terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Sobre fôrmas de gelatina

Mulheres são seres engraçados. Quando estão em bando então nem se fala.
Tenho algumas amigas. Só em Floripa, porque no Rio, como todos sabem, tenho amigos. Mas isso é assunto para um outro texto, não esse.
Voltando: sempre que saímos juntas, eu e minhas amigas, lá pelas tantas o velho assunto surge: homens, óbvio. Mas há uma diferença entre o assunto "mulheres" vindo dos homens e o assunto "homens" vindo das mulheres. Os "homens" que as mulheres falam são aqueles que não existem. Ou pelo menos não conhecemos. Até existem umas lendas por aí, mas sabe como são as lendas... Não dá pra confiar muito... rs
Aí, ficamos lá remoendo que os homens são cachorros, são FDPs, que não ligam, que não isso, que não aquilo e por aí vai. E o pior é quando começamos a enumerar os caras politicamente corretos que ou são casados ou estão fora do mercado por algum motivo, ou ainda, quando começamos a relembrar os ex-namorados, com o bendito saudosismo que transforma qualquer latão em ouro.
Deixando a "grama mais verde do vizinho" de lado, sempre procuro questionar qual o nível da nossa exigência. Todas sabemos da nossa capacidade intelectual, profissional, financeira, etc, etc etc e etc, isso é assunto batido em qualquer revistinha estilo Claudia e Marie Claire. A questão é: será que damos oportunidades realmente para um cara legal aparecer ? E será que eles realmente não aparecem ?
Não, eu também não tenho visto muitos caras legais por aí dando mole. Ou sopa. Ou dando qualquer outra coisa. Não mesmo. Mas sabe que eu creio que eles devem existir... De verdade. Só não sei onde... Os meus amigos cariocas por exemplo... São exemplos de bons meninos... Se bem que essa semana eu descobri uma coisa: um excelente amigo não é necessariamente um excelente namorado... Ixi... que profundo isso, hein... Prefiro nem comentar...
Enfim. The point is: vemos um cara na balada, o cara chega cheio de amor pra dar, daí você olha pra camisa amarela dele e pensa "aff... ele não tem espelho?" E já descarta o carinha... Daí aparece outro e você pensa "Bah, onde ele cortou esse cabelo desse jeito ?" E puff, faz o cara sumir tb. Na seqüência, mais uma vítima do seu olhar cruel: "Meu Deus, o que deu no mundo hoje ?" Parece piada, eu sei... mas olha, de repente estamos querendo que o nosso príncipe já venha pronto de fábrica com cavalo e tudo quando na verdade, não precisa ser assim. Tô falando pra você pegar o primeiro que vê pela frente ? Claro que não... O que tô dizendo é que de repente o que nos falta é uma segunda chance, sabe... Ou então, um olhar menos impiedoso. Sei lá, só tô tentando pensar em alternativas... Afinal, tudo isso também serve para mim, também tenho uns critérios meio esdrúxulos...
Tenho falado muito sobre isso, mas vou dizer mais uma vez: de repente o que nos falta é permitir novas oportunidades, novos olhares, novas chances. Percebo que hoje em dia, nos relacionamentos principalmente, temos uma fôrma pronta e queremos que alguém entre ali dentro de qualquer maneira. E por algum motivo, acho que essa não é a ordem correta da coisa... Talvez, a gente precise sim de um molde, mas algo que seja maleável, tipo aquelas fôrmas de silicone que se adequam aos lugares - eu e meus exemplos idiotas. Sabe quais ? Então... As fôrmas de plásticos ou ferro já não se usam mais... E eu vou começar a pensar nisso daqui pra frente. Nas fôrmas de gelatina... Queres também ? rs

Sobre ontem

(Sim, isso é pra vc ler, querido)

Coisas que odeio em você:
- Sua risada alta;
- Seu jeito de tirar sarro da minha cara, mesmo qdo vê que eu não tô gostando da brincadeira;
- Sua maneira de tirar suas próprias conclusões e resolver tudo por conta própria;
- Sua mania de citar nomes na minha presença.

