sábado, 27 de fevereiro de 2010

O Retorno de Saturno

Eu tenho uma amiga que diz que devo ter pelo menos 75 anos... porque não é humanamente possível já ter vivido tantas coisas num espaço de três décadas apenas. Ela sempre diz isso, e eu sempre acho graça, mas lembro que quando ela falou isso pela primeira vez, fiquei refletindo sobre essa questão. Hoje, passeava com uma outra amiga pelo centro de Floripa quando ela disse algo que também me fez pensar um pouco na minha vida louca. Disse ela: "cinco anos para você é muito tempo, porque as coisas na sua vida mudam muito rapidamente. A minha vida é linear, mas a sua é um eterno sobe e desce. " Claro que não foram exatamente essas palavras, mas a essência era essa...

Eu não sei se você, leitor, já parou para conversar comigo... mas se já, responda a essas perguntas: Já reparou como eu sempre tenho milhões de histórias para contar? Já experimentou fazer uma linha do tempo da minha vida? Você consegue realmente acompanhar todos os meus causos? Eu sei, são tantas peripécias que até parecem mentira... Como pode uma pessoa já ter brincado de ping-pong (Niterói / Floripa, Floripa / Niterói, Niterói / Floripa, Floripa / Niterói e finalmente, Niterói / Floripa) com tanta facilidade ? Como alguém pode ter estudado em três turmas diferentes em um único ano escolar - no terceiro ano do ensino médio ? Como alguém já pode ter mudado de casa tantas vezes que nem consegue mais contar em quantas morou ? Como eu posso ir a uma festa em Florianópolis e encontrar alguém que mora na rua em que eu morava em Niterói e vice-versa? Não sei... só sei que tem coisas que realmente só acontecem comigo... Só eu vejo um homem nu na Lagoa passeando, só eu fico com irmãos sem saber que eram irmãos, só eu mando bombons para a mãe de pegueteS agradecendo a inspiração, só eu faço alguém ir de São Paulo ao Rio de Janeiro me conhecer e dizer "tchau" simplesmente, só eu, só eu, só eu...

Vou tentar relatar alguns fatos da minha vida: tive três loooongos namoros, passei três anos em uma instituição religiosa, pedi exoneração de dois empregos públicos, mudei de estado com apenas uma mochila nas costas, fui estudar em outra cidade simplesmente porque queria ser anônima, fiz cinco anos de faculdade, abandonei duas especializações (agora faço a terceira, espero que essa eu termine), terminei um namoro às vesperas do casamento, fiz gente grande chorar como um bebê, viro muito mais que professora do meus alunos, já trabalhei na night como hostess, já panfletei para arrumar grana para comprar cds, estudei em três colégios apenas, tentei vestibular para engenharia, mas desisti obviamente, fui secretária durante muitos anos, trabalhei na Coca-Cola e meu uniforme era um micro short e camiseta, já fui louca pelos Guns n' Roses, já quis ser dançarina do "É o Tchan", tive uma mega festa de 15 anos, perdi voo e saí do aeroporto de cadeira de rodas, amei mais do que eu deveria ter amado, nunca engravidei, tenho amigos de vida inteira, sempre fui fiel, tenho preferências exóticas para homens (e tenho muitas histórias bizarras neste quesito), morei sozinha duas vezes, joguei handball, dancei lambada na escola, eu sei o que é o "toque de recolher" dos morros cariocas, já vetei globais, já fui a boates gls -mesmo sendo hetero, já fui e voltei para o Rio de Janeiro de carro algumas vezes, ufa... e isso não é nem a metade...

Realmente, não sou fã dos planos de longo prazo porque minha vida é muito mutável. Tenho dificuldades para planejar os próximos dez anos porque não tenho a menor ideia do que me acontecerá daqui a dois... Também não sei se eu gostaria de ter uma "vida linear"... Gosto da minha vida em espiral... Mas não sei se isso é bom ou ruim... vejo tanta gente que planeja a vida toda, faz um script e segue aquilo como se fosse uma sentença de morte... Não sou assim. Apesar de não gostar de surpresas, acho que gosto da inconstância...

