sábado, 23 de julho de 2011

Efeito Dominó

A vida é uma coisa muito inexplicável mesmo...

Hoje ouvi duas amigas. Em momentos diferentes. Falando sobre assuntos diferentes. Aliás, elas nem se conhecem e vivem a quilômetros de distância uma da outra. Mas, as duas me fizeram pensar em como a vida da gente é muito louca. E louca não no sentido ruim da palavra, mas no sentido de que ela dá umas reviravoltas que nem mesmo a gente espera ou entende. E ela parece brincar com a gente o tempo todo. Uma espécie de programa de auditório, onde nós fazemos as escolhas e ela, a vida, nos dá o prêmio.

Fiquei pensando sobre isso. Pensando em como um simples ato pode mudar tudo. E tudo não só na nossa vida, mas na vida de muita gente que está ao nosso redor e na vida de gente que nem chegamos a conhecer. Um não - ou um sim - que você dá lá trás, vai modificar uma série de coisas lá na frente. Me vem à cabeça uma imagem de efeito cascata quando penso nisso... Quase vejo as milhões de cenas sendo modificadas por uma única decisão - pensada ou não - que foi tomada.

O não que você deu pra aquele menino fez com que ele buscasse consolo no colo de outra menina. Menina esta que aceitou o colo. Pronto. Uma palavra foi o bastante, mudou o destino de vocês três. Vão se apagando, então, as imagens de vocês dois como num filme sendo rebobinado... Ele não mais passeou de mãos dadas com você, não mais te beijou no portão de casa, não mais disse que te amava naquela primeira noite juntos. E por consequência, outro filme começou a se desenrolar... Ele beijou a outra menina. E eles namoraram, noivaram, casaram. E eles fizeram aniversários de casamento, tiveram filhos, envelheceram. E você, no seu filme paralelo? Você cresceu, morou em vários lugares, se tornou uma mulher independente, amadureceu, namorou outros, separou-se. Destinos mudados porque lá trás você disse aquele não. Mas, e como teria sido se tivesse dito um sim? Todos os abraços e beijos, todas as juras de amor, todas as festas que vocês foram como casal, tudo isso teria sido real. Mas em compensação, todas as suas festas de faculdade, todos os meninos que você beijou e se apaixonou, todas as pessoas e lugares que você conheceu, nada disso teria existido também... E então, como saber qual a melhor escolha?

E se pudéssemos prever quais as consequências dos nossos atos e assim mudar o rumo da nossa vida? E se EU não tivesse dado aquele beijo naquele ônibus? Não teria me apaixonado, não teria largado o lugar onde eu vivia, não teria feito tantos planos, não teria mudado pra Florianópolis, não teria conhecido tantas coisas que eu conheci. Mas eu dei o beijo. Eu me apaixonei, eu acreditei, eu também andei de mãos dadas, eu jurei amor eterno, eu tive uma vida em comum com alguém. Repito: é uma cascata, um efeito dominó... Um "E SE" muda tudo. Na minha vida, na sua, na vida de tanta gente. Pessoas nasceram e outras deixaram de nascer por um simples ato nosso. Incrível isso, mas é verdade. Seria esse o tal do livre arbítrio contrário ao destino já escrito nas estrelas?

Cada escolha, um renúncia. A única coisa certa nisso tudo é que não dá pra prever o que virá depois e a graça é justamente essa. Essa é a grande ironia da vida: ser uma caixinha de surpresas... É o animador fazendo você escolher a todo momento entre o sim e o não, entre o certo e o errado, entre o ir ou ficar. E você sempre ali, torcendo pra fazer a melhor escolha, pra tomar a melhor decisão. No final das contas, o grande lance é escolher e apostar que sua decisão dará certo. E mais do que isso, é FAZER dar certo a escolha que você fez, sem mágoas, rancores ou remorsos. É olhar pra trás e ver o lado bom de tudo o que aconteceu. É principalmente viver, como se daquela escolha dependesse a sua real felicidade. Porque até onde sei, realmente depende. Afinal, a vida é feita de escolhas. E ser feliz também é uma decisão. Diária, inclusive.

