quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Mudança de categoria
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Namoros na era moderna
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Rihanna e eu
sábado, 5 de dezembro de 2009
Contextualizando
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Mais uma da série...
Ok. Admito... a sua ligação me desconsertou... Não deveria, mas me desconsertou... Por que insiste em reaparecer ?? Eu sabia que estava por perto...
Sempre penso em como eu gostaria que tudo tivesse sido muito diferente... Principalmente quando ouço a sua voz...
Porque ruínas são no fundo grandes construções...
Saudades. Apesar de tudo.
P.S.: Esta foi uma OUTRA ligação... Acho que vou mudar meu número... rs
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Imagens quebradas
Eu estava na cozinha quando de repente ouvi um grito. Corri para a janela para ver se alguém tinha se machucado e a cena que vi realmente me fez ligar o computador e escrever isso aqui...
Era um casal de namorados e pelo que entendi, o menino estava terminando com a menina... e ela chorava, chorava... vocês não fazem ideia do quanto... chorava e gritava e segurava o braço do garoto e pedia para ele não ir embora... Isso tudo embaixo da minha janela... Eu observei a cena por dois minutos e resolvi que não posso mais ver essas coisas. O menino encostou o rosto da menina em seu peito e ficou acarinhando os seus cabelos... ela ficou lá encostadinha, chorando alto. Soluçava até... Não sei se a cena era mais triste ou mais deprimente. Ou as duas coisas...
Esta não foi a primeira cena de choro feminino que presenciei esta semana. Logicamente, fiquei pensando no quanto eu tenho medo de me envolver com alguém justamente por isso. Inconscientemente, acho que me fecho porque não desejo passar por isso de novo... Levei anos para me curar de uma separação e sinceramente não aguentaria outra. E na minha cabeça louca, o melhor modo de não terminar um namoro é não começando... Tem muito homem FDP por aí, e pelo visto, eu os atraio...
Eu sei, isso vai de encontro a tudo que eu sempre digo aqui. Mas, no domingo, quando vi uma menina linda chorando por um amor que acabou, lembrei-me de tudo que já aconteceu comigo e entendi que é o medo que me impede de envolver-me novamente. Mas entendam bem, quando digo envolver-me, estou falando de coisas sérias, relacionamentos sólidos, essas coisas...
Eu sei, eu sei.... quem não arrisca, não petisca, mas sei lá... Meu coraçãozinho já sofreu demais nesta vida... Como falei para a Talita essa semana, todo mundo quando termina com um traste, conhece um príncipe. Eu terminei com um traste e arrumei outro... ou seja... Decidi que prefiro ficar sozinha mesmo. Mas admito, os melhores momentos da minha vida inteira foram vividos ao lado do primeiro rapaz... Culpado de todas as minhas neuras atuais, admito... (Aliás, por que mesmo você veio falar comigo esta semana ?? Continuo em seu pensamento, não é ? rs)
Enfim... Eu não gosto de sentir dor. De nenhum tipo... E me dói a alma só de lembrar de tudo... Ver as meninas chorando, trouxe à tona uma coisa que pensei já ter esquecido: o quanto é horrível chorar por alguém... amar e não ser amada... admitir que o amor chegou ao fim... perceber que as coisas não são mais como antes... Tudo isso é tão terrível que prefiro nem pensar...
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E por falar nisso, lembrei-me de uma música tosca mas que diz algo interessante – e que tem tudo a ver com o momento: “se foi para terminar por que começou ? Tinha que ser pra sempre...”
P.S.: Estou lendo “Crepúsculo”. Livro miserento... não consigo parar de ler.... Quero um Edward pra mim também... pelo menos ele é eterno... e quando ele não mais me quiser, ele simplesmente me matará... Simples assim... rs
Beijos a todos!!
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Pedaços
sábado, 31 de outubro de 2009
O coroinha
Ele era terrível. Na escola, dava nó em pingo de água e conseguia se safar sempre... Quando percebia que as explicações não eram suficientes, abria o berreiro. Chorava, chorava e como era muito branquinho, logo ficava roxo. O cabelo que já vivia pra cima, com a cena ficava ainda pior.
