sábado, 17 de setembro de 2011

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Antes de iniciar a leitura:
Boa parte deste texto foi censurada - já que todo mundo anda dizendo que me exponho demais por aqui - mas, na falta de algo que possa ser realmente publicado, coloco só um trechinho - e um trechinho do estilo "mais-paga-pau-impossível" rsrsrs
E sim, eu continuo muito de quatro pelo tal moreno alto. Mais e muito mais do que eu deveria até.


(...)
É estranho o que sinto por você. E o pior, essa coisa ao invés de diminuir, só aumenta. Incrível a capacidade de pensar em você em todos os momentos do meu dia... Você continua sendo o meu primeiro e último pensamento: quando abro os olhos, a primeira imagem que me vem é a sua, e antes de dormir, és a última coisa em que penso. No trabalho, em casa, na academia, não importa... tu estás tão presente em meus dias que chego a sentir raiva de como posso não estar presente do mesmo modo e com a mesma intensidade nos teus, já que ultimamente a minha vida se resume a ti.
(...)

sábado, 10 de setembro de 2011

Sobre pessoas inteligentes

Eu queria ser como algumas pessoas que conheço. Mas não sou.


Conheço algumas pessoas que gostam e desgostam com facilidade. Gostam, gostam, gostam, maaaas, se acabam o namoro, desgostam. Simples assim. Eu demoro. Demoro uma vida pra admitir – pra mim e para os outros – que estou apaixonada. E quando acaba, demoro mais tempo ainda para desapaixonar. Mesmo sabendo que terminou o relacionamento, tenho dificuldades para me desvencilhar da pessoa ainda amada.

Talvez, essas pessoas que desgostam com facilidade também sofram, mas escolhem – todos os dias – não mais sofrer ou querer alguém que não as quer mais. E eu não consigo ser assim... Saudosa que sou, perco horas do meu dia pensando em tudo o que foi vivido, idealizando e pensando como tudo seria perfeito se ainda fosse perfeito. Pobre de mim.

E estranhamente – ou infelizmente - quando eu olho ao redor, percebo que as minhas melhores amigas também são assim... E tenho pena da gente... Queria ser como aquelas outras, ou aqueles outros, que simplesmente partem de um relacionamento para outro em semanas. Podem até estar sofrendo, mas com certeza o sofrimento durará poucas semanas – ou dias - e ainda por cima não os impedirá de encontrar consolo nos braços de outros, que não os seres amados. Ah, como eu invejo essas pessoas inteligentes.

Exemplo prático: tenho um grande amigo que estava mega-ultra-super apaixonado... De repente, o romance subiu no telhado... Ele chorou horrores na primeira semana e na segunda já estava pronto para outra, marcando encontrinhos e curtindo baladinhas. Ele não deixou de amar de uma hora para outra, mas o fato de gostar de alguém que não o queria mais, não o impediu de sair e viver a vida sem a presença do ex. Assim que eu queria ser... mas eu não consigo! Por mais que eu saia de casa, passeie e viaje, meu coração fica lá, preso ao moço amado, endeusando a saudade imensa que ainda sinto dele. Conta a lenda que dor de amor se cura com outro amor, mas cadê disposição para procurar novos amores quando meu coração ainda está suspirando por alguém?

Nesse ponto eu queria ser mais macho: chorar três dias e ficar novinha em folha, pronta pra próxima. Mas logo nesse ponto, Deus me fez mulherzinha. Eu sei que todos os dias eu deveria fazer como as pessoas espertas: escolher não mais querer alguém que não me quer. Mas como? Conforme disse anteriormente, tenho dificuldade para me desvencilhar de pessoas queridas e, pra piorar, sou melodramática: adoro a dor de cotovelo, adoro o sofrer por amor, adoro o amor platônico, adoro essas coisas. Vai entender. Eu gosto de remoer, de sonhar, de pensar, de falar, de lembrar, de expor... Se me fosse possível escolher, talvez escolhesse trocar de amor com mais facilidade. Gostar, gostar, gostar. E quando terminasse, desgostar. Simples assim. Mas, do jeito que fui feita, a frase “partir pra outra” não faz o menor sentido... curto o meu luto por meses a fio, sem me incomodar, como os românticos das décadas passadas. A única explicação, então, é a ausência de um botão Liga/Desliga... Sou desprovida deste artefato. Infelizmente. Ou felizmente. Vai saber. É... realmente ainda tenho muito que evoluir...