sábado, 25 de setembro de 2010

Pensamentos

Não que eu seja puritana demais ou pervertida demais, mas dificilmente as coisas me chocam. Entretanto, esta semana fiquei chocada com coisas que vi, ouvi e li.

Todo mundo sabe que tenho uma visão meio machista sobre a fidelidade. Já escrevi sobre isso algumas vezes e continuo defendendo a bandeira da fidelidade. Sou fiel, sempre fui e pretendo continuar assim. Ponto. Mas isso não quer dizer que eu não saiba (e aceite) a diferença entre amar alguém e trair alguém. Como assim ? Aprendi há alguns anos que trair o seu parceiro não significa necessariamente que você não o ama. Mas, como já dizia alguém, devagar com o andor porque o santo é de barro.

Pera lá... O que tenho visto de casos de traição tem me chamado a atenção. Não sei se pela naturalidade, ou pela falta de cuidado com o parceiro, ou pelo crescente número ou ainda pela igualdade entre os sexos (feminino e masculino) neste quesito. Desde semana passada eu queria falar sobre isso, quando recebi uma proposta um tanto quanto incoveniente de um cara casado que insistiu em me convidar para "fazer alguma coisa", na hora eu quisesse, quando eu quisesse... E ao ouvir o meu não, seguido claramente da explicação "porque você é casado", o cidadão ainda teve a cara de pau de responder da seguinte maneira: "isso que você falou aí não tem nada a ver, o fato de eu ser casado não me impede de fazer nada"... Fiquei tão enojada que acabei decidindo o tema desta semana: Traição. Os dias foram passando e acabaram trazendo novos acontecimentos sobre a mesma temática. Histórias que me deixaram tão de boca aberta que foi impossível não escrever realmente algo sobre o assunto.

Vamos lá então. O que eu penso sobre a traição não mudou. Principalmente pelos meus valores. Não gosto, não curto, não é a minha, não acho justo com a pessoa que está do meu lado, não acho justo comigo, acho estranhíssimo PARA MIM. Porém, tenho (ou tinha) uma tendência a não condenar quem faz. Aliás, há muito que procuro não condenar ninguém por nada. Mas, gente, calmaê... A coisa está se tornando tão absurdamente banal que fiquei meio preocupada e confesso que com um certo nojo de tudo... Uma traição ocasional, uma pulada de cerca, um tesão que não deu pra segurar, um envolver-se emocionalmente com outro dá pra entender com um certo custo. Mas a traição por traição, um hábito... isso não dá pra entender. Eu pelo menos não consigo. Será que é tão difícil assim se colocar no lugar do outro ?? Eu não teria coragem de cornear um cara que está comigo. Já tive oportunidades e sinceramente não consegui. Primeiro porque acho uma falta de respeito extrema com a pessoa que está comigo e segundo porque acho uma falta de respeito extrema comigo e com o meu corpo. Por isso não faço. Mas já fui traída e isso não é segredo pra ninguém. Claro que não tenho o menor orgulho disso, mas toda aquela situação me fez entender outras que viriam e que ainda virão. Passei a olhar a infidelidade com outros olhos, confesso. Mas, mesmo assim, mesmo tendo uma visão mais ampla sobre infidelidade, esta semana meu estômago embrulhou quando esse carinha que citei aí em cima ficou insistindo, tratando a esposa como uma babaca... Meu estômago embrulhou quando descobri que um infiel que conheço não trai só por tesão como eu pensava, mas trai por diversão tb, me embrulhou o estômago quando li uma msg pedindo pra uma amiga confirmar que "ia dormir fora" pq ia sair com um outro rapaz que não o seu namorado de 4 anos, me embrulhou o estômago a naturalidade com que a frase "sou extremamente infiel" foi proferida... Pelo amor de Deus, não quero parecer a senhora da moral e dos bons costumes... mas foi punk ouvir tudo isso em uma mesma semana e não vomitar. Me senti uma menina pura e virginal diante de tanta coisa suja, de tanta hipocrisia. É assim que são os casamentos de hoje em dia? Uma farsa??

