quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Coragem

Eu sei, não deveria escrever nem mais uma linha sobre esse assunto. Este é o terceiro texto do dia, mas não consigo evitar.
É uma aflição que me domina, um medo, uma ansiedade, uma vontade de gritar ao mundo o que sinto... uma vontade de te falar com todas as letras e palavras, em linhas e entrelinhas, tudo o que vem se passando na minha cabeça nos últimos dias.
A conversa me desestabilizou, como se eu já não fosse desestabilizada o suficiente... O mundo me manda controlar as emoções, segurar a minha onda, mas eu não sei fazer isso... Refrear emoções é algo perigoso, lembra uma represa que a qualquer sinal de vazamento pode ruir e despejar toneladas de água em cima de um vilarejo... Não sou comedida, não aprendi a ser, não sei usar doses homeopáticas para expressar o que desejo... não sou desse tipo finesse q senta com pernas e mãos cruzadas e dizem "seria uma honra"... eu sou do outro tipo, daquele que te olha nos olhos, com fúria, e verbaliza cada sentimento, aquele tipo que sangra em qualquer conversa porque prefere morrer do que deixar o que quer que seja subentendido... Sou assim, e me angustia não poder lhe dizer, de forma clara e objetiva, tudo o que se passa aqui. Atordoa-me não poder te perguntar e ouvir a sua resposta torta ou torpe, só queria te fazer entender o quão explosiva eu sou, o quão quente e que isso não é mau... sou fogo, sou vento, sou tempestade em seu copo de água... Mas um sentimento novo me atinge em cheio: o medo. Medo não do meu jeito, mas medo que você descubra que sou assim, e descobrindo, medo de que não goste... Que prefira aquelas da finesse... Será que você entenderia que consigo me comportar em público??
Coração aperta no peito, vontade de gritar, chamar, voar. Voar seria perfeito para mim, porque há tempos que não caibo mais neste meu pequeno espaço limitado...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Uns diazinhos na Bahia...

Férias em Porto Seguro. Difícil, muito difícil descrever tudo o que vimos e vivemos naquele lugar... Além de ser lindo demais, tem um povo maravilhoso, um valor histórico incrível, uma culinária excepcional e uns dançarinos que olha.... não tenho nem palavras para descrevê-los... hehehe

A nossa primeira percepção da cidade foi com relação ao povo. Que galera mais gente boa!! Sempre sorridentes, queridos, amados, felizes... Fomos tratados super bem em todos os lugares em que fomos... Garçons, motoristas, dançarinos, comerciantes, todos foram super gentis. Meixmo. São sempre solícitos e o sorriso deles realmente é algo que contagia... Impressionante.

Depois nós descobrimos as belezas naturais (não que os baianos não sejam, rs). As praias, os recifes e arrecifes, as falésias... Ficamos impressionadas como um lugar pode ser tão lindo e perfeito! A água do mar é azul, limpa e quente. Pareciam grandes piscinas naturais, repletas de animais marinhos... um sonho. E como se não bastasse tudo isso, ainda ocorre um fenômeno de marés que torna as praias lugares completamente diferentes em um mesmo dia: quando a maré está baixa, temos um visual e quando a maré sobe, temos a impressão de estarmos em outro lugar. Tudo perfeito demais... Jamais conseguirei descrever com palavras lugares como Recife de Fora, Arraial da Ajuda, Trancoso, Coroa Vermelha, Taperapuan... Nunquinha. Faltam-me vocábulos para descrever as maravilhas que são aquelas praias e aquele mar... realmente só vendo para entender... E só banhando-se naquelas águas para sentir que quando digo que a água é quente, é porque ela é quente mesmo, não é em sentido figurado...