Coisas que odeio MAIS ainda:
- Seu abraço quentinho;
- Seu jeito - que incapacita qualquer ser humano de sentir ódio de você;
- Seu bom humor estilo Junior, meu cachorro;
- Sua cara de menino sapeca.

Pronto. É isso. Era só pra você saber... rs

Adoro-te, amiguinho de cuspe!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

To 02h45 A.M., Elem wrote:

É muito interessante perceber as nossas atitudes no outro. Como assim ? Explico melhor amanhã... Por enquanto, é só uma idéia nascendo... E se não for amanhã, algum dia... Ou nunca.
Mas que é interessante é.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Compensa então ?

Lendo, ouvindo e pensando em algumas coisas.

A vida é boa, mas nos prega peças. A gente chora, xinga, reclama, mas se pararmos pra pensar, veremos que as coisas funcionam na lei da compensação. Você perdeu um amor ? Perceba como logo em seguida você conheceu alguém que te fez rir. Perdeu um emprego ? Perceba como arrumou tempo pra descobrir prazer nas pequenas - ou grandes - coisas. Perdeu alguém ? Olhe ao redor: você ganhou algo bom. E por aí vai. Poderia dar vários exemplos aqui, mas acho que não preciso fazer isso. Pelo menos não agora.
Lendo o blog de uma amiga comecei a pensar nisso. Ela diz que esse foi o pior ano da vida dela. Que apesar de ter passado em três concursos públicos e ter entrado para o mestrado na federal, ela não se sente feliz porque teve uma perda que é maior do que tudo isso. A perda de um ente amado. E muito amado, tenho certeza. Claro que eu nem imagino a dor que ela sente, e nem quero ser hipócrita de dizer o contrário, e sou solidária - de verdade - à dor dela. Mas ao ler aquele post - que mexeu muito comigo - fiquei pensando sobre isso.
E aí, lembrei de alguns acontecimentos da minha vida e fui relacionando tudo com tudo.
Quando saí de um relacionamento que acabou com a minha alma, no momento seguinte eu conheci uma pessoa que me fez tão bem e que me elevou o espírito literalmente. E naquele momento era o que eu mais precisava: alguém que me elevasse o espírito e me mostrasse que eu ainda tinha alma. Remendada, mas tinha. Semana passada, quando decidi que ser dissimulada era o que me restava, conheci uma pessoa que me faz rir, todos os dias, com grande sinceridade. Quando fui demitida de uma grande empresa, descobri a alegria que era poder ter uma vida saudável fora de um escritório com paredes de vidro. Percebi que eu podia ir ao cinema às 14h sem dor na consciência e que isso era maravilhoso. E pensando nestes e em vários outros acontecimentos, dentre os mais remotos até os atuais, fui percebendo que todas as vezes que uma grande perda surgiu em minha vida, uma grande vitória também surgiu. Coincidência ? Não sei... Mas preferi pensar que é uma compensação. A vida não é tão cruel. Às vezes ela dá uma rasteira, mas logo em seguida abre os braços e entrega um presente. É assim que tem sido.
Como já disse aqui, vejo muita gente todos os dias. E ontem enquanto desenhava este pensamento em minha cabeça, fiquei pensando nas histórias que ouvi - e ouço - ao longo da vida. E em todas elas, cheguei à mesma conclusão: sempre que perdemos uma coisa, ganhamos algo em troca. O problema é que às vezes não queremos trocar. Queremos unicamente aquilo que perdemos e acabamos não dando "valor" àquilo que a vida está nos oferecendo. Difícil às vezes aceitar ? Sim, sempre é difícil. Nem sempre estamos esperando ou desejando trocar nada por nada - ou tudo por tudo. Mas acredite, se estivermos com os olhos abertos veremos que coisas boas acontecem ao nosso redor todos os dias. E por favor, não sejamos ingratos... Agradeçamos então as novas bênçãos recebidas. Que assim, seja. Amém.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Pequeno texto para meus alunos