O texto não tem nenhuma finalidade... muito menos a de criticar alguém... É só um desabafo sincero meu. Um desabafo de quem se pergunta aonde o mundo e as relações humanas foram (ou vão) parar... Fiquei pensando sobre as minhas concepções e valores... Fiquei pensando no quanto é realmente difícil encontrar alguém hoje em dia com quem valha a pena ficar... Fiquei pensando em mim mesma... Fiquei com vontade de ligar para um certo alguém e dizer "viu o que você perdeu? Você merecia encontrar alguém que te corneasse muito também"... Mas depois de tantos pensamentos e frases na minha cabeça, decidi que o melhor era continuar assim, mantendo firmes os meus ideais de relacionamento e de fidelidade. Fiquei pensando na grande putaria que o mundo está se tornando (ou já se tornou)... Por que as pessoas querem manter relacionamentos estáveis se mantêm outros instáveis por fora? Pra que namorar, noivar, casar se não conseguem deixar a vida promíscua ?? Já pensou no quanto mal essas pessoas fazem a si mesmas e aos cônjuges? Já pensou no quanto doerá se um dia for descoberto, tanto no traidor quanto no traído? Gente, eu já descobri traição e posso dizer que não há dor no mundo igual... E não há nada no mundo que faça sarar... mesmo com o passar do tempo, aquela ferida se mantém. Custa, então, a gente ter um pouquinho mais de cuidado com quem está ao nosso lado??? Quer trair ? Quer transar com outras pessoas ? Quer "renovar" ou "provar carne nova" ? Fique sozinho... Você não tem o direito de expor tanto assim a pessoa que você diz amar. Ninguém tem esse direito...

Enfim. Nada disso é da minha conta mesmo... E é tudo muito sujo... Prefiro não me sujar, prefiro realmente não me envolver com nada disso. Perdoe-me o radicalismo, mas realmente foi demais para minha cabeça e meu coração puritano. É isso então, fiquem todos com Deus.

Um abraço.


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Reflexos da luz embelezadora

