domingo, 31 de outubro de 2010

1º torraço 2011

E eis que eu, garota-carioca-suingue-sangue-bom, fui à praia... Depois de um longo e tenebroso inverno, pude finalmente pôr o biquininho, estender a canga na areia e tomar um solzinho. E em meio a cervejinhas, sanduíches e conversas fiadas sobre as beldades da praia, tomei um belo torraço. Comecei bem.

Como explicar isso? Como explicar que uma criatura nascida e criada nas praias do Rio de Janeiro - e adjacências - pôde simplesmente tomar um torrão e agora ficar parecendo um pimentão mal-feito? Pois é, não sei... talvez tenha sido a ansiedade em tomar sol, ou então a vontade tamanha de ganhar uma corzinha mais saudável que me fez esquecer que eu estava chegando na praia no pior horário - cheguei 13h30 - esquecer também que existe um tal buraco da camada de Ozônio que fica bem na direção da pacata cidade de Florianópolis, e esquecer completamente de uma coisa chamada protetor solar. Resultado? Adivinhem... Agora estou eu aqui, furta-cor, metade rosa, metade branca (só fiquei de frente), com uma marca gigantesca de um biquíni que não é o meu estilo (na correria, não achei a minha "cortininha-amiga" e tive que ir com um tomara-que-caia enoooorme) e além disso, com as coxas queimando de tão vermelhas.... Resumindo: estou ridícula. E ponto. Acho que estou mais do que ridícula: estou medonha.

Bom, já dizia a sábia Dona Bia, minha mãe: "Quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza". E eu, seguindo a regra, me lambuzei. E agora estou aqui toda ferrada com as pernas ardendo e a barriga parecendo um sei lá o quê... Fiquei tanto tempo sem ver o sol, que quando vi, me empolguei... E o pior é pensar que o bendito protetor solar estava dentro da minha bolsa, ou seja, do meu ladinho... e eu não passei sei lá por quê - e nem vou tentar mentir pra vcs... não foi um mero esquecimento porque no rosto eu passei - pelo menos isso. Foi então relaxamento mesmo. Pronto, falei. Aff.

Bom.. fora isso... a praia estava perfeita. Os amigos, as risadas, as conversas fiadas e até as fotos. Só o que não era perfeito era aquela mulherada que surge no verão com aqueles corpos perfeitos e bronzeados, com aquelas bundas enormes e sem celulite... Fico me perguntando de onde elas surgem... Mas enfim, isso já é assunto para um oooooutro post que não esse. Agora, vocês me deem licença que preciso renovar minha camada de pós-sol... A que eu passei há 15min já foi tragada pela quentura do meu corpitcho.... rs

Beijos e boa semana para todos!
Fui

domingo, 17 de outubro de 2010

Confuso. Mto confuso.

Existe um filme chamado Cidade dos Anjos... e eu gosto mto desse filme. Apesar de ele ter um final trágico e ser um filme mto antigo, eu continuo gostando muito dele. Já vi várias vezes e confesso que todas as vezes que vi, chorei. Geralmente, o filme terminava e eu continuava chorando na frente da TV... Pra quem não conhece, é a história de um anjo que abre mão de sua vida celestial para tornar-se um humano.

Hoje fiquei pensando sobre isso. Na realidade, o filme nos conta que os anjos invejam os homens por uma coisa que achamos meio óbvia: os anjos nos invejam porque nós, os humanos, temos a capacidade de sentir. Sentimos o calor do sol, sentimos o gosto dos alimentos, sentimos a brisa, sentimos o amor. Não, os anjos não sentem nada disso... e por isso eles nos invejam. No filme, o anjo Seth se apaixona pela médica Maggie e por isso desiste da sua imortalidade para viver esse amor. Mesmo não sendo compreendido pelos seus semelhantes, ele segue em frente porque acredita que por amor tudo vale a pena, que sentir vale a pena, acima de tudo. E é justamente sobre isso que eu andei pensando no final de semana...

Eu também acho que por amor tudo vale a pena. Mas sabe o que tem me deixado muito triste? A falta de capacidade de amar. A minha e a dos outros. Começando por mim... Sabe há quantos anos eu não digo para alguém "eu te amo" ?? Vários anos. Vários mesmo. E não que eu queira esconder o sentimento, mas simplesmente porque ele não existe em mim há tempos. E por motivos diferentes... Primeiro porque demorei demais pra me livrar do amor antigo e depois que me livrei, tornou-se quase impossível deixar que outro amor entrasse. Depois porque fiquei mto tempo sem acreditar no amor; para mim, "amar" ficou ligado intimamente a sofrer e/ou frustrar-me. Depois, porque eu descobri que as pessoas não merecem ser amadas, porque elas são más e porque elas mentem. Depois porque eu não achei mais alguém que realmente me fizesse pensar que ainda valha a pena. Enfim. Resultado disso tudo? Um enorme vazio dentro de mim. Um vazio que sim, também me faria desistir da imortalidade só pra sentir o que é o amor, no meu caso, novamente.