Depois do êxtase causado pela paisagem, descobrimos um lugar chamado Axé Moi, que na nossa humilde opinião é o Eldorado na Terra... Uma galera jovem, bonita, bronzeada dançando ao som de duas companhias de dança, seguindo os passos dos dançarinos... Aaaaaaah, os dançarinos... O que era aquilo ?? Era a visão dos deuses... No primeiro dia, ficamos embasbacadas, hipnotizadas literalmente... Nunca tínhamos visto nada igual... Mas depois ficamos íntimas, rs... Além de lindos (de rosto e de resto) e simpáticos, dançavam como ninguém... extremamente calientes e beeeem baianos: era uma mistura de acarajé com jenipapo, regados com uma bebida chamada “pau de índio” e azeite de dendê, tudo proveniente de uma culinária altamente afrodisíaca. Conseguem imaginar o resultado ?? Eu sei que não... mas tenho fotos no Orkut e existem vários vídeos no youtube... Procurem lá, não vão se arrepender... E meninos, nem adianta dizer que eles são gays... porque não são... Cuidado que a inveja mata... rsrsrsrsrs

(Claro que continuando a nossa fase “celebrity”, ficamos amigas dos caras... Fomos pra festas com eles, subimos no palco, demos presentes, tiramos um milhão de fotos e teve até uma catarina que beijou um deles e uma outra catarina que vetou um outro... Aizi.. essas minhas amigas são demais... orgulho delas!! Tenho certeza que um dia eles aparecem aqui em Floripa... Aliás, a palavra mágica em Porto Seguro era FLORIANÓPOLIS... Era só dizer isso que as portas se abriam!!! Hehehehehe)

Maaaas, continuando... (suspiro profundo)

Infelizmente depois de tantas festas, beijo na boca, sol e mar, o dia 21 chegou... Voltamos para casa morrendo de saudade e fazendo mil planos para a nossa próxima viagem... Ficamos sete dias torrando sob o sol baiano e acreditem, foi pouco, muito pouco. Uma semana só serviu para nos deixar com um gostinho de quero mais na boca, um desejo de ficar lá para sempre, vendo aqueles baianos sarados, aquele calor gostoso e aqueles lugares paradisíacos... Ano que vem, estaremos lá novamente, nos matando no Axé Moi, mergulhando no Recife de Fora, comendo o melhor camarão do mundo em Trancoso e bebendo a melhor água de coco do planeta nas ruas de Porto Seguro... Eu sei que só não vou mesmo se ao invés da badalação de Porto, eu preferir a mineirice de Recife... rsrsrsrrsrsrs... (acharam que eu não fosse falar nada, não é??? Rsrsrs - Impossível falar de Porto e não citar... rs - Aliás, Minas impera na Bahia, tá ??? Só para vocês entenderem... hehehehe)

Então é isso... se quiserem ver um pouco mais, tiramos mais de 500 fotos... Algumas são publicáveis e outras não, mas as que são estão nos orkuts das envolvidas, inclusive no meu... Deem uma olhada... Vocês vão enlouquecer e morrer de inveja...

E pra finalizar, alguns hinos de Porto:
  • Nooooooossa, assim você me mata! Ai, se eu te pego...
  • Traição é traição, romance é romance, amor é amor e um lance é um lance!
  • Ai, ai ai, sou a Lady Butterfly! Ai, ai ai, sou gostosa, sou demais!
  • O amor constrói e Porto Seguro destrói !! (dessa aqui eu discordo...... visto que..... quem fica de namoradinho em Porto Seguro mesmo ??? rsrs)
  • Tchuco, tchuco, tchuco gostoso... Tchuco, tchuco, tchuco de novo...
  • A cobra não tem pé, a cobra não tem mão, então como ela sobe no pezinho de limão ??
  • Quero parar mas não consigo, quero parar mas não consigo...

----- Eh saudade que bate no meu coração.... -------

Fui, galera!