E continuando a saga... lá fomos nós no tal do Boteco do Neco tentar descobrir quem era o moçoilo do chapéu Panamá (para quem não sabe sobre o que eu estou falando, atualize-se aqui).
Pois bem, domingão à noite, eu e a parceira de roubadas despencamos para Sambaqui. Chegamos no local e percebemos que o tal boteco nada mais era do que uma calçada coberta com umas telhas, tipo um ancoradouro de barcos, porém cercado de tábuas e com entrada a 10 reais. Do lado de fora, eu ouvi uma voz feminina cantando, ou seja, não era o rapazinho que eu procurava. Mas já que estávamos lá, entramos. Afinal, sempre pensei quem está na chuva é pra se molhar... e eu não sou de voltar atrás nas minhas decisões. E sim, eu estava decidida a comer o cérebro daquela coisa fofa e dar o golpe. Pois é.
Ainda estávamos em fase de reconhecimento do local quando percebo um ser alto adentrando o local... Rapidamente, olhei para o rosto dele para procurar as covinhas-bandidas... e adivinhem... elas estavam lá. Há! Deu certo, era ele... mas... não o reconheci de imediato... afinal, ele estava sem o chapéu... sem a camisa de botão.... sem aquele estilo "carioca malandro da década de 50"... Pelo contrário. Ele estava com um moleton à la 15 anos... e com a blusa do Avaí - mesmo depois de uma derrota de 3x1 em casa... E com um cabelinho nada sexy. Meu Deus. Cutuquei a amiga, ela olhou também. Ficou em dúvida. Mas quando ele sorriu... batata, era ele! Amiga e eu nos olhamos. Olhamos para ele. Nos olhamos de novo. Pergunta um: "Elem, o que vc viu nele??" Pergunta dois: "Quantos anos será que ele tem?" . Meu Deus, medo da resposta. rs
Passamos boa parte da noite observando todos os passos do menino (sim, porque ele é um menino), ouvindo as conversas dele e reparando no modo com ele dançava.... Pois é, ele estava com uma parceira... que não era a mulata-Sargenteli do último episódio, maaaaas também era uma mulata. Olhei para o meu bronzeado branco-escritório e pensei: Já era... definitivamente, não faço o tipo dele. A minha amiga foi além: "Elem, essa menina deve ser coleguinha de recreio dele... Porque se ele parece ter 18 anos, ela deve ter uns 15,16. Eles devem merendar juntos na escola... " Morri. Pensei nos meus 31 e pela primeira vez senti a minha idade pesar horrores. Aaaah, cadê o buraco para eu enfiar a minha cabeça? Não, não tinha.
O jeito era babar no modo como ele dançava. E admirar a boca apetitosa que ele tem. E morrer de inveja da tal moçoila de cabelos enrolados. E de repente, me vi numa situação muito... hãn... digamos, estranha: ao mesmo tempo que eu pensava que eu não podia querer beijar um bebê como aquele, eu pensava em como eu adoraria beijar um bebê como aquele. Fato é que querendo ou não querendo, eu não beijaria. Pelo menos não naquele dia.... Afinal, naquela noite, novamente, ele estava acompanhado. Maaaas, há de haver um dia em que eu estarei torrada de sol e ele estará disponível no mercado... rs
Pra finalizar o nosso belo programa de índio, lembrei que já dei aula em Santo Antônio e em Sambaqui. Matutei com os meus botões e falei para minha amiga: "Já sei. Esse moleque deve ser amigos dos meus ex-alunos... É só investigar" E como amiga é sempre amiga, ela me olhou e respondeu: "Elem, se bobear esse moleque deve ser FILHO dos seus ex-alunos... " Depois desse choque de realidade - e banho de água fria - limitei-me a passar a mão pelos meus cabelos lisos e dizer: "Ok, vamos embora". Imagina o bate papo entre a minha pessoa e o meu ex-aluno:
- Olá...
- Oi, professora, que bom te rever
- Pois é.... mas e aí... será que vc não faz um esquemão entre mim e o seu filho, não???

É, definitivamente... acho que não ia pegar bem... hehehe
Coloquei minha viola no saco e segui rumo ao Continente. Mas não se preocupem... a saga continua e eu ainda não desisti... Sendo assim, aguardem as cenas dos próximos capítulos...

domingo, 12 de setembro de 2010

Luiza Brunet

Ontem estava eu no mercado quando uma coisa me chamou atenção. Achei que valeria a pena falar sobre. Então vamos lá.

Sabem aquelas revistas que ficam próximas aos caixas? Pois então. A história começa com elas... eu estava lá observando-as e pensando "quem acredita nisso? Quem acredita em matérias como 'Chape a barriga em 7 dias' ou ainda 'Perca 25kg em um mês comendo de tudo'?". Não sei... Só sei que enquanto eu lia essas notícias miraculosas, me deparei com algo que realmente me chamou a atenção: a Luiza Brunet.

A bela modelo, que conta atualmente 48 primaveras, está na capa da revista Cláudia de setembro. Até aí, nada de mais, vocês vão pensar... Realmente, nada de mais... Ela é modelo e já fotografou um centena de vezes para a tal publicação... Mas o que me chamou a atenção foi a foto dela. Sim, ela estava lindíssima como sempre, mas com um quê a mais de realidade... continuei analisando a foto quando percebi um pequeno texto sob o braço da modelo: "Luiza Brunet sem photoshop" Aaaaah, eu sabia que tinha algo diferente... rs

Comecemos então. Faz tempo que deixei de acreditar nas fotos dessas publicações porque definitivamente nenhuma mulher pode ser tão perfeita quanto elas mostram. Mas mais do que isso, essas fotos me irritam porque afrontam a minha inteligência -por exemplo quando mostram a senhora Suzana Vieira de biquini, exibindo um corpo que obviamente não é o dela, com a manchete "Linda aos 105 anos". Sim, eu tenho vontade de mandar todo o editorial da revista praquele lugar. Vá se ferrar, eu não sou idiota. Outro exemplo muito bom também é a capa da Boa Forma com a Carol Castro... Gente, aquela menina tem uma tatuagem medonha e gigantesca na barriga... eu já vi em vários lugares... Mas não na capa da Boa Forma de junho. Ok, penso eu: será que só eu sou louca? Ou será que só eu sou sã? Pelo amor de Deus, mulheres com a perfeição mostrada nas revistas não existem!


