quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Tired
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Quinto pecado capital: a inveja

Rehab
domingo, 16 de outubro de 2011
Coming back
sábado, 17 de setembro de 2011
XXX
Antes de iniciar a leitura:
Boa parte deste texto foi censurada - já que todo mundo anda dizendo que me exponho demais por aqui - mas, na falta de algo que possa ser realmente publicado, coloco só um trechinho - e um trechinho do estilo "mais-paga-pau-impossível" rsrsrs
E sim, eu continuo muito de quatro pelo tal moreno alto. Mais e muito mais do que eu deveria até.
(...)
É estranho o que sinto por você. E o pior, essa coisa ao invés de diminuir, só aumenta. Incrível a capacidade de pensar em você em todos os momentos do meu dia... Você continua sendo o meu primeiro e último pensamento: quando abro os olhos, a primeira imagem que me vem é a sua, e antes de dormir, és a última coisa em que penso. No trabalho, em casa, na academia, não importa... tu estás tão presente em meus dias que chego a sentir raiva de como posso não estar presente do mesmo modo e com a mesma intensidade nos teus, já que ultimamente a minha vida se resume a ti.
(...)
sábado, 10 de setembro de 2011
Sobre pessoas inteligentes
Eu queria ser como algumas pessoas que conheço. Mas não sou.
Conheço algumas pessoas que gostam e desgostam com facilidade. Gostam, gostam, gostam, maaaas, se acabam o namoro, desgostam. Simples assim. Eu demoro. Demoro uma vida pra admitir – pra mim e para os outros – que estou apaixonada. E quando acaba, demoro mais tempo ainda para desapaixonar. Mesmo sabendo que terminou o relacionamento, tenho dificuldades para me desvencilhar da pessoa ainda amada.
Talvez, essas pessoas que desgostam com facilidade também sofram, mas escolhem – todos os dias – não mais sofrer ou querer alguém que não as quer mais. E eu não consigo ser assim... Saudosa que sou, perco horas do meu dia pensando em tudo o que foi vivido, idealizando e pensando como tudo seria perfeito se ainda fosse perfeito. Pobre de mim.
E estranhamente – ou infelizmente - quando eu olho ao redor, percebo que as minhas melhores amigas também são assim... E tenho pena da gente... Queria ser como aquelas outras, ou aqueles outros, que simplesmente partem de um relacionamento para outro em semanas. Podem até estar sofrendo, mas com certeza o sofrimento durará poucas semanas – ou dias - e ainda por cima não os impedirá de encontrar consolo nos braços de outros, que não os seres amados. Ah, como eu invejo essas pessoas inteligentes.
Exemplo prático: tenho um grande amigo que estava mega-ultra-super apaixonado... De repente, o romance subiu no telhado... Ele chorou horrores na primeira semana e na segunda já estava pronto para outra, marcando encontrinhos e curtindo baladinhas. Ele não deixou de amar de uma hora para outra, mas o fato de gostar de alguém que não o queria mais, não o impediu de sair e viver a vida sem a presença do ex. Assim que eu queria ser... mas eu não consigo! Por mais que eu saia de casa, passeie e viaje, meu coração fica lá, preso ao moço amado, endeusando a saudade imensa que ainda sinto dele. Conta a lenda que dor de amor se cura com outro amor, mas cadê disposição para procurar novos amores quando meu coração ainda está suspirando por alguém?
Nesse ponto eu queria ser mais macho: chorar três dias e ficar novinha em folha, pronta pra próxima. Mas logo nesse ponto, Deus me fez mulherzinha. Eu sei que todos os dias eu deveria fazer como as pessoas espertas: escolher não mais querer alguém que não me quer. Mas como? Conforme disse anteriormente, tenho dificuldade para me desvencilhar de pessoas queridas e, pra piorar, sou melodramática: adoro a dor de cotovelo, adoro o sofrer por amor, adoro o amor platônico, adoro essas coisas. Vai entender. Eu gosto de remoer, de sonhar, de pensar, de falar, de lembrar, de expor... Se me fosse possível escolher, talvez escolhesse trocar de amor com mais facilidade. Gostar, gostar, gostar. E quando terminasse, desgostar. Simples assim. Mas, do jeito que fui feita, a frase “partir pra outra” não faz o menor sentido... curto o meu luto por meses a fio, sem me incomodar, como os românticos das décadas passadas. A única explicação, então, é a ausência de um botão Liga/Desliga... Sou desprovida deste artefato. Infelizmente. Ou felizmente. Vai saber. É... realmente ainda tenho muito que evoluir...
domingo, 21 de agosto de 2011
Cavernas
Dizem os mais sábios que em uma relação há sempre aquele que domina e aquele que é dominado. Dizem também que por sermos assim, nunca devemos demonstrar por completo o que sentimos pelo outro.