Para aqueles que fazem os meus dias muito melhores

Não parei pra pensar que eu passaria o resto da vida ensinando pessoas quando assinalei "Letras" na inscrição do vestibular. Eu queria era fazer Literatura, saber mais sobre os gêneros textuais, normas da língua e épocas literárias. Eu pensava que era só isso, mas não era.
Todo mundo reclamou. Pai, mãe, avô, avó, tios e tias: "Mas você vai ser professora ?" "Por que você não faz medicina, jornalismo, psicologia ?" Eu não sabia o que responder pra eles, eu só sabia que não queria fazer nada daquilo... Queria letras. E licenciatura ainda por cima. rs

Cursei, me apaixonei e aí já era.

Dar aulas é muito mais do que dar aulas. Talvez as pessoas não entendam isso, não compreendam o prazer que é estar ao lado de vocês, ensinar coisas, aprender coisas, trocar experiências. É gratificante. Tenho vivido experiências maravilhosas - como pessoa e como profissional - ao longo desses anos em que leciono. Ver o brilho no olho de um aluno - criança ou não - quando ele compreende determinado assunto, não tem preço. Ser lembrada em datas especiais, não tem preço. Receber abraços, beijos, choros e risos não tem preço.

Pra mim, educar extrapola paredes. Educar é conversar com vcs no msn, no orkut, nas festas, na piscina, na mesinha da cantina, na sala de aula, na diretoria, na biblioteca. Educar é ouvir o que vocês têm a me dizer; é dizer o que vocês têm que ouvir. É ensinar regras de gramática e técnicas de redação, mas também regras de companherismo, ética, valores. E principalmente, é aprender aquilo que vocês querem me ensinar. Seja lá o que for.

Quero dizer-lhes uma coisa: amo vocês. Todos. Atuais, ex, futuros e futuros-ex. Obrigada por fazer a minha vida mais agradável. Obrigada por me fazer uma pessoa melhor. Obrigada por estar comigo nos momentos mais inusitados... Desculpem minha falta de jeito, meu mau humor matinal, minha falta de paciência muitas vezes. Vocês sabem que não é pessoal, mas sou de lua e vocês já perceberam isso. Fiquem com a imagem boa, por favor: da professora que parece que tá sempre vindo da balada porque já chega na sala rindo e cantando; da professora que não consegue conter o riso e vira pro quadro pra vcs não perceberem que ela está rindo, da professora que senta na mesa junto com vocês e começa a dar aula. E principalmente, não esqueçam nenhuma das regras de português que vocês aprenderam esse ano: vocês vão usá-las no ano que vem, acreditem! rs

E ano que vem tem mais: mais salas de aula, mais regras de acentuação, mais redações, mais esporros. Mas também mais sorrisos, mais festas, mais conversas à toa, mais conversas sérias. E por aí vai...

E como sempre digo: precisando, é só chamar.
Estarei sempre com vcs... porque os AMO muuuuuuito !!!
Always.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

...

Todo mundo admira o pássaro que é livre. Mas alguém já parou pra questionar o quanto é custoso ser livre ?

Tenho me perguntado se tem valido a pena pagar esse preço...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

By night

Sabe o cuidado ? Aquele que sempre falo aqui ? Então, mais uma vez... Vamos lá.
Sinceramente, estou chegando à conclusão de que ou eu sou louca ou o mundo está louco. Do fundo da minha alma, hoje concluí que eu não posso ser desse mundo... E isso falando muito sério.
Uma coisa que nunca entendi é como alguém pode ser tão dissimulado a ponto de olhar nos olhos do outro e simplesmente ignorar que é um ser humano que está a sua frente, não parando para questionar se aquele ser tem sentimentos ou não. Tudo bem, sei que a resposta está na própria pergunta: é um ser dissimulado por isso consegue tão facilmente. Mas eu, na minha ingenuidade, não consigo entender. Acho que eu deveria aprender a ser dissimulada tb... Esta deve ser a solução para todos os meus problemas. Sinceridade hoje em dia é uma moeda fraca, um língua morta. Não está me trazendo maiores benefícios. Muito pelo contrário.
Eu sei que sou cheia de defeitos: sou louca, teimosa, mimada, anti-social... Mas olha, jamais - jamais mesmo - em sã consciência eu teria coragem de magoar alguém. Por isso penso várias vezes se minha atitude vai refletir no outro e principalmente: COMO VAI REFLETIR NO OUTRO. É uma pena que as pessoas não sejam mais assim. É uma pena mesmo.
Tanto rolo para dizer o quê ?
Pra dizer isso: que eu tô chocada com a humanidade. Chocada com a falta de capacidade de cuidar do outro, daquele outro que você cativou.
O texto é só um desabafo. Um modo de dizer aquilo que infelizmente não posso gritar. Porque se eu pudesse gritar o que vi hoje, perderia a voz. Mas se uma única pessoa me ouvisse, já teria sido suficiente...