Só que o problema é que toda a mídia vende esta imagem, este ideal de beleza feminina... e a mulherada, tola, acredita que é possível e começa a fazer tudo - vejam bem, eu disse TUDO - para alcançar aqueles corpos e cabelos que nem sequer existem! As meninas cada vez mais cedo estão sofrendo com distúrbios alimentares, as mulheres estão se sujeitando cada vez mais a procedimentos cirúrgicos, os corpos estão cada vez mais plastificados... Pára tudo, onde vamos chegar ?? Ou melhor, onde queremos chegar??

Não, eu não estou fazendo aqui uma ode à feiura... Não é isso... Claro que alguns retoques são legais e até mesmo necessários, mas temos que ter um pouquinho de bom senso. A idade chega pra todo mundo - a menos que morramos cedo. Será que dá pra encarar isso com um pouquinho mais de naturalidade? Uma menina de 20, tem a beleza dos vinte. A de 30, a dos trinta. A de 40, as do quarenta, e assim sucessivamente... O que não podemos achar normal ou bonito é uma mulher de 70 anos querendo mostrar uma "cara de frigideira" pagando de gatinha. Pelo amor de Deus... Sejamos sensatos... Isso é, no mínimo, ridículo.

E por que a reportagem me chamou atenção? (confesso que fui obrigada a ler a íntegra quando cheguei em casa) Porque a Luiza está linda! Mesmo com os pés de galinha no canto dos olhos, mesmo com a pele do braço sem aquela viscosidade natural, mesmo com as maçãs do rosto menos durinhas... Ela é linda aos 48 anos e aparentando 48 anos! Isso é importante! Fico pensando qual a graça de se ter, em uma revista, aquela perna de 18, malhada e sarada se quando eu precisar usar um shortinho na praia não vai ter photoshop na vida real? Sei lá... Mas tem umas tantas aí que devem saber... rs



E agora deixando os programas de imagem um pouquinho de lado, vamos pensar nessas neuras aí de silicone, botox, faca e etc. Pense comigo: quantas pessoas você conhece que não precisavam de nenhum retoque e no entanto se submeteram a alguma cirurgia estética? Tenho certeza que todo mundo conhece pelo menos uma pessoa assim. Eu conheço algumas. Entendam, sou super a favor do silicone, por exemplo, eu acho realmente lindo... E eu mesma faria uma boa lipo nas minhas ancas gigantes... Vejam bem, eu não estou falando disso... Estou falando sobre o exagero: sobre aquela mulher que coloca 5l de silicone em cada mama, sobre aquela outra que arranca as costelas para ter a cintura mais fina, sobre aquela que não deve mais enxergar direito porque já esticou tanto a cara que já virou nissei, sobre aquela que é linda, mas mesmo assim, entra na faca com a certeza que precisa ter o corpo da Barbie - se é que a Barbie ainda é considerada padrão de beleza... Sim, porque, acreditem, algumas donas por aí já são lindas do jeito que estão, mas acreditam que o ser "linda" é ser como as mulheres das capas da Nova.... Hello, aquilo lá não existe! Basta uma busca de cinco minutos no Dr. Google e tcharam: 362 MIL resultados ('artistas sem photoshop')... acredite, aquelas beldades são pessoas normais como você e eu... Elas também têm celulite, estria, olheiras e marcas de espinha. A diferença? Elas também têm um carinha, diferentemente de nós, reles mortais, que mexe em cada detalhe de suas fotos. Fato. E além do mais, elas vivem da imagem... e esta é a desculpa preferida para "fazer qualquer coisa em nome da beleza".