Fato é que ele já era uma lenda não apenas na escola onde estudava, mas também em todo o bairro onde morava e adjacências. Não era pra menos: ele já havia marcado a quadra de esportes com os seus dentes, colado as suas mãos durante uma aula de português, carimbado o traseiro de duas ou três meninas com tinta de caneta e isso sem contar o dia em que ele quis comprar um arco e flecha para acertar o gato da vizinha (alguns professores juram que ele queria mesmo era acertar algum mestre durante as aulas...). Ou seja, ele era uma lenda viva...
Ah sim, ele era terrível. Daqueles que têm cara de anjo, mas é um... prefiro nem mencionar. Não parava quieto. Todo mundo tinha vontade de amarrá-lo na cadeira ou então colocá-lo dentro de uma caixa-box com apenas uns furinhos para respiração... Todo mundo se perguntava como fazer aquela criaturinha dos céus (ou dos infernos) sossegar, mas até então ninguém tinha descoberto. Até que um dia...
Cidade do interior, sabe como é... Domingo é dia de missa e todo mundo se reúne. A missa serve mais como um grande evento social, o ponto de encontro dos moradores da região. Pois bem. Eis que em um belo domingo, uma santa professora estava lá sentadinha nos bancos paroquiais, preparando-se para o sermão semanal quando de repente se deu conta de um fato no mínimo inusitado. A igreja era a mesma, o padre, os leitores, as imagens, a mesa do sacrifício... mas havia uma coisa diferente. Bem diferente, aliás.
Um coroinha chamou-lhe atenção pelo comportamento exemplar. Tudo bem, eu sei... O amigo leitor vai dizer que todo coroinha tem o comportamento exemplar... mas não aquele. A educadora retirou os óculos, limpou-os e olhou novamente para o altar para ter certeza do que estava vendo: sim, era ele. Aquele cabelo loiro e os grandes olhos azuis não deixavam dúvidas: o menino com o incenso nas mãos era o mesmo aluno que levava a loucura até aquele ser do mundo de baixo...
O caso é que na Igreja o mocinho era realmente um anjo. Passou toda a missa quieto, fazendo tudo o que lhe era ordenado como um cordeirinho... Abismada, a professora pensou que a qualquer momento ele fosse levantar a batina do padre e sair correndo bebendo o vinho e distribuindo pão para quem quisesse, e em sua consciência "pedagógica" já começou a planejar formas de conter o dito cujo. Mas não foi isso que aconteceu... o menino era quase como uma estátua dos santos: um doce de criaturinha, pura e santa. Era isso: uma criaturinha divina!
Veja bem, querido amigo, como são as coisas... conto-lhe todas essas coisas para que não perca jamais a esperança. Se até mesmo o menino que apertou os seios das índias no museu estava agora ali, diante do olhar atento da professora, servindo de exemplo de dedicação, uma coisa fica clara para todos nós: sim, os milagres realmente acontecem. E custando a acreditar no que via, finalmente a senhorita rendeu-se ao fato raríssimo a que assistia... E ao se dar conta disso, prometeu a si mesma e a todos os santos que serviam como testemunhas que a partir daquele dia iria à missa todos os dias, até o fim de sua vida. Afinal, após presenciar a ocorrência de tão grande milagre, chegou a conclusão de que os milagres podem ocorrer a qualquer momento, sem marcar hora nem local. E diante das circunstâncias, resolveu que não quereria mais perder oportunidades... Nunca mais.
Também te amo, baby!
Hum... sem título mesmo.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Enquanto as olímpiadas não chegam...
Não, não me pergunte de quem é a culpa da cidade ter virado o caos que virou. Eu não saberei responder. Tenho alguns palpites, claro, mas quem sou eu para dizer o que se passa (ou se passou)... Só sei que a coisa vem piorando nos últimos anos e pelo que me lembro, a coisa começou há uns 10 anos mais ou menos... Digo isso porque violência, obviamente, sempre existiu, mas não nos moldes de hoje. Essa violência extremada, sem limites, começou a aparecer cerca de 10, 15 anos...