Dizia-me uma amiga que o homem conserva, até hoje, o instinto caçador que nele existe desde o tempo das cavernas. E isso significa dizer que ele, o homem, esse ser tão absurdamente primata, ainda hoje mantém o seu desejo por presas. Especialmente as novas. Ou aquelas que ele considera novas. Dizia-me ainda a tal amiga que nunca, jamais uma mulher deve deixar que o (seu) homem saiba o que ela sente por ele. Nunca, continuava ela, um homem pode saber que a (sua) mulher o ama acima de qualquer coisa e que por ele faria qualquer coisa.
Não acredito que isso seja um privilégio masculino, mas sim um privilégio (???) da raça humana. Todo ser humano, homem ou mulher, é assim. Basta saber que alguém estará sempre ali, à espera, para deixar esse serzinho de lado. Mesmo que inconscientemente. Afinal, ele sempre estará por ali mesmo. Porém, a qualquer sinal de desinteresse ou frieza, parece que o velho eu-primata ouriça os pelos e acende uma luz de alerta, deixando o tal ser dominante extremamente à mercê do outro, o dominado. As posições se invertem. Em outras palavras: se você caga pra alguém, esse alguém corre atrás de você; se você corre atrás de alguém, aí o tal alguém cagará para você.
O ser humano é assim. Gosta daquilo que não tem. Pelo menos não por completo. O ser humano gosta da caça, da conquista, da busca. A partir do momento em que ele sente que tudo está na mais perfeita ordem, na mais perfeita paz, no mais perfeito controle, já era. É preciso o tempo inteiro estar buscando, estar com a pulga atrás da orelha, estar com aquela sensação de “será que ela(e) me ama mesmo?”. A dúvida, apesar de tudo, ainda é um grande fetiche, queiram vocês ou não.
Veja, não estou aqui fazendo apologia à insegurança ou desconfiança. Longe disso. O que quero dizer é que não adianta ficar correndo atrás de ninguém o tempo inteiro. Isso cansa. Pode perceber: quanto mais se corre atrás de alguém, mas esse alguém escorrega pelos dedos. E por outro lado, quando se deixa um “quezinho” de dúvida, o ser amado, desejado, idolatrado sempre fica por ali, marcando presença e mostrando que sim, ele é o melhor que se pode conseguir em mil anos de evolução...
Ah, como seria bom se juntamente com a Teoria da Evolução das Espécies viesse também a Teoria da Evolução das Mentes... No fundo, homens e mulheres são seres ainda não muito racionais. Querem - e precisam - ser amados, mas se se sentem amados em tempo integral, se cansam e querem novas emoções. Querem e precisam amar, mas se amam, temem demonstrar esse sentimento. E se demonstram, correm o risco de afastar o outro ser envolvido. Se não demonstram, o risco é o mesmo... Oh, coisinha complicada essa!!
Qual a solução então? Não sei... O que tenho visto - e aprendido - é que quanto mais nos mostramos entregues, mais vulneráveis ficamos. E quanto mais vulneráveis, mais chances temos de nos machucar. Mas, me explica, como não ficar vulnerável quando o coração da gente está completamente tomado??? Essa pergunta eu também não sei responder... Talvez, mais uma vez, a solução seja o tal do meio termo... Nem tanto, nem tão pouco... Não correr tanto atrás, mas também não deixar de lado. Não paparicar o tempo tempo, mas também não deixar o outro desolado. Seria então a filosofia do Morde-Assopra?? Hum... Acho que o grande lance é saber dosar presença e a ausência, certeza e dúvida, entrega e resguardo... Maaas, alguém aí sabe como se faz isso??? Se alguém souber, ótimo. E se alguém não souber, bem-vindo ao clube! E quem descobrir, por favor, me conte... Ando realmente precisada... hehehe
Um grande beijo e boa semana para vocês!