Beijos e beijos

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Continho triste

O mundo sempre foi perfeito para ela.
Tinha tudo o que queria: dois cachorros, uma casa amarela, um quintal com vários tipos de flores e tinha aquele que chegava todas as noites e dava-lhe um beijo. Ele sempre trazia-lhe presentes, mal sabia que ele próprio era o maior presente que ela tinha. Era feliz. Imensamente feliz. Sabia disso.
O que ela não sabia é que nada dura para sempre, felicidade muito menos. Um dia, ele não veio e ela esperou. Mas ele não veio nem esse dia e nem o outro, e nem o outro e nem o outro. Ele não mais apareceu. Então, ela se deu conta que nunca havia agradecido por tudo que tinha e descobriu, naquele tempo, o que deveria ter sido feito, mas agora já era tarde...
Seu mundo antes cor-de-rosa, agora não tinha mais cor. Ela não sabia mais como continuar, como viver... faltava-lhe vontade de respirar.... Algumas vezes buscava em todos os cantos da alma algo que pudesse lhe servir como consolo, algo que lhe desafiasse a existir, que lhe desse coragem para seguir. Mas ela nunca encontrou. Nem a alma e nem a coragem.
De repente, começou a murchar assim como as flores de seu jardim. Os animais não reconhecendo a dona, partiram. A aliança bamboleava devido a magreza de seu dedo, estava larga como se nunca tivesse a pertencido. Como um anel de outra que não ela... Olhava-se no espelho raramente, mas não reconhecendo aquele ser som sombrio refletido, parou de olhar-se. Pelo menos no exterior.
Olhava para dentro apenas, dias e noites, e resolveu que em sua mente era muito mais agradável viver. Descobriu que em sua mente, ela ainda era a mesma. Possuía ainda a sua casa amarela bem cuidada, o seu jardim e o seu amado. E assim viveu até o último dia, voltada para dentro, como se nada existisse além da sua imaginação. Não comia, não cuidava-se, não vivia, sonhava. Sonhava e imaginava tudo como antes. E assim ficou por semanas... definhando na penumbra do quarto.
Até que um dia, não mais abriu os olhos. Literalmente. Esquálido, seu corpo foi encontrado abraçado a um travesseiro, encolhido em sua cama, como se dormisse sobre o peito de alguém.
A vizinhança olhava a cena e benzia-se. Muitos diziam que ela desejava a morte mais que a vida... Trataram então de encomendar logo a pobre alma a Deus e pediam que em algum lugar ela pudesse ser feliz novamente...

sábado, 9 de janeiro de 2010

Dores de meninas

Tudo bem, eu admito. Eu gosto de ser menina... eu gosto de certos privilégios femininos como por exemplo entregar dvds na locadora sem multas por atraso, ter preferência em casos emergenciais, poder passar a tarde no salão sem ninguém encher o saco, chorar na frente de todo mundo sem se considerada tola, não precisar aprender a trocar o pneu porque sempre haverá um homem másculo para fazer isso por mim, não preciso fingir que entendo de futebol e carros, e por aí vai... mas se tem uma coisa insuportável no "mundo mulherzinha" é o raio da TPM. Sim, a maldita tensão pré menstrual me transforma em um monstro. E quando ela não me transforma, ela transforma as pessoas ao meu redor (isso de acordo com os meus hormônios descontrolados, é claro!).
Pra ser sincera, eu gosto do período anterior à TPM. Me sinto mais magra, mais desejada, parece que todos os meninos do mundo descobrem que eu existo.... tudo é perfeito. Mas como nada nesse mundo pode ser perfeito, na semana seguite começa a maledita... meu peito triplica, minha barriga idem, meu quadril idem... tá, EU triplico de tamanho. Surgem as malditas espinhas em minha linda face, tudo me estressa, vejo filmes românticos e choro mais que o normal e como igual uma porca prenha (ou mais que uma , rs). Mas o pior de tudo, com toda certeza do mundo, é a bosta do meu saudosismo que vem a tona com toda disposição do mundo... E aí, meus amigos, orkut pra que te quero!! rsrsrsrs
Ex-namorado, ex-sogra, amigos, amigas, primos, sobrinhos, cachorros e papagaios do ex são visitados por mim. Fora os e-mails enviados sem a menor necessidade (essa parte eu já aprendi a controlar... rs). O que tenho a fazer é respirar fundo e pensar "vai passar em sete dias", mas impulsiva como sou, quando na parte do "respirando 1, 2, 3", já apertei o send... rs Depois, obviamente me arrependo. Mas aí já era... resta olhar a resposta recebida (porque sempre vem a resposta... rs) e nao dizer mais nada... E 28 dias depois, a mesma coisa acontecerá. tsc tsc . É um ciclo.
Eu não sei quanto a vocês, moçoilas leitoras do Pra Que Mesmo?, mas todo mês eu tenho esse mesmo ataque. Fico frustrada, deprimida, arrasada... Aí choro, me pergunto por que o mundo é tão cruel e depois... tudo passa como num passe de mágica. Puff: sumiu.
Sempre foi assim, só mudam os ex... E quando eu estou namorando ? Aí a tática é outra... eu quase transformo o atual em ex: "Você não me ama", "você vai me deixar", 'você me acha feia".... Ai, ai... e como disse, alguns dias depois e tuuuuuuuuudo bem de novo.... Quem aguenta isso?? Sei lá quem aguenta porque olha... às vezes nem EU me aguento!!! rs

