase específica: "lendo o seu texto sobre o medo, resolvi arriscar e comecei a namorar a menina que eu estava ficando." E continuou: "é como você escreveu: medo pra quê ? Resolvi arriscar como você falou". Eu li as frases e pensei: legal, estou fazendo algo de bom para alguém. O blog serve para alguma coisa. Aí fiquei pensando e analisando a minha situação especificamente. E me senti meio cansada de preparar coisas para outras pessoas. Entende o que eu digo ? Sinto que minha vida é um constante treinamento. Parece que estou sempre treinando, ajeitando, arrumando e preparando alguém PARA OUTRA! Sempre converso sobre isso com a Lilica, mas hoje a frase do Otávio entrou no meu cérebro direto, como uma bala certeira. E sinceramente, dá pra saber quando vai aparecer o alguém que foi preparado PARA mim e não POR mim ?? Que saco, isso... rs

Aí pensei no fato de morar onde moro. De novo. Inevitável. Pensei que em todo lugar é assim: o cara surge, desestabelece você, a coisa acontece e tudo fica bem. Mas aqui não. O cara surge, te desestabelece e... E. Para por aí. Entende o que digo ? Ontem mesmo, vi mais uma vez essa cena ridícula acontecendo com uma amiga... Sim, porque não falo isso por mim, não (até porque a única vez que dei trela para um cara daqui, ele só me comprovou tudo o que penso sobre o gênero masculino da ilha de Santa Catarina), porém, fico observando situações alheias. Tenho várias amigas, todas enroladas com algum cara bem desse tipinho que descrevi aí. Ou seja, aqueles que aparecem, nutrem a expectativa, o romance e depois ficam em cima do muro. Que não sabem se casam ou se compram uma bicicleta. Ui, Deus me laivre desse tipinho de Florianópolis e região... Às vezes, o individuo nem é daqui, mas absorve o costume da região... sabe como é.

O texto está confuso? Sigam meu raciocínio.

Você é legal, bonita, inteligente e gente boa. Aí, conhece um camarada. Esse camarada é legal, bonito, inteligente, gente boa, MAS, não está pronto para namorar - segundo ele. Ótimo. Você resolve investir nele mesmo assim. Afinal, ele está sozinho e não tem ninguém a vista. Passam horas juntos, conversam, saem, batem papo, ele te diz que gosta de sua companhia e blá blá blá. MAS AÍ, de repente, da noite para o dia, ele vem com um papo torto de que "graças a VOCÊ, ele está pronto para se relacionar com alguém. E que conheceu uma menina que é tudo que ele sempre quis". E ainda finaliza com um beijo no rosto e com um "obrigado por tudo!" Você, menina que mora em Florianópolis, já ouviu esse papinho ? É, eu também. E metade das minhas amigas também. Bem-vinda ao clube. Daí você, menina-legal-bonita-inteligente-gente-boa para e fica com cara de bocó. Se olha no espelho e pensa "o que eu fiz de errado ?" e chora. Honey, o problema não é você, creia nisso. O problema é (d)ele. Só isso.

Outro exemplo: você conhece um rapaz, namora, ele é um filho da p*** com você. Você termina com ele, obviamente. Daí, ele chora, esperneia, diz que se arrependeu, que não fará mais nada de errado, que ele já aprendeu tudo o que não se deve fazer. Claro que ele aprendeu com e graças a você. O sofrimento que "você" causou, fez com que ele aprendesse a dar valor. Beleza. Algumas semanas depois o mesmo indivíduo aparece com uma aliança no dedo, feliz, com uma nova menina ao lado. Então, você começa ouvir de todos os conhecidos: "nossa, como fulano mudou..." Você pensa: "Desgraçado". É, eu sei, revolta. Normal. Dava pro indivíduo ter aprendido ANTES de namorar você ? Dava para ter sido treinado por alguma outra menina que não fosse você mesma ? Hummm... não.


Acho que quando Deus criou as pessoas, deve ter feito algum tipo de classificação. E com certeza eu estava na escala de “trainner”. É a minha única explicação. O que espero ? Sinceramente ? Que exista alguma outra trainner perdida por aí que esteja capacitando muito bem o meu menino. Porque olha... eu tenho treinado muito bem os meninos das "outras"... Quer saber, se demorar muito, peço baixa dessa categoria e mando mundo plantar batatas. E tenho dito. Rs

Beijos e boa semana para todos.