Às vezes, fico pensando se foi algo na minha criação que me fez assim... desde criança, ouço que sou cigana, que tenho alma cigana... Isso pode até não ser visto com bons olhos pelos tradicionalistas, mas garanto que graças a minha vida não-linear conheci pessoas muito importantes, que talvez eu nunca tivesse conhecido se não ousasse viver de uma forma não tradicional. Mas conversando com outra amiga, uma outra questão foi colocada: em um determinado momento, isso vai cansar. Em algum momento, eu vou querer achar um porto e simplesmente "descansar" (essa foi a palavra usada por ela).... Ela, que também vive como eu, já cansou. E quanto a mim ? Não sei, ainda não estou nesse fase... Mas pensando melhor, em qual fase estou mesmo ???? Será que amanhã será ainda a mesma de hoje ?? Não sei... vou pensar um pouco sobre isso até que o próximo acontecimento me tome de assalto... hehehe

Um grande beijo

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O Frejat e eu

Estava eu aqui olhando fotos e afins... Meus botões começaram a funcionar...
Sim, assim como 95% da população feminina (e o Frejat) eu também procuro um amor. Eu sei, diz a Bíblia que não devemos procurá-lo e sim deixar que ele desperte quando ele assim o quiser, mas eu procuro um amor. Ou pelo menos desejo o despertar dele. Ouço muito a frase que sou exigente, que escolho demais, mas venhamos e convenhamos... será que eu não posso mesmo escolher ?? Ora bolas, eu escolho sim, óbvio que escolho... e me dou total direito a isso... Quero alguém que eu olhe e diga: "nossa, esse cara é perfeito pra mim", não quero o contrário... ficar procurando qualidades e características semelhantes às minhas depois de já estar junto. Entendem o que eu digo ?
Quero alguém que surja, que apareça e me desperte. Que seja honesto, que seja bom, que seja educado (isso é muito importante) e que seja inteligente. Não precisa ser bonito, mas se for moreno e alto, estará mais perfeito ainda, afinal, seguirá o meu padrão.. hehehehe. Quero alguém com quem eu possa conversar por horas, bater papo, rir, ver filmes, ir à praia, trocar e-mails e torpedos de bom dia e boa noite, ver o pôr-do-sol na Joaquina, e por fim, comer um x-bacon em algum trayler pé sujo de Florianópolis (ou de qualquer outra cidade).
Sinto falta dessas bobeirinhas, desses programinhas de casalzinho apaixonado, mas não quero fazer só por fazer... quero que tenha sentido, quero que seja com alguém que eu realmente esteja apaixonada, e não apenas mais um. E olha que esta semana eu tentei... mas só pra confirmar a minha teoria.... Mas adivinha ? Não rolou. Eu sei, você vai dizer que ando dispensando tantas oportunidades que posso estar escolhendo demais, mais do que deveria, mas sinceramente... Nenhum deles me desperta o "frio na barriga"... É isso, quero o frio na barriga, as borboletas... Por onde será que elas andam? Não sei.
Só sei que olhando as tais fotos e pensando em pessoas passadas e atuais, chego a conclusao que não, ainda não devo ter conhecido o meu amor verdadeiro. Não aquele da vida adulta (porque o dos contos de fadas eu conheci, vivi e depois o feitiço se desfez - rs). Para a vida adulta, quero um romance e não mais um conto de fadas... Um amor seguro e maduro, que me faça querer ficar junto, que haja confiança, que haja companheirismo, mas que acima de tudo, haja paixão, alma. E mais, que me tire o medo de voar novamente... Que venha então.
Um grande beijo e bom final de semana!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

WHO ??