Ok. Pensemos então... (rs)
Por que será que eu estou falando sobre isso ?? Adivinhem... São 03h12 da madrugada, sábado para domingo... dou um doce para quem adivinhar o que eu estava fazendo há 15 minutos... hehehehehehe


Tudo bem, Elem.... Só mais cinco dias....
"Seu email foi enviado com sucesso".
Ow shit!!! I did it again...

rsrsrs




Continuando a onda VIP...

...Eu morro e ainda nao vejo tudo...

Gente, comprovado: toda FAMÍLIA possui uma ovelha negra... Até aquelas conhecidas e com cunhada famosa e perfeitinha.... Aff. (rsrsrsrs)

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Gente, eu sei que vcs querem mto saber quem são os envolvidos e me perguntam pq nao coloquei os nomes... A resposta é simples: não quero ser ameaçada novamente !! Se seres "normais" ameaçam me processar qdo escrevo nomes, imaginem se eu colocar nome de globais, cantores e etc... rs

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Relatos - Parte I

Dentre churrascos e casas de praia alheias, o verão 2010 tem sido o melhor de todos os tempos. Conhecemos famosos, entre os quais roqueiros, sertanejos e DJs, pagamos caro por um suco de laranja, tomamos champagne na praia, aceitamos suborno de gringo, saímos guinchadas da praia, não aceitamos a ajuda de paulistas – e depois no arrependemos -, conhecemos gente nova, vimos gente velha, beijamos bocas... E pra melhorar, nos demos conta de que mesmo com tudo isso, o verão ainda estava apenas na metade...
O marco inicial foi a despedida da Kerly, churrasquinho em uma casa maravilhosa, carninha, sol, piscina.... tudo perfeito. À noite, Lagoa. Sem conseguir decidir para onde ir, acabamos ficando na rua mesmo. E foi aí que conhecemos a trupe de Campo Grande, num approach muito ruim, diga-se de passagem... rs . O grupo era composto por oito meninos. Era quase um rodízio... uns iam, outros vinham. E uns ficaram fixos, obviamente (hehhehe). Dentre os oito, estava o integrante e compositor de uma dupla sertaneja. Iniciamos ali o nosso momento V.I.P. E acreditem, este não foi o único.
Nesta mesma noite, caminhando rumo ao estacionamento, fomos paradas por um camarada com um gosto duvidoso para roupas de verão, mas gente boa. Como "dívida se paga na mesma noite", esperei que a minha amiga se entendesse com ele. Enquanto eu aguardava, apareceu um outro cidadão que veio me amolar. Chato,chato, chato... Ui. No dia seguinte, descobrimos que o camarada de gosto duvidoso era na verdade um “pseudo-psicopata-desesperado-por-uma-nova-namorada” e que o chatonildo era um DJ aqui de Floripa, que estava inclusive promovendo festinhas de Reveillon na Ilha da Magia. Comecei achar que estávamos com o mel.
Domingo, sambinha na Joaca. Eu e a amiga fiel. Sentamos em umas mesinhas do lado de fora, já que não dava para sambar do lado de dentro (além de lotado, estava um calor insuportável). Ficamos lá fora tomando um vento, e foi aí que uns rapazes surgiram, bem espaçosos. Eram vários. Todos com muitas tatuagens, incluindo um bonitão que provavelmente não sabia que era bonito, um normal com cachopinha e meia esticadinha, um com uma regata que cabiam cinco dele dentro e um outro com olhos bem azuis que ficava beijando o meu ombro e falando que eu tinha o pé mais lindo do mundo. A minha amiga tentou avisar e até disse que aquele rosto não lhe era estranho, mas eu nem nem. Fiquei com medo e quis sair dali... No dia seguinte confirmamos. Sim, aí nós entendemos porque o rosto daquele homem lhe era familiar. Principalmente quando nós os vimos na chamada global do “Show da Virada” . Eram roqueiros de uma banda bem famosinha, que eu até tenho CDs... Como posso não ter reconhecido ?? E ainda vetamos os caras... hehehehe