Eu não sei... sempre que penso sobre esse lance de estética chego ao mesmo denominador. E sabem qual? Auto-estima baixa. Baixíssima, na real. Não consigo acreditar que uma mulher feliz e bem resolvida possa ter tantas neuras... Alguém que se sujeita a tantos procedimentos, plásticas, bisturis, estica-e-puxa e etc só pode ser extremamente infeliz... Não tenho outra explicação. Uma mulher realmente feliz e de bem com a vida reconhece que tem uma barriguinha safada sim, mas não transforma a presença dela na terceira guerra mundial contra si mesma. Essa é a diferença.

Eu sei que é difícil envelhecer... Eu penso nisso todos os dias à noite quando eu PRECISO passar o meu Chronos 30+... Juro que penso... Como eu disse antes, a questão não é se embarangar, não se cuidar. A questão é manter o senso... especialmente o senso do ridículo. Mulheres são vaidosas por natureza e isso ninguém jamais vai mudar. Porém... Sejamos vaidosas, mas valorizando principalmente aquilo que temos de melhor. E acima de tudo: vamos nos amar. Amem-se! Garanto que uma mulher que se valoriza atrai muito mais olhares do que qualquer siliconada ou photoshopada...

Bom, então era isso. Eu quero parabenizar a iniciativa da revista Cláudia. E que outras publicações também sigam o exemplo. Afinal, mulheres devem ser mostradas como realmente são: lindas em qualquer idade.

Um grande abraço.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Sobre plantas e afins

Como eu disse no Twitter, a melhor (e a pior) coisa no ser humano é a capacidade que ele tem de surpreender. O problema é que, geralmente, surpreende-se por coisas não muito legais.

Ok, eu não sou o tipo de pessoa que corre atrás de ninguém, e isso vocês já devem ter percebido. Prefiro perder por W.O. a ficar enchendo o saco de alguém com as minhas carências e infantilidades. Pois bem. Sendo assim, não costumo fazer muita questão de que as pessoas corram também atrás de mim, e que isso fique bem claro. Sinceramente não faço. Sempre pensei que relacionamento é uma via de mão dupla, ou ainda efeito espelho, sacas? Então... Como sou assim, não esquento muito quando percebo que algumas pessoas não estão numa nice. Entendo mesmo. E por isso respeito os momentos alheios até que o ser em questão queira falar sobre determinada coisa. Ou não.
A questão é que tudo tem limite. Tipo, eu não me importo se num dia que você não está legal, você não falar comigo. Não me importo mesmo. Tem dias em que eu também não quero falar com ninguém. Mas se isso acontece semanas a fio, eu vou estranhar. Mas nunca, jamais, procurarei saber o que aconteceu.
Porém, se você fala comigo em uma semana e em outra não, e aí volta a falar de novo e logo em seguida, para novamente, e aí depois volta de novo.... ah, eu te garanto: eu vou me enfezar. Não que pra mim seja algo mto dificil de lidar, mas o que não vou admitir é ser tratada como uma samambaia que você fala quando tem vontade e não fala quando não tem. Que fique bem claro: eu não sou uma planta. Olha, é muito difícil eu cortar relações justamente porque eu sou relax nesse sentido... Não exijo atenção o tempo inteiro, não exijo "oi" diário, não exijo abraços nem beijos... Em outras palavras, eu não ligo pra muita coisa. Mas tem uma coisa que eu exijo: respeito.
Mas, como já disse uma vez, tudo o que acontece na nossa vida é com o nosso consentimento - ou não é? Eu me permito ser magoada ou não, eu me permito ser amada ou não, eu me permito ser enganada ou não, e por aí vai. Logo, eu me permito ser tratada como uma pteridófita. Ou não.
E eu ando meio de saco cheio de ser depósito de carências e frustrações alheias. Eu não tenho filho e nem tenho marido. Eu tenho 4 cachorros e só. Eu não sou obrigada a ficar aturando TPM de ninguém, do mesmo modo que ninguém é obrigado a aturar a minha (e olha que a minha é fuderosa). Eu não tenho culpa se o ser humano deposita sonhos e constrói planos em cima do outro... não tenho culpa mesmo. O que não vou admitir é neguinho depois enchendo o meu ovário porque não deu certo... por acaso alguma vez pediu a minha opinião? Alguma vez OUVIU a minha opinião ? Então não venha me amolar agora. Só digo uma coisa: eu não sou modelo pra ninguém e nem mesmo sirvo de exemplo. Tô cansada dessa coisa de ficar sempre respondendo pela frustração do outro... eu não me entendo nem com as minhas próprias frustrações, quem dirá lidar com as de terceiros.
A questão é: eu vivo a minha vida. E se você quiser fazer parte dela, tem que gostar de adrenalina. Eu não escondo nada de ninguém, não tenho medo de cara feia e nem muito menos meço palavras para dizer o que eu penso... Então, pra que me cobrar se eu nunca te prometi o infinito azul do céu?
Hoje duas cenas me chamaram a atenção e as duas tinham o mesmo fundo musical. Nas duas, pessoas se magoaram porque não correspondi as suas expectativas. Agora me diz: que expectativas eu prometi? Vamos repensar um pouco: quem as criou ?? Ah tá... só para manter a ordem no raciocínio.
Bom, o lance é o seguinte. Eu não sou uma planta e eu não vou mais admitir que pessoas falem comigo qdo têm vontade e/ou depois simplesmente finjam que nada aconteceu. Porque eu não tenho plantas justamente porque não tenho saco para adubá-las e nem muito menos conversar com elas todos os dias. Quer saber a real? A gente planta e cultiva certas sementes e depois não dá conta das árvores que nascem e crescem, essa é a verdade. E aí, sem saber onde enfiar uma árvore gigante, enfia embaixo do tapete do outro. Só que no meu tapete não tem mais espaço. Quer saber ? Vá podar você a sua própria árvore...