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
You don't understand
Descobri que o nosso problema é timming. Você é rapidinho demais e eu devagar demais. Eu demoro para entender, pra criar coragem, pra te olhar, pra responder... E você? Você olha, abraça, beija, fala e sai em uma fração de segundos. Você me deixa tonta e sempre me surpreende com suas frases desconcertantes. Como alcançar você? Como andar ao lado de alguém que está sempre com tanta pressa?
Eu demoro dois meses pra aceitar seu convite, uma semana para entender a sua jogada de charme, um dia inteiro pra praticar o que vou te dizer e cerca de duas horas pra escrever uma mensagem que eu nem vou enviar. Você, porém, tem gana, pressa. Está sempre correndo. Você não entende a minha maneira calma de comer, a minha mania de olhar pro lado antes de responder às suas perguntas, o meu jeito de querer ficar apenas encostadinha em você enquanto assistimos a um filminho infantil... Eu preciso desse tempo de aproximação, preciso para me sentir segura, mas você não entende.
Não entende porque pra você as coisas são velozes demais. Uma semana é tempo demais. Um dia é tempo demais. Trinta minutos é tempo demais. Você não tem paciência pra me esperar ou me deixar relaxar ao seu lado. E no meio tempo entre você se aproximar e eu permitir a aproximação, você já partiu pra cinco outras diferentes. Cinco outras que não esperam nada, que só enxergam a carne exposta. Sim, você tem pressa. Você não tem tempo a perder com alguém que demora tanto para decidir algo.
O que você não entende é que eu já decidi, mas te contar a decisão demora mais alguns dias. Ou semanas. Ou meses. E eu queria que você entendesse que a minha lentidão é só medo. É medo do seu relógio ultra-sônico, medo da sua fugacidade, medo de ME permitir à sua presença. Medo de dizer um sim com todas as letras e depois me arrepender. Porque pra mim, presenças são importantes... E por isso eu gosto de ir com calma, porque não, eu não enxergo só a carne exposta. Eu enxergo você. Por inteiro... Mas isso você também não entende. A sua pressa nunca vai te deixa entender.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
O texto da discórdia
sábado, 23 de julho de 2011
Efeito Dominó

"Você pode ser feliz com a vida como ela é, ou passar todo o seu tempo se lamentando pelo que ela não é. A escolha é sua." Martha Medeiros
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Crise dos Trinta

domingo, 3 de julho de 2011
Insistir ou não, eis a questão
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Sobre crianças
Como os dias andam bonitos... =)
Não sei sobre o que quero falar hoje. Talvez eu devesse falar sobre como é incrivelmente gostoso trabalhar com crianças. Ontem eu estava pensando sobre isso... Como elas nos fazem bem, apesar de serem os seres mais cruéis da face da Terra... =)
Criança não tem medo de nada. Ela não tem medo de carinho, não tem medo de sorrir, não tem medo de chorar, não tem medo de ousar, não tem medo de fazer tudo o que tem vontade. E se ela não faz nada disso, tem alguma coisa errada.
Eu leciono para várias idades: desde o quarto ano (8, 9 anos) até a 3ª série do Ensino Médio (16, 17 anos), por isso, vejo quase todas as fases dessas pessoinhas “futuro da nação”... E vou te dizer... de todas as fases, a que acho mais gostosa é a infância. Tudo bem, eu sei, crianças gritam, têm a voz esganiçada, choram por qualquer coisa e criam caso o tempo todo porque "alguém roubou a borracha”, mas elas são fofas. Eu as adoro e, acredite, descobri isso há muito, muito pouco tempo...
Adoro quando eu chego na escola e elas vêm correndo me abraçar, antes mesmo de entrar na sala. Aliás, quantas vezes eu nem tenho aula com elas, estou indo pro Ensino Médio ou pra outros lugares da escola e elas vêm agarradas pela minha cintura, me contando as últimas novidades ou apenas me enchendo de beijos. Adoro chegar na sala e elas virem todas em cima de mim, ao mesmo tempo, falando sem parar, me deixando zonza e quase me derrubando de tanto abraço misturado com assuntos novos - aliás, de onde elas tiram tanto assunto?? Não sei...