Day after. Contava a lenda que haveria um churrasco na casa da trupe de Campo Grande. Lá fui eu. Não vi carne nenhuma, mas vi o meu fixo. E isso foi bem agradável... hehehehe Fiquei lá um tempinho com ele(s) e depois fui encontrar as meninas no EL MEXICANO. Estávamos lá e quem aparece ? O grupinho de MS novo... Perguntou se não queríamos assar uma carne (a 1h30 da manhã???? Aham, sei... ) Contrariando a tudo e todos, resolvemos ir. E voltei eu pros braços do fixo... AIZI. Tomei banho de piscina durante o restante da madrugada e até que o dia amanhecesse, acabei descobrindo que ele tem TOC. Mas quem se importa com isso, não é mesmo ?? rs
Reveillon. Passamos a virada em Jurerê, num piquenique improvisado, ao lado de vizinhos chapados e legais. E claro, uns malas também que não queriam a nossa presença. Mas havia três legais e isso compensava. Conhecemos mais gente e recebemos convites para uma peixada no dia 03. Chegamos enfim a conclusão de que finalmente os ventos bons nos encontraram. Ah,quase me esqueço... Também em nosso piquenique, conhecemos um carinha que só se gabava por ter morado nos E.U.A. e que queria ficar com a “Eliana” (quem é essa mesmo ?? hehehe). Esse doidinho aí era amigo de um outro que se apaixonou pela C***. Só que ele se apaixonou enquanto a esposa dormia na barraca ao lado. E olha, ele era insistente... Só vazou mesmo quando a L*** o colocou para correr. VIVA!! Por isso que eu reafirmo que homem não presta... rs
Ficamos alguns dias de molho antes de nos aventurarmos no P12, clubinho da High Society Florianopolitana. Pode até ser uma brincadeira carinha, mas o ambiente compensa. Piscina boa, tempo bom... não havia muitos gatenhos, confesso, mas nem precisava. Até tinha um grupo de cariocas bagaceiros provocando vergonha alheia, como sempre, mas não eram gatinhos. Lá pelas tantas, um gringo tentou nos subornar. Ele queria nossos colchões... Depois de confirmarmos que eram apenas os colchões, fomos embora (brincadeira, a gente já estava indo, mesmo antes do suborno).
Como tem coisas que só acontecem conosco, o carro simplesmente deu pau... Mas na porta do P12 ninguém merece, rs. Chamamos o guincho e saímos de Jurerê internacional na boleia de um caminhãozinho enquanto o corsinha preto ia, confortavelmente, na traseira... Morremos num dinheiro. Mas... mais histórias para contar.
Semana que vem, iremos para Porto Seguro... Imagino que eu vou ter que fazer um “Relatos – parte II “ , porque se aqui em Floripa que nada acontece nunca, aconteceram tantas coisas de repente, imagina o que não terei para contar sobre a Bahia... Meu Deus. Medo, medo... RS

Bom, gente, por enquanto é isso... Ficarei ausente por uns dias. Vou curtir umas férias na BA e só postarei quando voltar.
Beijos e beijos.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

conjunções...

Por que será que têm umas pessoas que nos chamam a atenção e outras que não ??
Queria taaaanto poder escolher quem eu quero e quem eu não quero... Queria também que as coisas fossem mais práticas, do tipo: "Eu te quero, logo, você me quer". Conjunção coordenativa CONCLUSIVA. Não seria tudo muito perfeito ?? Eu acho... rs
Hum... o que será que se passa na minha mente para escrever isso, hein ?? Vai saber...

sábado, 2 de janeiro de 2010

Sobre o perdão

O tema surgiu não apenas porque é início de um novo ano, mas principalmente porque o ato de perdoar é algo muito forte em mim. Confesso que muitas vezes nem gostaria que ele fosse tão latente assim. O que quero dizer é que tenho dificuldades para manter na mente aquilo que o outro me fez de errado. Geralmente, as ações alheias apagam-se de tal forma que parece que elas nunca existiram. E às vezes manter o rancor é uma forma de proteção orgânica para que não aconteça novamente, e justamente por isso muitas vezes me sinto meio desprovida desta defesa natural.