Já dizia a minha mãe: o mal a gente corta pela raiz.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Bendita luz

Mulher é phoda.

Estava ontem eu no bailinho requebrando o esqueleto, quando de repente eis que me deparo com um ser alto, com covinhas e usando um charmoso chapéu Panamá. Pensei: "uhull". Porém, ao me aproximar do cidadão em questão, percebi que ele estava lá "chavecando" um mina - não muito bem apessoada, diga-se de passagem. Tá, admito, ela parecia uma mulata do Sargenteli. Depois da fome... Enfim. Fato é que a cidadã não estava dando a menor bola para o meu bonitinho do chapéu. Ele lá tentando e ela ignorando o menino, quase matando-o de diabetes de tanto doce....

Ok.

Lá pelas tantas, o cantor do tal bailinho disse lá do alto do palco: "queria chamar aqui no palco o mocinho que canta no Bar do ***. Chama ele aí pra mim, esse aí do chapéu". Ora, ora... era o meu bonitinho. Pois bem, interromperam o chaveco do moçoilo e o fizeram subir no palco. E ele cantava. Que coisa.

Aí, estando o moço em cima do palco, cantando com seu chapéu e tudo, adivinha o que aconteceu? A tal moça que até poucos minutos estava esnobando o pobre rapaz, como num passe de mágica, resolveu dar uma condiçãozinha pra ele. E pra fechar com chave de ouro, ela ainda terminou a noite pagando de primeira-dama do samba exibindo seus dotes de "passista do Sargenteli" ali mesmo, em cima do palco.

E eu, que sou um ser que tenho tantos dotes sambísticos quanto um palmito, terminei a noite fugindo de um ser de 17 anos que jurou que ia conseguir fazer um esquemão entre mim e ele. Aff.

Pensamento da noite??? A luz embelezadora do palco é phoda.

sábado, 4 de setembro de 2010

Sobre amigos e namorados

Eu sei, já falei das fôrmas de gelatina. E já falei principalmente que devemos ter fôrmas de silicone, daquelas que se moldam às nossas gavetas. Mas... Não é tão simples assim. E vocês sabem disso.