Sabe, eu resolvi deixar você me notar. Resolvi deixar você perceber o quanto te acho agradável aos meus olhos e até pensei em te contar todos os sonhos que tenho contigo... Pensei nisso seriamente por alguns dias. Tive mais sonhos ainda. E como por encanto, acho que você percebeu...
Não sei se foi porque um dia estava a te olhar e não consegui desviar quando você olhou pra mim, não sei se foi porque em um outro dia estava te observando com cara de tacho e você viu e mandou um "oi", não sei se foi porque fiquei tensa qdo vc me deu um abraço e um beijo de "até depois", não sei se foi porque você descobriu que eu sei coisas sobre você que eu não deveria saber... Não sei. Só sei que você continua mexendo com os meus neurônios. Ou melhor, com a minha derme. Ou com o meu sistema nervoso. Não, não é paixão... longe e muito longe disso.... é outra coisa. Aquela outra coisa, sabe ? Então... rs
Gostaria muito de ver você mais vezes. Falar com você mais vezes. Estar perto de você mais vezes. Fico feliz que tenha percebido algumas coisas... Será que um dia terei coragem de te contar os meus sonhos ? E se eu contar, será que você os realiza ??
Humm...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ô abre alas, que eu quero passar!

E finalmente chegou o Carnaval...

Eu adoro o Carnaval. Adoro mesmo... Adoro me fantasiar, ir pras ruas, pular até o amanhecer, rir um monte, cantar as marchinhas, seguir os blocos... Adoro! E este ano, resolvi conhecer um dos maiores carnavais do país: Olinda. Geralmente, passo o feriadão no Rio de Janeiro, mas este ano resolvi inovar e fui pra Recife e Olinda... e olha... arrependimento ZERO! Aquilo lá é o que há de melhor... Agora, fica faltando conhecer a folia de Salvador... Mas já está decidido: 2011 será em Salvador, falta só decidir atrás de qual trio... rs

Por que foi tão perfeito ?? Foi perfeito porque encontrei meus amiguinhos e eu estava morrendo de saudade deles, porque nossos anfitriões foram os melhores, porque o tempo estava perfeito - não estava aquele calorão, porque o povo de Recife é mara, porque os blocos são maravilhosos demais, porque foram cinco dias de muita, muita alegria. Enfim, não tenho nem como dizer porque foi tão bom!

Por incrível que pareça não tivemos nem tempo para ir à praia... Acordávamos, íamos para Olinda e ficávamos por lá até às 17h mais ou menos... Voltávamos para casa, tomávamos um banho, comíamos algo, víamos um pouco de tv e... simbora para Recife antigo. Corríamos atrás dos blocos até às 3h, 4h e voltávamos para casa. No dia seguinte, tudo se repetia... Alegria, alegria!

Confesso que na quarta-feira de cinzas a nossa disposição já não era mais a mesma... O bloco "Bacalhau do Batata" parecia mais o "Bloco dos Zumbis"... Galera morrendo, arrastando os pés, mas ninguém ousava descer as ladeiras de Olinda para ir embora... Todos lá... morrendo, mas de pé. Os bonecos, as ruas, as ladeiras, o Homem-Aranha, as fantasias, a vista para o mar, a brisa fresquinha... tudo nos prendia àquele lugar...

Foi bom, muito bom. Conhecemos pessoas incríveis, aumentamos nossa bagagem cultural (conheçam Recife, é impressionante a qtde de cultura que aquela cidade tem), matamos a saudade uns dos outros, dormimos e acordamos juntos. Comemos bolo de rolo, macaxeira, carne de sol, enroladinho, queijo coalho; ouvimos frevo, forró, maracatu; cantamos o hino de Olinda ("Olinda, quero cantar a ti, essa canção...") e descobrimos que não existe apenas um frevo: existem várias músicas! Dançamos e babamos com os nativos pulando sem parar com aquelas sombrinhas nas mãos e admiramos IMPRESSIONADOS como eles aguentam dançar o frevo daquela maneira... Ai... foi tudo muito bom... Mesmo. Saudade já na hora de ir embora...

