sábado, 6 de março de 2010

Era uma vez uma menina
Uma menina que por ser tão linda foi agraciada com uma profecia
E a profecia dizia que sendo ela tão linda
Ninguém jamais seria digno dela
A menina cresceu e não entendeu
Resolveu lutar contra o destino
Buscou oráculos, sábios e deuses
Nada adiantou
Não conseguindo livrar-se de tal destino
Trancafiou-se em uma torre alta
Tão alta que ninguém jamais poderia alcançá-la
Sem perceber
Apressou o seu destino.
Apressou-o e impediu que ele se cumprisse.
O destino não queria que ninguém a alcançasse
A profecia era
"Ninguém seria digno dela"
E não "a solidão será sua companhia"
Sentindo-se impotente diante do que entendera
Achou melhor fazer o que lhe convinha
Ao tentar livrar-se do que pensava ser o seu destino
Aproximou-se do que ela mais temia
A solidão passou a ser sua companhia
Com seus muros e paredes apenas