Ontem, eu parei por um momento e fiquei observando-as com um pouco mais de calma. Elas sentem o que a gente sente, é incrível. E elas percebem tudo o que acontece conosco, afinal, nos observam o tempo inteiro. Aprendem o tempo todo com o que veem - coisas boas e ruins - e dizem tudo o que sentem, não importa se você quer ouvir ou não...
No final da aula, as meninas sempre gostam de ficar arrumando os meus cabelos. E os meninos sempre gostam de me contar as histórias mais mirabolantes do mundo. E eu gosto. Gosto dos penteados novos que ganho todos os dias e gosto de ouvi-los, com toda sonoplastia e interpretação dignas de Oscar... Gosto da forma genuína como elas demonstram amor, não com presentes caros ou estardalhaço, mas com o que realmente importa... Gosto de sentir o quanto sou querida e admirada por eles, os meus pequenos, mesmo sendo eu quem sou: a crazy girl. Mas e daí?? Eles ainda não aprenderam a julgar as pessoas apenas pela embalagem...
Descobri que tenho aprendido muito com aquelas pessoinhas em miniatura. Tenho aprendido a ser mais gentil, a ser mais carinhosa, a ser mais sincera, a ser mais otimista, a ser mais solidária... Tenho aprendido com elas que a vida é muito legal e por isso tem que ser vivida sem stress, e que se eu amo alguém de verdade, devo demonstrar isso. E não importa quem é a pessoa e nem muito menos porque eu a amo. Importa que eu a amo e que preciso demonstrar isso! Afinal, para as crianças o tempo é uma coisa tão abstrata que não adianta pensar muito no que vem depois... Aliás, vem algo depois??
Às vezes, fico pensando que um dia elas vão crescer... e fico tentando prever que tipo de adulto elas serão... Se permanecerão com aqueles corações lindos, se continuarão tão dispostas, se ainda saberão respeitar os mais velhos, se ainda demonstrarão o que sentem sem medo, se, se, se... Gostaria que ficassem assim para sempre, do jeitinho que são hoje, mas sei que é impossível. Então, o que peço é que continuem como agora... tão amáveis. Por dentro e por fora. E que, principalmente, continuem ensinando tantas coisas boas às pessoas ao seu redor.
Depois que eu descobri esse tesouro, ficou mais fácil entender porque os pais amam tanto os seus filhos...
E, confesso, enquanto escrevo isso, estou me lembrando de vários rostinhos, vários sorrisos e várias vozinhas finas perguntando: "Elem, hoje a gente tem aula contigo?" Ai, e elas nem sabem como são importantes para mim...
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E a eterna dúvida permanece: na relação professor x aluno, quem aprende mais: aquele que está a frente da turma, com seu guarda-pó, ou aqueles pequeninhos que nos observam com seus olhinhos brilhantes e com as suas mentes pipocando de curiosidade?? Eu já decidi o meu voto... e você??
sábado, 18 de junho de 2011
Confuso, como sempre.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Consciência

domingo, 12 de junho de 2011
"Eu sei, mas não devia."
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Sobre um tal moreno alto...
domingo, 8 de maio de 2011
Feridas

quinta-feira, 14 de abril de 2011
Texto para meninos
domingo, 27 de março de 2011
Ela, a dor
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Medidas Desiguais
O problema do amor é que quando ele acaba, nunca acaba para ambas as partes simultaneamente.
Você ainda tem várias coisas a serem ditas e sabe que ninguém mais quer ouvi-las. Você ensaia todas as frases que gostaria de falar pra ele, pensa em encadernar todos os textos tolos que você escreveu e enviá-los via Sedex para o ser amado, pensa em ir até o dito cujo chorar, gritar, espernear e tentar convencê-lo de que o seu amor é o suficiente para os dois. Sim, você ainda tem muito a dizer, mas a realidade é que ele não quer mais ouvir. E mesmo se ouvisse, num recado deixado na secretária eletrônica, por exemplo, ele não daria a importância devida.
E você se pergunta para onde pode ter ido todo aquele amor que ele dizia sentir. Sumiu? Acabou? Como sumiu? Como acabou? Que raio de sentimento é esse, o amor, que ao invés de existir a dois, insiste em ser unilateral? Por que ele sempre surge quase que concomitantemente, mas, na hora de ir embora, ele só se vai da vida de um dos envolvidos? Se isso é o tal do sentimento nobre, não quero nem pensar em como são os “não-nobres”...