Recife me surpreendeu. Espero voltar mais vezes... Especialmente em junho, na festa de São João... rs

Bom... depois de tanta festa, restou-me voltar a Florianópolis... Cidade sem carnaval... hehehehe
O coração ??? Cheio de saudades de novo... Pilha recarregada, vontade de viajar sem rumo controlada, volto ao batente. E o pensamento ?? Na próxima parada... quando será o próximo feriadão mesmo??? rsrsrs


Beijos e boa semana para todos!


P.S. ESPECIAL:
Thaciana e Guilherme, obrigada por tudo!!
George e Léo, mto bom rever vcs... Amarei vcs para sempre.....
Baiano, CINCO MIL ??? Olha que eu fico, hein?!?!!? heheheehehehehe

Beijo, Beijo, Beijo

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O silêncio que eu não fiz

Eu sabia que hoje seria assim. Por que eu me preocupei em encenar o dia todo ?

Às vezes fico melhor quando enceno. Quando sorrio com sorrisos falsos, quando finjo uma calma que nem é minha, quando até manifesto simpatia por seres asquerosos. Talvez, eu devesse mentir mais vezes, omitir mais a minha cara, falar de olhos fechados e inventar palavras para esconder a alma. Talvez fosse essa a solução para a minha vida. Talvez.

Somente algumas poucas pessoas hoje perceberam que meu riso estava triste, que meus olhos não estavam "dormindo" apenas, que meu pensamento não estava ali naquela sala cheia. Eu não estava ali. Estava em qualquer outro lugar, enroscada, pensando em todas as maldades que fiz em alguma vida a qual não me lembro. Por que tive de ser tão má ? Pra quem eu me desculpo quando não sei a quem machuquei ? Eu não sei.

Talvez, eu nem mereça viver. Talvez, o ser asqueroso seja eu.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Inspiração alheia

Hoje recebi um texto por e-mail. Um arquivo do Word escrito por uma amiga, que me enviou para que eu lesse despretensiosamente... Apesar de saber qual era o tema, surpreendi-me. Não com a forma, porque eu já sabia que se tratava de alguém que escreve bem, mas com a intensidade e profundidade do que fora redigido.

Eram quatro páginas. Mas era tão comovente a história que ela contava que fiquei presa a cada palavra, a cada linha. E ao chegar ao final, percebi que eu estava aqui, parada, com o rosto molhado e os olhos ainda com lágrimas. O que me fez chorar foi a quantidade de emoção que ali estava presente, bem diante de mim, e não a TPM... Fiquei a pensar no tempo e nas coisas da vida. Algumas frases mexeram comigo, me fizeram parar e pensar junto com ela. Li o texto e lembrei-me de uma frase que aprendi em 2009 com o Julio: "o amor não basta para unir duas pessoas". Queria dizer isso a ela, mas acho que nem seria preciso. Ela parece ter aprendido isso também... mas por outro caminho.

Fico me perguntando por que para algumas pessoas é tão simples lidar com o amor, seja o seu ou o do outro, e para outras é tão difícil... Por que algumas pessoas têm o poder de simplesmente arrasar a vida sentimental do outro, sem pedir licença ou desculpas posteriores? O amor não deveria ser sempre uma coisa bela, saudável e gostosa de se viver? Pelo menos foi assim que nos ensinaram nos contos de fadas... Por que então percebemos, na vida adulta, que na verdade os contos de fadas não existem? Por que na vida real não ouvimos sinos, o mundo não conspira a nosso favor e não vivemos felizes para sempre?

Pensei nessa questão... O que é “viver felizes para sempre”? Isso existe realmente? Como pode existir, se nada é para sempre? Ou será que o amor é eterno mesmo? Talvez o Vinícius tenha razão... é eterno até o fim. Talvez o amor possa até durar para sempre, mas não é ele quem mantém as pessoas unidas pela vida inteira... O que une são outras coisas: cumplicidade, companheirismo, romantismo, respeito... O relacionamento será perfeito, havendo amor ou não, se as duas pessoas envolvidas assim o quiserem. Se eu sei respeitar o outro e aquilo que foi estabelecido naquela relação, sim, eu terei um conto de fadas... Não necessariamente aquele dos príncipes e princesas, com beijos capazes de quebrar maldições e romances que perduram ao longo dos séculos, mas aquele outro tipo de conto, os de convivência ou até mesmo conveniência.