"Você pode ser feliz com a vida como ela é, ou passar todo o seu tempo se lamentando pelo que ela não é. A escolha é sua." Martha Medeiros

Pensem. Escolham. Decidam. Sejam felizes.
Um grande beijo e boa semana!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Crise dos Trinta

Oi.

Contei que eu fiz aniversário? Pois é, eu fiz. Incrível como os anos têm passado tão rapidamente... Lembro que quando comecei escrever aqui eu não tinha nem 30 e agora já passei dos... Às vezes, fico pensando: a idade mudou, mas e na minha vida, o que mudou? E pensar nisso me deixa muito tensa porque sinceramente não tenho visto grandes mudanças, além das rugas que insistem em aparecer no meu rosto dia após dia e nos fios brancos que me obrigam a ficar cada vez mais loira... rs

Cara, envelhecer é horrível. Não me venham com esse papo de que não é, porque é sim. Eu odeio ver que a cada dia que passa minha pele fica com menos firmeza, que meu rosto se torna mais marcado e que meus cabelos se tornam mais brancos. ODEIO! E sabe o que é pior? É pegar fotos de três anos atrás e ver que essas mudanças se instalaram literalmente de uma hora para outra. Isso é o pior de tudo...

Aí, semana passada, estávamos discutindo sobre isso, sobre a diferença entre idades. E uma amiga dizia que ela via muita diferença na mulher de 40 anos. Dizia ainda que é impossível não notar diferença entre uma mulher de 40 e um cara de 35, coisa que, segundo ela, já não acontece quando a mulher tem 30 e o cara 25. Eu discordei, óbvio. Porque, ao meu ver, essa mudança drástica já aparece nos 30. Quando vejo uma mulher de 30 e um cara de 25, mesmo que seja eu e o meu gatinho, vejo uma incrível diferença entre eles. Acho que quando a mulher faz 30 anos, um outdoor passa a ser visualizado em sua testa dizendo "TENHO TRINTA". E isso não só comparando com meninos de 25, não... Tenho amigas que ainda estão na casa dos 20 - mesmo sendo 26 ou 27 - e vejo uma diferença incrível entre elas e o time das trintonas, do qual eu faço parte.

Claro que não estou falando de cabeças (ou estou?), estou me referindo ao físico mesmo... Apesar da minha amiga dizer que se acha muito mais bonita hoje, aos trinta, eu ainda insisto na tese de que são belezas muito diferentes... Não dá pra comparar a beleza de uma guria de 20 com a de uma mulher de 30. A maturidade também é bonita em alguns aspectos. Mas, especificamente agora, neste relato, estou falando sobre diferenças que noto em meu corpo, na minha pele, no meu cabelo, no viço... E são essas diferenças que acho cruéis. E nesses aspectos, nem adianta reclamar, claro que as mocinhas de 20 ganham... As de trinta ganharão em outros, como independência, liberdade sexual, grana e blá blá blá.... rs

Geralmente, as pessoas me dão 28 anos, e se fosse pela minha idade mental, sei que teria até menos que isso aí. Mas quando eu me olho no espelho ou vejo o meu reflexo até mesmo na tela do notebook, sei que estou longe dessa idade... As minhas marcas de expressão insistem em me dizer que já vivi alguns anos a mais que 28.... E outra, às vezes fico pensando que estou em uso há mais de trinta anos e que só esse fato insólito já me transforma em um ser velho. Aff. E quando estou realmente deprimida com esse assunto, o tal do Sérgio Reis dá o tiro de misericórdia dizendo: "Ela é madura / já tem mais de trinta anos / mas para mim o que importa é a pessoa / não interessa se ela é coroa / panela velha é que faz comida boa". Porra, Serjão! Coroa com trinta anos?? Será que alguém já mandou ele se ferrar??? rs

Fato é que a idade chega pra todo mundo. Pra quem tem grana, esticar é a solução. Pra quem não tem, como eu, a solução é... ainda não sei. Talvez, eu devesse parar de me envolver com os novinhos de 25 e devesse começar a sair com homens de 38, 40... Quem sabe assim eu me sentiria mais nova... Afinal, nem mentir idade tá dando mais... Passei dois anos fazendo trinta anos, acho que agora não dá mais pra enrolar, a galera já percebeu... Vou começar então a dizer que fiz 31... Será que cola? rs