A questão é que nunca saberemos se acontecerá novamente ou não, nem as coisas boas e nem as coisas ruins que nos fazem. É o eterno clichê: a vida é uma caixinha de surpresas. Nós não podemos prever se aquele amigo vai nos magoar algum dia, se o nosso companheiro vai nos trair ou se nosso irmão vai nos apunhalar pelas costas. Diz o ditado que apenas os amigos nos ferem realmente, até porque aos inimigos não damos esta chance, uma vez que vivemos na constante espera de que eles atentem contra nós. Sim, acreditem, apenas aqueles a quem amamos são capazes de nos ferir. E eu confesso ter muito medo desta afirmação.

Quando alguém me magoa ou me desaponta, fico triste. Mas não pelo ato cometido por esse alguém. Geralmente o que mais me dói, além da traição, é pensar no quanto eu fui responsável, é pensar na minha parcela de culpa. Porque sim, nós sempre temos uma parcela de culpa, afinal, as pessoas só fazem conosco aquilo que permitimos que elas façam... Fico mal não pelo ato dela, repito, mas pelo meu ato. Pelo meu ato de permiti-la perto de mim, pelo meu ato de amá-la e principalmente pelo meu ato de perdoá-la. Existem algumas pessoas em minha vida que eu não gostaria de ter perdoado, mas perdoei. Mais de uma vez até. Nunca quis carregar comigo o peso do ódio, do rancor. Aprendi há muito tempo que a mágoa causa câncer, físico e emocional... e eu nunca quis isso para mim... Por isso, mesmo nos casos em que mais de uma vez aceitei as desculpas, não me arrependo de assim tê-lo feito.

Todas as vezes que eu proferi a frase “eu te desculpo”, houve sinceridade. Nunca disse isso da boca pra fora, nunca disse se realmente não viesse do meu coração. Lembro-me de apenas um caso em que disse não ser capaz de desculpar “naquele momento”, mas que o faria assim que fosse possível, como foi logo em seguida. Muitas vezes, minhas amigas esforçavam-se para me lembrar das dores causadas na esperança que eu dissesse “eu não perdôo você. Suma da minha frente.” Mas isso nunca aconteceu. Talvez elas pensassem que já que sou tola e desprovida, elas poderiam ser a minha proteção...

Em contrapartida, existem na minha vida pessoas que nunca permitiram a minha remissão, que simplesmente me crucificaram e consolidaram o seu julgamento sobre mim, sem nem ao menos saber se era verdade ou não o que lhes fora dito. Paciência. Sei que não sou perfeita e em trinta anos de vida, com certeza, devo ter magoado algumas pessoas, mas nunca, nunca mesmo, foi intencional. Entretanto, esta é a parte que as pessoas não acreditam.

Fico pensando no quanto pesa carregar no peito, nos ombros, no coração e na alma um peso morto... Será que realmente você deseja levar esse ódio até o fim da sua vida? Acho que não vale à pena. E não basta dizer “eu te perdôo” é preciso sentir... é preciso esquecer aquilo que lhe foi feito... Já dizia o Mestre, perdoar é oferecer a outra face, é dar ao outro uma segunda, terceira, quarta chance... Mas no mundo de hoje, isso se chama “burrice”... O mundo hoje não está preparado para aqueles que aceitam as falhas humanas e acreditam em uma mudança de postura. Burrice ou inteligência, chamem como quiser, o que sei é que não é correto tomar todos os dias um gole de veneno. É preciso encarar a dor, reerguer-se e tocar a vida.

Dor sempre haverá. A diferença está em como lidamos com ela. Permitir que ela continue existindo em nosso íntimo é a maneira mais eficaz de morrer um pouquinho todos os dias. A vida é bela e curta demais, não percam tempo com a mesquinharia alheia... eu, você, nós não precisamos disso, aliás, nós somos muito mais que isso... Reflitam.

Desejo a todos um excelente final de semana e um 2010 repleto de realizações.
Um grande beijo e até a próxima.