Para a relação dar certo é preciso, antes de qualquer coisa, que as partes envolvidas queiram isso, tenham o mesmo objetivo. Muitas vezes, não importa o know how, mas sim aonde se quer chegar... Se eu quero que algo dê certo, eu vou lutar por aquilo. Mas por mais que eu lute, se eu estiver sozinha, em nada vai dar... Eu vou cansar. Quantos relacionamentos terminaram por isso, porque uma das partes cansou de tentar sozinha? Não existe uma luta ganha nesse aspecto se os dois não estiverem envolvidos... Em algum momento, para dar certo, o outro também precisa se entregar e querer. Enquanto isso não ocorre, a busca é em vão... E quantas buscas em vão temos acompanhado, presenciado, vivido??

É preciso sempre se ter o cuidado de não magoar o outro, por exemplo, não alimentando coisas que não poderão ser cumpridas depois... O jogo aberto e limpo continua sendo o melhor caminho... E se não deu certo dessa vez, é vida que segue... Difícil, capengando no começo, mas é assim que funciona... Mas lutar sozinho é algo que não vejo com bons olhos... Se o trabalho é para dois e apenas um faz, consequentemente o desgaste irá além de um simples cansaço físico ou mental. O desgaste e o cansaço podem aniquilar de vez um coração... Pensem bem... existem coisas que não valem a pena, por mais que achemos que valem... O tentar é legal, o querer, o desejar, até mesmo o batalhar... mas, o "se matar" por alguém, o se sacrificar, o se autoflagelar... isso aí já não é mais salutar. E aqui vale lembrar o velho ditado: quando um não quer, dois não brigam. Relacionamento é uma troca, uma via de mão dupla, um diálogo... jamais um monólogo.

Amiga, obrigada pelo texto. Amei a sua sinceridade, a sua pureza de coração, a sua coragem para escrever aquilo... E lembre-se, muitas vezes um final triste não é realmente um final triste...
Aos demais, obrigada pelos acompanhamentos...Vocês são muito importantes para mim.

Um grande beijo para todos, uma boa semana e um excelente ano.
E que venha o Carnaval (já falei pra vocês que vou pra Recife ??? hehehehehe)

Beijos

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Novas...

Uma vez assisti a uma peça chamada "Parem de falar mal da rotina" e com ela eu aprendi a coisa mais valiosa do mundo: nada é permanente... Nem mesmo as palavras que vc proferiu e depois de arrependeu... É como um cheque, dizia a atriz. "Você passou e se arrependeu ? Só sustar... Você falou e agora quer desfalar ? Basta dizer: 'estou sustando tudo o que disse pra vc... Ok ?? Esqueça tudo o que foi dito, nada daquilo tem mais valor...' "


Bom.


Sendo assim, eu estou aqui para sustar tudo o que eu lhe disse anteriormente.
Porque estou de tpm, porque não quero mais dizer, porque acho que exagerei e porque acho que nada é como eu penso. E ponto.

???

Não sei se é desejo, ansiedade, vontade...
Só sei que é algo que me dá qdo te vejo, qdo te leio, qdo te ouço em meus pensamentos.
Não sei se é exagero de poeta, fixação, devaneio. Desespero.
Não sei nem se é real. Imaginação quiçá.
Deve ser o fingimento do Pessoa, a hipérbole do Vinicius, o querer do Drummond...
Deve ser eu mesma, Elem, ansiando por algo que não sei, não conheco, não vivo.
Deve ser ilusão. Ilusão real, sonho, desejo.
Deve ser você então...
Miragem.
Visao do oásis de um corpo que tem sede.
Apenas isso.
Nada.

Cadê o meio termo ??