Hoje, nessa pós TPM, fiquei pensando no quanto me sinto oca, vazia e plástica por não ter nenhuma ponta desse sentimento dentro de mim. Senti uma saudade profunda de coisas que talvez nunca tenham existido... Senti saudades como se faltasse uma parte enorme do meu ser. Senti saudades de amar alguém. Saudade de dizer para alguém "eu te amo". Saudade de ser efetivamente humana. É muito estranho ser humana e não mais sentir. Não é o amor um sentimento genuinamente humano? Fiquei pensando que sou então um ser plastificado. Talvez, eu tenha perdido a capacidade de ser humana para me tornar um ser robô e nem saiba.

Odeio não morrer de amor. Odeio não sentir nada, absolutamente nada. Odeio não ter perspectivas, principalmente porque os outros também parecem ter perdido essa capacidade. Estou de saco cheio de esperar por uma coisa que não chega nunca. Cansada de forçar sentimentos e vê-los morrer em duas semanas por falta de água, por falta de cuidado, por falta de trato. Cansada de mais de tudo isso. Cansada de fantasiar e saber que no fundo é só ilusão, só cenário. Cansada de virar as costas e mandar pastar porque sei que não é o que quero mesmo. Cansada da minha incapacidade de confiar nas pessoas. Cansada de gente que não joga limpo. Cansada de ficar como um cachorrinho abanando o rabo pro dono, esperando que ele venha brincar. Quero algo que eu queira de verdade. É simples assim. Algo que eu saiba que vale a pena lutar, algo que me faça perder o fôlego, o ar, o sentido, a razão. Deu pra entender? Difícil, muito difícil.

Será que alguém pode me dizer a hora em que saio de cena? Onde eu assino pra mudar de vida?? Será que preciso apenas me jogar rumo ao nada pra ganhar a capacidade novamente, assim como o Seth fez?? Ou será que só tenho uma chance por vida?? Se for, estou mais ferrada do que eu pensava... Será que alguém pode me ajudar?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Raciocínio lógico

Esta semana encontrei uns blogs femininos mto engraçados e analisando os relatos alheios, percebi que há quase uma unanimidade nos assuntos referentes ao sexo. Especialmente no que tange o sexo com o sexo masculino. Fiquei pensando, escrevo ou não sobre isso? Resolvi: escrevo.