Desculpem o texto descoordenado. São 5h35 da manhã, não dormi ainda e os pensamentos me fogem.... Ou melhor, a ordem me foge.
Espero q entendam.

... Cuide bem do seu amor, seja quem for...

SEE/RJ

"Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Rio de Janeiro"
A carta começa assim, desta forma... Trata-se do meu pedido de exoneração do magistério estadual do Rio de Janeiro. É um tanto quanto estranho assinar esta carta e enviá-la por A.R. - sim, por A.R. porque as coisas no Rio ainda funcionam como na década de 20...
É um sentimento de frustração muito grande assinar este documento. Talvez seja isso que os casais que se divorciam sintam quando recebem a papelada. É engraçado porque você quer muito que o divórcio saia, sabe que não dá mais pra continuar juntos. Aliás, vocês já nem estão mais juntos, mas aí, quando vêm os papéis, você repensa em tudo o que aconteceu e como poderia (ou deveria) ter sido diferente. Dá até uma vontade (meio louca, confesso) de tentar novamente.
Não, eu sei que não quero tentar novamente. Sei que não dará certo. Infelizmente.
Assinarei a carta amanhã e a colocarei no correio. E o destinatário será o Sr. Sérgio Cabral - olha que chique. Devo ser importante para alguém... rs
Já disse isso num post anterior, mas vale a pena repetir: a experiência foi boa. Apesar dos mortos e feridos, foi boa.
Será difícil assinar ? Sim, muito. Mas é necessário. Minha vida não é mais lá. Agora, é aqui.
E que eu não me arrependa disso... Never.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Dream

Porque eu vi os seus olhos e eles me olhavam. E isso me basta...

Noite na Lagoa

Ontem vi uma cena estranha.
Estava eu na porta do bar pegando um pouco de ar quando um rapaz surgiu do nada e resolveu puxar briga com um camarada que estava conversando comigo. E a briga rolou. Feia. Muito feia.
Fiquei lá sem saber o que fazer, chamei o segurança para separar, mas nem deu tempo. Quando me dei conta, a briga já tinha tomado uma proporção surreal. Eram vários homens rolando pela principal rua da Lagoa, se esbofeteando, arrancando roupas e gritando. Uma loucura.
Loucura maior foi perceber que um problema que era na verdade de dois rapazes agora pertencia a uns quinze ou mais que se matavam na minha frente. Outro fato que me chamou muito a atenção foi o grito de guerra do grupo maior: "Lagoa! Lagoa!" Meu Deus, pareciam uns homens das cavernas defendendo o território de algum outro povo que quisesse invadir. Algo chocante realmente.
No final das contas, depois de chutes, socos, olhos inchados e idas ao hospital, restou um casaco no meio da rua. E era o casaco do rapaz que pelo visto não era da Lagoa, ou seja, era da tribo inimiga. Os machões da Lagoa, numa tentativa de demonstrar a "superioridade" de sua raça, pegaram o casaco e o incendiaram. Sim, incendiaram o casaco do guri e o colocaram no meio da rua, embalados pelos gritos de "Lagoa! Lagoa!" novamente...
Realmente fiquei impressionada com os "nativos". Uns caras que parecem tão paz e amor se prestarem a uma situação dessas...
Meninos, acordem: verão, Floripa, Lagoa... Nada disso combina com violência... E agora me digam: valeu a pena ?? Hoje vocês estarão feios, marcados e com galos pela cara. E além disso há a vergonha do fato... Fala sério.... Se liguem...