A medida dele acabou. E você, que ainda tem a sua bem cheia, de repente, se agarra a desculpas que te confortam: diz que é carma de outra vida, diz que é um tempo, mas que voltarão e terão um happy end, diz que ele te ama, mas que algo sério deve ter acontecido... Coisa nenhuma. Se ele não está contigo é porque a parte dele acabou, a porção mágica de amor que havia nele terminou antes, bem antes, que a sua. Quer saber? Não é carma, não é história de filme, não é a mãe dele: ele não te ama mais e pronto. Aceite isso e viva com a sua dor, sonhe com a sua dor, sofra com a sua dor, chore com a sua dor. Já dizia a Marisa Monte “a dor é minha e de mais ninguém”... Sim, a dor é sua. Unicamente sua.
Quer saber o que eu acho? Acho que o amor é um egoísta que ri de nossas caras. Ele ri quando resolve brincar de “não quero mais” e vai embora deixando que alguém se ferre sozinho, deixando alguma pobre criatura se perguntando o que fazer com aquela bosta de sentimento gigante que ainda existe dentro dela... Ele ri. O amor ri, o outro ri, o mundo ri. E vc? Você chora, sofre, pragueja e deseja que o mundo inteiro pague por aquela dor que você não suporta mais sentir... E além de tudo, ainda tem as malditas palavras, aquelas que você sonha dizer ao outro todos os dias, mas sabe que elas simplesmente minguarão em sua garganta, secarão e serão engolidas uma a uma à força porque ninguém, ninguém quer saber. O outro não quer saber. E dói saber disso. Dói saber que o seu choro é em vão, dói saber que ele nem pensa mais em você, dói saber que ele continua vivendo como-se-nada-tivesse-acontecido. Dói e dói pra caralho. Até que um dia você se acostuma à dor e até passa a achar que ela será sua companheira eterna... e talvez até venha a ser mesmo.
E você segue, ou tenta seguir, ou finge seguir, ou finge tentar, sonhando e desejando ardentemente despejar em cima do outro, daquele que te abandonou, todas aquelas promessas de séculos atrás: “você prometeu me amar eternamente! Seja homem e cumpra sua promessa!!” Não importa se você encontrá-lo hoje ou daqui a 20 anos, você ainda assim quererá esbravejar tudo o que foi engolido goela abaixo por você... Mas não, ele não cumprirá nada... não há nenhum contrato que o obrigue a amá-la eternamente.... O amor sumiu, acabou, fugiu, foi pra PQP... E ninguém jamais poderá explicar o porquê disso...
Ele não te ama mais, ele não vai voltar, você não vai dizer nada, ele não vai ouvi-la e nem muito menos se convencer. O amor dele acabou e o seu não. O que fazer? Reaprenda a viver... ninguém sabe quanto tempo isso dura, o dele acabou, mas e o seu? Ainda poderá perdurar por mto tempo ou não.... se vc tiver sorte, a sua parte pode fugir assim de uma hora para outra também. Reaprenda a viver. Reaprenda a viver sem ele. Reaprenda a viver com você e encare a realidade: o amor, depois de morto, não renasce. É assim com todo mundo: medidas desiguais. Essa é a grande realidade... medidas desiguais.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Freios
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Opções
Todo término é difícil. Fato. Mas acho que pior do que a perda do dito cujo, é a perda da rotina.
Todo domingo vocês faziam a mesma coisa: ficavam em casa, agarradinhos na cama assistindo à Dança dos Famosos ou então ao Smallville. Gostavam também de ouvir e analisar as letras dos CDs do Frejat, rindo e se deliciando com os versos de amor do carioca mais romântico do mundo. Aos sábados, curtiam aquela bandinha e dançavam juntinhos sob o som de baixos e guitarras. À noite, nos finais de semana, costumavam fazer um lanchinho naquele pé sujo da esquina de casa e, durante a semana, você preparava aquela jantinha gostosa pra vocês dois... Tomavam banho, comiam juntinhos, viam o jornal e/ou a novela e depois de fazer um amorzinho gostoso (ou não) vocês dormiam de conchinha. Pelo menos nos 15 primeiros minutos. Tudo muito lindo.