Há alguns anos a mulher vem conquistando seu espaço na sociedade... e essa luta trouxe alguns "benefícios", como por exemplo, as independências financeira, profissional e sexual. A mulher de hoje trabalha fora, gasta seu dinheiro com futilidades, viaja com as amigas, tem filhos quando bem entendem, escolhe casar ou não, sai da casa dos pais para morar sozinha, toma iniciativa nas paqueras e faz sexo apenas por diversão. E é para este último quesito que minha atenção se voltará.
Hoje é normal - e por que não dizer natural - a mulher tomar iniciativa quando está a fim de um cara. Até aqui, nenhuma novidade. Sim, e ela também tem peito suficiente para admitir que tem desejos e necessidades físicas como o sexo, assim como os homens sempre pregaram ter. Justamente por isso, a mulher também passou a encarar o sexo casual como algo inerente ao ser humano, seja ele de qual gênero for. Ok, todo mundo sabe disso... mas lendo esses blogs que citei aí em cima, me dei conta de uma coisa que eu nunca tinha parado para pensar.
Pois bem, se a mulher conquistou toda essa liberdade, o homem ficou onde nesse rolo todo? Em que tempo o homem ficou parado enquanto a mulher alcançava toda essa independência? Não sei. Mas comecei a pensar sobre isso... Se antes o homem era aquele que simplesmente cumpria sua obrigação de "pegar-aquela-mulherzinha-que-está-dando-mole" , hoje ele pode se dar ao luxo - assim como as mulheres - de negar essa mesma cidadã. Como assim? Explico. Antes funcionava assim, apenas o homem tomava a iniciativa nos relacionamentos, sejam eles de qualquer fim, logo, cabia à mulher o papel de aceitar o cortejo ou negar o pedido do macho-alfa-dominante. Hoje, com as mudanças da modernidade, com a mulher tomando a iniciativa da transa ou paquera, o homem passou a assumir um papel antes essencialmente feminino: negar. Ou pior, fazer doce.
Pensa comigo: hoje todo mundo concorda com o fato de que uma mulher chamar o cara para sair não quer dizer que ela queira casar e ter filhos com ele. Às vezes, e muitas vezes, ela só se sentiu atraída e quer algo que na maioria das vezes ele também quer... mas acho que ainda permanece no subconsciente do homem que se uma mulher chega nele, ela deve estar desesperada pra casar ou quer dar o golpe da barriga... Ora, ora..... que coisa mais idiota. E aí, o que ele faz?? Não faz: ele simplesmente SE FAZ. Aff...
Outro fenômeno comum: a mulher toma a iniciativa, chama o cara pra sair e sai com ele. No tico e teco masculino, ele ainda precisa engambela-la, afinal, ele é - e continua sendo - o homem da relação. Então o que ele faz? Ele fica com a mulherzinha em questão e promete mundos e fundos para ela: promete ligar, promete sair pra jantar, jura que nunca sentiu tanta perfeição com alguém, e essas promessas todas que os homens adoram fazer mas que são INCAPAZES de cumprir. Até aqui beleza. Só que quando o dia amanhece, esse cidadão-candidato (porque só promete) simplesmente some. Fico me perguntando: por que ele precisava fazer esse teatro todo?? A moçoila em questão já estava "conquistada"... ele não precisaria gastar tanto latim... É difícil entender isso? Ela não saiu com ele pensando: "vou para a cama com ele e depois virarei namorada, depois noiva, depois esposa, depois terei três filhos..." Não!!! Ela simplesmente pensou que ele é um cara maneiro, bonito, atraente e alguém com quem provavelmente seria bom manter um contato mais íntimo. Ponto. Agora, venhamos e convenhamos, se no meio da calibragem ele resolve fazer as tais promessas... possivelmente ela acreditará e xingará o rapaz quando ele sumir no dia seguinte. Contraditório? Não, nem um pouco... Ela queria sexo ou então mtos beijos na boca. Ele inventou de fazer promessas... Ora pois, se prometeu, então que cumpra, concorda? Afinal de contas, não foi ela que prometeu lavar as cuecas dele para todo o sempre em troca de uma noite caliente.
Eu sei, eu sei... mulheres são seres sensíveis e elas acreditam nas promessas vazias de qualquer um... Um "nossa, você é perfeita pra mim" desarma qualquer mulher e a torna altamente vulnerável. A minha pergunta é: por que o cara precisa falar esse tipo de coisa se ela já está na dele? Ele não precisa, entende?? Mas se fala... aí ferrou... por que a mocinha indefesa vai acreditar. Fato. Por mais moderna que ela seja, no dia seguinte ela vai dizer "aquele FDP disse que ia ligar e não ligou... Cachorro." Não seria muito mais fácil se todo mundo cumprisse apenas o seu papel? Claro que seria... Eu quero você, você me quer... Ficamos juntos. Pronto... Qual a necessidade de ficar com esses papinhos idiotas? "Olha, acho que estava escrito nas estrelas... a gente tinha mesmo que se encontrar... " Repito, quanta idiotice.

Enfim. Deixa eu voltar pro tema então. A questão é que sim a mulher tem avançado cada dia mais, especialmente no que diz respeito à sua sexualidade e feminilidade... Mas e o homem, será que ele está acompanhando essas mudanças todas? Será que eles estão aceitando com naturalidade toda essa independência feminina?? Não sei, acho que não. Claro que se você pegar essas revistas femininas por aí, sempre aparecem as famosas enquetes: "Você gosta que elas tomem a iniciativa?" ou "A iniciativa feminina assusta os homens?" E as resposta são sempre as mais bonitas possíveis, isto é, os homens sempre dizem que adoooram quando as mulheres tomam a iniciativa... mas não sei... isso não tem me convencido. Ou talvez, eles até gostem, mas simplesmente não saibam mto bem como administrar a questão. É, talvez seja isso.

Bom, foi só uma reflexão... nada pessoal, mesmo. É que realmente achei que valia a pena pensarmos um pouco sobre isso... E que fique bem claro: eu acho que todo mundo, homens e mulheres, devem ligar depois... Não sei, mas acho que isso faz parte da educação.... ligar, atender, responder... Tudo isso. Afinal, são dois adultos que tiveram um certo nível de intimidade... e, sendo otimista, se foi bom, vale manter o contato. E se foi ruim, vale mandar um sinal de que não ocorrerá mais. Porque se nada for dito, ficará sempre a dúvida... e a dúvida sabe como é.... faz a pessoa pensar em mil histórias mirabolantes....