Bom final de semana pra todos!!

domingo, 3 de julho de 2011

Insistir ou não, eis a questão

A vida (amorosa) não tem fórmulas, essa é a verdade.
Em mais uma tarde em companhia das amigas, filosofávamos sobre isso: sobre a falta (ou não) de fórmulas na vida. Você faz tudo certo, conforme manda o figurino e nada. Você nunca segue o script e, veja só, lá está você namorando. Vai entender. A verdade é que existem pessoas que realmente têm facilidade para encontrar parceiros. E outras, não. Independente de como agem.
O estopim da conversa foi encontrar uma cidadã, conhecida nossa, com um novo namorado na balada. Até aí nada de estranho. E realmente não teria nada de anormal se essa mesma moça não tivesse ficado viúva há pouquíssimos meses - e quando eu digo pouquíssimos, são pouquíssimos mesmo... Ninguém a julgou, claro. Julgamos a nós mesmas, afinal, o problema deve estar na gente... Ficamos falando sobre isso. Qual o nosso problema então?
Mais uma vez ouvi que estamos solteiras porque nós escolhemos demais, porque nós somos muito exigentes, porque nós não damos chances pro caras, porque nós não insistimos o suficiente... peraí: insistimos? Como assim? Desculpe minha ignorância, mas não entendi o último verbo... Como assim, não insistimos? Quer dizer que eu tenho que INSISTIR para ficar com alguém? É, realmente ainda não estou preparada pra isso...
Eu sei, eu tenho o péssimo hábito de não correr atrás de ninguém. E não por orgulho não, mas sim por achar que se o cara está a fim, ele está a fim. Se não, não. Simples assim. Eu não compartilho a ideia de que vou conseguir fazer alguém se apaixonar por mim, não acho que isso combine com a minha personalidade... Ou o cara quer ou o cara não quer. Pra mim é simples assim. Uma coisa que tenho aprendido na vida é isso: quando um homem está a fim de uma mulher ele fica com ela. Não interessam os amigos, o passado da cidadã, a família... Nada impede um cara quando ele quer ficar de verdade com uma mulher (lembrei aquela música When a man loves a woman...).
Se o cara quiser mesmo a moça em questão, ele vai romper com os amigos, com a família, com o c** a quatro. Se ele realmente se apaixonar, vai terminar casamento de anos, abandonar os filhos, viajar pra Lua. Maaaas, isso tudo só acontecerá SE ele se apaixonar de verdade... E eu, sinceramente, não estou aqui pra ficar insistindo em fazer o cara se apaixonar por mim, pelo amor de Deus.
Mas voltando ao assunto, tem gente que realmente tem facilidade em encontrar parceiros. Conheço umas meninas assim, que mal terminam com um e já estão com outro. Ou outros. Não sei como funciona isso... Não tem período de luto pelo término do namoro anterior? Eu sempre quero ficar um tempo sozinha quando saio de um relacionamento... saindo por livre espontânea vontade ou por livre espontânea pressão, tanto faz. Sempre preciso de um tempo pra me achar novamente... Mas tem gente que parece não precisar disso... emendam um namoro no outro na mais perfeita naturalidade... Na próxima vida, quero ser assim, anotaí, rs... E, olha, isso não tem nada a ver com beleza, hein... Que fique bem claro que eu não estou falando de nenhuma Giselle Bündchen, não...
Enfim. A questão é que essa foi mais uma conversa sem solução, sem final. Não adianta ficar pensando no que fazemos de certo ou de errado. A vida não tem roteiro, relacionamentos não têm receita. Essa é a verdade. Posso fazer tudo certinho, do jeito que o cara espera e não conseguir ganhar o coração do menino. E por outro lado, posso ser a mais louca de todas e, veja que estranho, ouvir "me apaixonei por você pelo seu jeito louco de ser". Vai entender. Não, não tem receita, fato. E já que não tem, continuarei por aqui com meus rolinhos, esperando por aquele que um dia, finalmente, arrebatará meu coraçãozinho e me fará querer crescer e virar adulta, com relacionamentos e tudo mais. Mas enquanto isso não acontece, vou seguindo a vida. Que anda muito bem, obrigada, do meu jeitinho, mas bem boa... =)
Beijos e boa semana!