Mas um dia, alguém resolveu que não queria mais essa vidinha. E só pra colocar uma linha no raciocínio, vamos imaginar que ele não quis mais essas coisinhas aí. Ele resolveu em um bendito dia e em uma bendita hora pôr os pezinhos para fora sua vida. Disse um “sinto muito e adeus” e se foi. Ótimo, ele se foi. Você pode me dizer como fica a vida e a “rotina” depois que ele se foi?
Explique-me, por favor, como continuar ouvindo o Frejat? Como ver Smallville ou a Dança dos Famosos? Como continuar fazendo as caminhadas no final de tarde na orla se aqueles eram os passeios românticos de vocês? Não, sinto informar, não tem como fazer mais. Creia-me, o problema maior não será ele ter te abandonado - coisa a que, aliás, você sobreviverá... O problema verdadeiro será ele ter levado, junto com ele, a sua vida e com ela esse monte de coisinhas que você gostava de fazer e que agora, sinto muito, você não conseguirá mais realizar.Pelo menos por um tempo.
Por um tempo será bom você se privar desses "pequenos EX-prazeres". E esse tempo será mais do que bom... ele será necessário. Porque, por mais que você gostasse de tudo aquilo, não será mais a mesma coisa sem ele. Agora, as músicas, as bandas, os programas de TV, tudo terá um outro contexto que não mais aquele que te fazia suspirar. Por isso, querida amiga, o melhor a se fazer é se afastar um pouco desses eventos. Pelo menos até a dor passar ou até a ferida cicatrizar. Afinal, a menos que você seja extremamente masoquista, você não vai querer ir ao show da banda onde vocês deram o primeiro beijo na semana seguinte ao término, vai? Ou será que pra curar a ressaca moral do término, você quererá passar o final de semana justamente naquela praia em que ele te pediu em namoro (ou casamento, sei lá)? Duvido.
Acredite, depois de um tempo, passa. Tudo passa. Eu, por exemplo, demorei muito tempo para voltar a fazer determinadas coisas e algumas tive que deletar mesmo da minha vida (não dava para continuar assistindo ao Clark Kent depois de perder duas ou três temporadas inteiras - rs). E eu, que sou a rainha das frases clichês, usarei mais uma como ilustração... Sabe aquela frase “Ah... isso me lembra tanto o fulano...." ?? Então, essa frase é real. Certas coisas te lembrarão realmente, fazer o quê? Fugir, óbvio!
O grande lance é conseguir reverter uma coisa que seria ruim (tá, uma coisa que é ruim) em algo que seja bom ou muito bom pra você... Que tal aproveitar a sua então solteirice para respirar novos ares, conhecer novas pessoas, lugares, programas e estilos musicais? “Ah, mas eu gostava daquele jeito....” Mulheres... sempre querem choramingar pelo leite derramado.. Eu sei que você gostava, mas já pensou na possibilidade de encontras novos gostos e quem sabe até um novo gato nessas novas andanças? Hein, hein?!?! Gostou da ideia, né? Eu sabia... rs Pensa assim: Vai que numa dessas de novas escolhas, aparece um novo ser que vai te trazer novas rotinas, novos cotidianos e novos seriados pra sua vida... Ui, delícia!
Garanto que depois de um tempo você conseguirá ouvir a coleção de cds novamente sem mais doer. Até vai lembrar: "Poxa, o fulano gostava desse cantor", mas não passará de uma recordação. Não doerá mais. E quando você olhar pro lado e ver o novo gatão, vai pensar: “Será que eu não tinha nada mais útil pra fazer do que ficar em casa assistindo ao Faustão nos domingos????” Vai te fazer falta nos primeiros meses? Vai, não vou te iludir. Mas depois, você tira de letra... O ser humano supera tudo... Pensemos então assim.... Tudo pode ser utilizado a nosso favor. Basta estarmos dispostas a isso. Por que eu vou ficar me lamentando porque não "posso" mais caminhar pela orla? Sabe o que farei ? Caminharei pelo parque... É assim que as coisas funcionam... E quanto a dor passar, olha que maravilha, eu passarei a ter não apenas uma, mas sim duas opções: a orla E o parque! Vamos então olhar pra frente, enxugar as lágrimas e abraçar o que a vida nos oferece. Afinal, “tudo tem o lado bom... até um pé na bunda nos atira pra frente!” Combinado então ? E morte à viuvez rotineira!!!