Um grande beijo e deixem seus pareceres sobre o tema.. Quero ouvir a opinião de vocês!
Beijos e boa semana curtinha!!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Saga da Luz - 3ª parte

E pra quem não conhece: PARTE1 e PARTE2

Foi um final de semana agitado. Jogo do Figueirense, eleições, Seu Beltrano, churrasco nos Raupp... Mesmo assim aceitei o convite para o Boteco do Neco. Convite este surgido às 19h do domingo, quando meu corpo já pedia clemência para a minha alma...
- Oi, Elem! Vamos pro Neco hoje?
- Gata... não vai rolar... tô morta.
- Vamos, vai ser massa!! A gente volta cedo...
- Tá, mas eu tenho que sair de lá no máximo 23h30, trabalho amanhã...
Ok, eu fui. Afinal, o pior que poderia me acontecer era encontrar o bonitinho do chapéu Panamá com uma menininha e venhamos e convenhamos, isso já tinha acontecido... Logo, às 21h, eu estava prontinha e saindo com o carro da garagem. Liguei para a cidadã acima:
- Ow... tenho uma pergunta... quem vai?
- Ah... eu, meu gatinho, vc e um amigo meu...
Ah tá... acho que "tá rolando" umas segundas intenções por aí, mas tranquilo... Fui assim mesmo e ainda convidei mais um amigo que estava chegando do RJ naquela noite, só pra garantir:
- Não, gata.. não vou... Você vai ficar lá babando pelo novinho e eu não quero ver essa cena...
Beleza. Continuei meu caminho... Enfim, cheguei. Obviamente que a primeira coisa que fiz foi olhar para o alto e procurar indícios de um chapéu e um dono de chapéu alto.
- Olha, ele veio! Está lá no fundo, de chapéu e casaco preto!
- Ah, você está falando do *** ??? Eu conheço ele... Quer que eu te apresente?? - disse o amigo da minha amiga. Aquele... Pela primeira na vida eu agradeci profundamente a Deus por morar em uma cidade-ovo onde todos se conhecem.
Alguns minutos depois (vejam bem, eu mal tinha chegado no lugar... rs):
- Oi, quero te apresentar uns amigos... A Fulana, o ciclano e a Elem.
- Olá!
Papo vai, papo vem... Percebemos que, de uma hora para outra, todos os outros seres tinham evaporado. Estávamos apenas nós dois: o novinho - que agora tem nome, sobrenome e maioridade penal - e euzinha. Ele, do alto do 1,91m dele, e eu, do alto do meu 1,59m...
- Você quer dançar?
- Sim, claro!
Trocamos alguns passos - confesso que os meus eram meio desconcertados, mas tdo bem... - se ele se importou, não demonstrou. Não vou dizer que me senti a Bella Swan pq essa é uma outra história, mas foi algo mais ou menos assim. E em meio ao "dois-pra-lá-dois-pra-cá" e às conversas fiadas, surgiu aquele silêncio e aquele aproximar que a gente sabe onde termina... Ele segurou meu rosto suavemente e... nos beijamos. U-A-U! Que "beijobom", como diria ele!! hehehehe
Após vários lances e várias horas de conversa, ele me perguntou se valeu a pena a saga (sim, eu fui obrigada contar tudo - ou quase tudo - pra ele...) e obviamente que eu disse que valeu. Até porque valeu realmente... Aliás, nem esperava que seria tão bom. E pra quem precisava ir embora às 23h30, vi no relógio as horas passarem... Pena que nem tão lentamente qto poderia ter sido... Mas o que posso dizer é que às 2h ainda era cedo.... rs
No dia seguinte fui trabalhar como ? As pernas bambas, reflexo dos agitos do final de semana e das poucas horas de sono, e o sorrisão grudado na cara. Mas posso garantir: Valeu, ô, se valeu.... =)

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Eu não ia colocar essa história aqui, mas enquanto estávamos abraçadinhos diante do mar (namorar em Floripa é sem igual) eu pensei alto: "putz, terei que escrever um terceiro texto" e ele quis saber do que se tratava... E também, já que vocês acompanharam a história, acho que seria minha obrigação mantê-los atualizados. Pelo menos até esta parte... (risos). Sendo assim... aqui está. E como eu digo sempre: foco é tudo na vida...


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Bom, estou indo pra Blumenau hoje para curtir um chopp alemão. Se soubesse falar alemão, diria "Saúde" para todos vocês, mas como não sei, direi o de sempre: MUITOS BEIJOS E BOM FERIADÃO PARA TODOS!!! Fuui!