Conselho de Classe

É assim que a coisa funciona: você está quieta na sua e de repente alguém bate à porta. Você abre e quando se dá conta já é tarde demais. A visita já se instalou em sua casa e você não consegue mais tirá-la de lá. Ou pelo menos, tentar tirá-la dará muito trabalho.
O que no início parece ser muito bom, com o tempo passa não ser mais tão legal assim. E é nessa hora que você pensa: "deu". Deu nada, a coisa está instalada, lembra ? Como um vírus que você recebe por email, clica sem querer e quando tenta cancelar percebe que não tem mais jeito: você já perdeu seu HD - ui, que comparação tosca. Mas é assim. Exatamente assim. Como um vírus.
Eu estava quieta na minha. Nem sabia da sua existência. Nem imaginava que você estava lá todos os dias. Aí, você fez questão de me bater à porta e dizer: "Hi, look at me" e aí eu percebi que você existia. E o pior, ou o melhor, não sei ainda, você se instalou aqui dentro. E por um acaso dos acasos, tenho que te pôr pra fora agora. Mas como fazer isso ? Não sei. E você também não está cooperando...
Hoje foi mais um daqueles dias chatos. Mais um dia que senti saudades de você, te vi e mesmo assim não pude matá-la. Vontade de apertar, te abraçar... E ainda tive que ouvir: "Nossa, como o fulano tem andado mais bonito ultimamente... Não percebeu ?" Sim, eu percebi. Desde que você bateu a minha porta você tem realmente "andado mais bonito". E esse comentário me deixou com mais saudade (ou seria vontade ?) ainda... Enfim.
A questão é: sim, gosto de você. Que droga, né ? Eu sei que não era pra ter acontecido isso, mas não deu para evitar. Tenho culpa de você ter me cativado ? Acho que vou te dar um "O Pequeno Príncipe" de Natal... De repente você perceba todas as metáforas existentes no livro... Será que você é bom de interpretação de textos ? Bom, um livro sobre esse assunto você já tem... rs
Mas voltando às vacas frias. Seu cordão ainda está aqui, sua medalhinha ainda está em meu pescoço e suas roupas ainda estão na máquina de lavar. Mas e você ? Não, você não está mais... Justamente a única coisa que eu queria de verdade não está mais. Enfim.
Como eu diria antigamente então: vida que segue.

See you later

O cúmulo do desabafo

Não, definitivamente as coisas não acontecem como esperamos. A gente pensa, deseja, prepara, cuida, deseja de novo... pra quê ? Não sei. Não sei mesmo.
Eu juro que dessa vez eu quis. Cuidei, cuidei, cuidei. E um dia simplesmente acordei e ele não estava mais lá. Estranho ? Sim, estranhíssimo. E o pior, não tive uma justificativa. E é isso que me deixa brava: não o fato de você não querer mais estar junto de alguém e sim o fato desse alguém não ter o direito de saber o que aconteceu. Porque até onde sei ninguém muda de idéia da noite pro dia... As coisas vão minando na mente e um dia resolvem passar pra vida real. É assim que acontece. Pelo menos foi assim que me ensinaram.
O que sei dizer é que esperei. Sim, esperei que ele aparecesse e me dissesse: "olha, não gostei daquilo" ou ainda "olha, não aguentei segurar a onda". Beleza. Eu ia dizer: foi bom enquanto durou, tchau. Mas não, ele simplesmente ignorou a minha curiosidade de saber o que tinha acontecido entre nós e sumiu. Simples assim. E agora é complicado encará-lo todos os dias pelos corredores como meu coleguinha, como se nada tivesse havido entre nós. Desculpe-me, mas aqui dentro ainda corre sangue quente. E bem quente, diga-se de passagem. Ainda não tô preparada pra esse tipo de emoção.