Andei pensando mais uma vez sobre esse assunto esta semana... No quanto é difícil encontrar alguém que caiba perfeitamente nos nossos critérios... e isso obviamente me fez pensar na questão dos moldes, modelos, formas, etc. Tá, a gente tem que se abrir para o novo, deixar as coisas acontecerem, experimentar pra ver no que dá, essas nóias todas aí que você e eu ouvimos todos os dias. Mas quer saber ? Eu quero alguém que se enquadre sim no meu perfil idealizado. Claro, ele não precisa ter todas as medidas exatas de altura, largura e extensão... mas pô... já que eu vou passar o resto da vida com ele (ou pelo menos alguns preciosos dias), será que não posso mesmo escolher qual o formato e modelo eu quero?? Se até meu carro, meu sutiã, meu salto e meu caderno eu escolho as dimensões, por que então não posso escolher o meu namorado, ora bolas?

Eu tenho um padrão que eu busco sim. Quero alguém que se encaixe pelo menos em alguns dos critérios que escolhi pra mim, e isso não quer dizer, de modo algum, que "estou escolhendo muito"... Esse comentário me deixa meio fula da vida. Por que cargas d'água eu sou obrigada a ficar com alguém que eu não tenha a menor vontade de ficar? Só porque ele é legal? Ora, de pessoas legais o mundo está cheio e nem por isso eu fico com o mundo inteiro... Eu quero o MEU ALGUÉM LEGAL, entendem?

Estava acá vendo um filminho - novas - e fiquei pensando (e depois filosofando com um amigo)... Caraca, seria tão legal se fosse como nos filmes... Você está lá, como quem não quer nada, de repente esbarra em alguém na rua e PLIM! se apaixona. E aí, faz de tudo pra ficar com essa pessoa e no final... tcharam! Vocês vivem felizes para sempre... Eu, que andei por muitos e muitos anos sem coração, já não acreditava mais nisso, nesses contos de fadas, mas... de uns tempos para cá - vai saber - voltei acreditar nesta possibilidade. Claro que não com tanto romance quanto nos filmes, mas com uma certa apnéia sim... Sabe quando você bate o olho em alguém e diz "oh-my-God!" ? Então, mais uma vez estou falando sobre isso... Quero ter essa sensação... Isso não é amor à primeira vista.. isso é atração à primeira vista... E sinceramente, é isso que tem me faltado... E não estou falando de atração meramente física, não... atração no sentido de sentir atraído mesmo... Saca o imã? Então...

Não me incomoda o fato de não ter um namorado. Não mesmo. Se fosse esse o problema, e sem querer ser presunçosa, já teria resolvido. Há tempos. O problema é que eu não tenho um amor. E meu coração anda muito incomodado com essa ausência permanente de alguém... É chato. É mais do que chato: é entediante, é monótono.

Imagina se eu, que adoro uma vida colorida, ia querer compartilhar os meus belos anos de vida com alguém que está junto de mim apenas por conveniência (ai, que palavra forte, Elem). Jamais. Só porque o cara é legal, gente boa, responsável e trabalhador não quer dizer que ele é o grande amor da minha vida. Tá, você vai dizer: "mas quem está falando sobre grande amor da vida, Elem?" Ninguém, eu sei... Mas pra mim, extremista como sempre, funciona assim. Quando eu decidir ficar junto de alguém pra valer, ele pode até não vir a ser o amor da minha vida, mas enquanto eu estiver com ele ao meu lado, ele será. Pelo menos será nisso em que acreditarei. Afinal, qual a graça de estar com alguém se não acreditamos ser o nosso "endless love"?? Nenhuma, né?

Pra fechar então as minhas divagações de hoje: pra namorar sem ter esse tesão - não apenas no sentido sexual - prefiro ter vários amigos. E só. E se não concordam, ok. Eu também respeito a opinião de vocês... rs. Sendo assim, desejo a todos, mais uma vez, uma vida repleta de paixão, de amor e de tesão. Porque, sinceramente, são essas coisas que tornam a vida muito mais gostosa de ser vivida.

Beijos imensos.
Fui