domingo, 26 de abril de 2009

Foi assim.

Ontem à noite eu estava deitada e veio uma mensagem dele. Depois outra. Olhei, li e não respondi. Pensei: não preciso mais disso. E estava convicta desse sentimento.
Nem mesmo o "te adoro, Elem" no final do texto me fez responder. Nem que fosse apenas um "ok". Não, não quis. Preferi continuar deitada, esperando o sono que não vinha...

Ao amanhecer, resolvi que todos precisam de uma resposta - eu sempre digo isso - por isso respondi "Beleza. Até depois". Mas não foi como antes, foi frio. Frio assim como tem andado meu coração ultimamente. Sem explosões, sem bombas e sem ogivas. Simplesmente sem graça.

Hoje eu estava absorta em meus livros, quando o celular tocou. Não, meu coração não mais disparou. Atendi: "Vou passar aí. Posso ?" "Tá". Foi novamente frio. A certeza de que eu não queria mais estava em meu peito como algo que nem sei explicar ou comparar. E ele veio. Parou o carro, entrei. E a saudade reapareceu. Com uma força imensa, como se a presença dele fizesse derreter todo o gelo que cobria minha alma. Não, não foi bom. Foi horrível. Foi horrivelmente bom. Disse para ele: "estou com TPM" e isso significa: "Estou sensível, carente, precisando de colo" Mas ele não entendeu. Pra variar. Deitei no peito dele e pensei no quanto eu não tinha coragem e nem vontade de sair mais dali. Eu sabia que ao sair, a minha frieza voltaria, o meu desejo de terminar tudo voltaria. E a minha razão me diria novamente: "Elem, terminou. Pare de fingir." Mas para ele, não terminou. Para ele, está no início. Antes do início na verdade. Mas eu cansei do jogo. Cansei.

"Volto aqui mais tarde" "Não vais voltar, eu sei disso". E dizendo essa frase, levantei e fui embora sem olhar pra trás. Talvez ele tenha percebido que tem algo acontecendo. Talvez não. Talvez, ele venha ao blog ver se escrevi algo sobre isso, talvez nem tenha se importado. Não sei. Não sei mesmo. Pra mim, ele ainda é uma incógnita.

É estranho querer separar-se de alguém de quem se gosta tanto. É estranho perceber que não vale a pena insistir. Ontem um amigo meu me dizia que o amor não é o suficiente para unir duas pessoas. É preciso muito mais que isso. Na hora, eu ouvi e não entendi (ou não concordei), mas agora, entendi. E concordei.

O amor não é suficiente para unir duas pessoas. É preciso muito mais. E entre nós, está faltando justamente esse "muito mais". Sinto muito. Muito mesmo.



Continuo te amando, mas... cansei. No more games. I'm tired. So tired.

Um comentário:

Vanessa Orth disse...

Essas coisas de amor são complicadas mesmo! O amor não deveria ser tão complexo. O importante é ser feliz e continuar o caminho :)