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Sim. Senti sua falta semana passada. Pensei em te ligar todos os dias. Pensei em te procurar todos os dias. Mas não, não fiz nada disso. Entretanto te confesso que depois dos acontecimentos dessa semana, te ver tornou-se algo estranho, diferente - ou indiferente.
Sim, eu queria. E muito. E sinceramente ? Foi muito bom enquanto durou. Só queria ter podido dizer isso, mas se não deu, paciência.
Tem coisas que as mulheres de 30 realmente não aturam...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Final

Final de ano chegando. As pessoas tendem a repensar seus respectivos anos e planejar o ano vindouro. Nunca tive mto saco pra fazer isso: retrospectiva e/ou os planos pro futuro. Primeiro pq não sou do tipo q fica analisando mto as coisas passadas - e isso às vezes é um grave erro. Planos pra futuro então, nem se fala... Isso definitivamente não consigo fazer... Acreditem, todas as vezes que fiz planos, a vida veio e mudou tudo radicalmente.
Ano passado, por exemplo, eu fiz planos. Em 2008, eu entraria no mestrado, compraria o apartamento, trabalharia nas escolas X e Y. Estava tudo certo. Aparentemente certo. Nada poderia ou deveria mudar.
Aí, veio o destino e acho que não gostou muito dos meus planos. Me levou para outro estado, me trocou de escolas, precisei gastar o dinheiro do apartamento nas despesas da mudança de cidade... aff, nada deu certo. Quer dizer, não com os planos que eu havia feito. Como se diz, foram por água abaixo.
A vida mudou tudo. Tudo mesmo. Foi difícil aceitar ? Muito... Principalmente porque não saiu nada como eu esperava. Até o fato de voltar para o Rio de Janeiro, que eu pensei que fosse ser uma coisa boa, não foi. Foi difícil, mto difícil. Um ano realmente de batalhas diárias.
Mas graças a Deus, as coisas estão se ajeitando.
De volta ao sul do país, as coisas voltaram ao início. Parece que ganhei uma segunda oportunidade. Uma nova chance de recuperar um ano que estava perdido. Que bom. É exatamente assim que me sinto: ganhei um novo ano. O mesmo, mas novo. Como se eu tivesse dois 2008. Um no primeiro semestre e outro no segundo.
Claro que nem só de experiências ruins foi 2008. De tudo devemos tirar o bem.
Foi bom para aprender umas coisas. Voltei mais madura, mais pé no chão, mais consciente de minhas escolhas. Mais mulher, como diz uma pessoa especial.
Conheci pessoas, alunos, professores, realidades. Contribui um pouquinho e também recebi contribuições. E isso é válido, muito válido.
Para 2009 ? Prefiro não dizer. Depois dessa enxurrada de coisas, prefiro deixar que tudo corra por conta própria. Não quero mais interferir. No way.
Parece que deixo a vida me levar ? Não, acreditem. Por mais paradoxo que seja, eu sei o que quero e o que não quero. Mas FAZER planos, não mais.
E que venha 2009. Novinho e brilhante como todo ano novo.
2008, valeu pelas experiências. Aprendi muito com você.

See you later!

E mais uma vez: eu mereço!

Sim, eu estou bolada. Deveras bolada.
Estou com saudades também. De um monte de coisa e de um monte de gente. Mas principalmente de gente madura, honesta. Gente boa. Sabe que tipo é esse ? Então, esse aí mesmo... Anda em falta no mercado.

Fico me perguntando - como ouvi de um pai essa semana - onde essa juventude enfiou a mentalidade. Não, não quero respostas mal-criadas. Putz... Tô mega bolada com a incapacidade de raciocínio dessa gurizada... A falta de senso de responsabilidade ou de cuidado com o próximo. Meu Deus... devo estar vivendo o Bug mesmo.... Só pode ser.

Aí, fico eu nessa aflição por conta das gracinhas de uma geração que simplesmente não conhece limites. É verdade, eu tenho culpa. E se não for toda minha, grande parte deve ser...

Enfim.

Espero estar melhor amanhã...