Já disse várias vezes que acho o Rio de Janeiro a cidade mais linda do mundo, e não apenas porque sou de lá. Digo isso porque a acho realmente. É uma beleza natural, com um povo carismático, caloroso e animado, ou seja, o Rio tem milhões de qualidades e infelizmente um terrível defeito: é uma cidade tomada pelo tráfico de drogas. Tomada literalmente. E a população, por mais que não queira, aprendeu a conviver com isso. Aliás, ela só consegue viver numa boa - se é que podemos dizer isso - porque aprendeu a viver com esta realidade.
Mas nem mesmo a naturalidade com que o carioca encara os tiroteios diários me impediu de ficar chocada com as cenas a que assisti esta semana. Cenas da guerra da semana passada... Será que ninguém percebe que aquilo lá não é mais uma simples brincadeira de polícia e ladrão? Vivemos uma guerra que nem civil é mais... Tanques nas ruas, helicópteros abatidos em pleno voo, tiros de fuzil, reféns ameaçados com granadas, balas perdidas a todo instante... o que é isso? Eu não sei nomear. Será que algum antropólogo sabe?
Tenho certeza que se mostrarmos cenas como essas, sem informar a fonte, a qualquer pessoa, ela diria tratar-se de alguma guerra ocorrida em algum ponto do globo. De preferência, no oriente... Afinal, esse é o único conceito de guerra que temos... Não percebemos que já vivemos e convivemos numa guerrilha todos os dias. E como em qualquer guerra, vários inocentes são mortos. Diariamente.
Não quero hoje defender nenhuma posição, só quero expressar a minha tristeza. Como uma cidade tão maravilhosa pôde ter sido entregue ao poder paralelo tão facilmente, sem que nada fosse feito? Aliás, paralelo mesmo é o governo... porque no Rio de Janeiro, o poder é o tráfico. Em segundo plano, temos o governo e forças armadas.
Causas? Várias, penso eu: pessoas incompetentes e/ou despreparadas dirigindo o serviço de segurança pública, população pacífica, políticos e polícia corrupta - a mais corrupta do país, dizem alguns especialistas - e por aí vai. Temos solução? Sinceramente eu não acredito. Eu sei que em outros lugares do mundo, cidades tão ou mais violentas conseguiram se reabilitar, Nova York é o exemplo clássico. Então por que nós não conseguiremos? Porque falta o desejo, acredito. Falta o desejo de várias pessoas que deveriam estar preocupadas com a segurança pública, mas infelizmente, estão preocupados apenas em ganhar/arrecadar grana para outros fins... Lícitos ou não.
Seria necessário uma política de tolerância zero, treinamento e capacitação profissional, repressão total e SÉRIA ao tráfico de drogas (incluindo usuários), população que não aceite mudar sua rotina por conta da violência, etc, etc, etc. Eu particularmente não vejo solução. Juro que não. Por isso fico triste... Fiquei emocionada hoje quando vi as fotos dos policiais que morreram no ataque ao helicóptero... E senti-me "vingada" ao ouvir o policial que "abateu" sem dó o bandido que ameaçava um refém com uma granada... Não que eu seja a favor da exterminação da bandidagem... Sou a favor que eles nem existam. É diferente... Penas severas fariam com que adolescentes e jovens pensassem trinta vezes antes de entrar para o mundo do crime. Ontem, assistindo a um documentário, ouvia uma menina dizer que matou uma outra com várias facadas porque ela é menor de idade e "sabe que não dá nada para quem é de menor". Entendem o que eu digo ? Tudo virou uma grande brincadeira... Uma brincadeira de matar e morrer...
Sei lá... Sinto-me ferida como carioca, e envergonhada também. O texto foi só um desabafo, um abraço solidário a todos aqueles que ainda sonham com uma cidade melhor e sofrem com a realidade atual da Cidade Maravilhosa.
Enfim... desejando que isso termine logo e que nenhuma outra cidade se torne escrava do crime organizado, me despeço por aqui. Tenhamos todos uma boa semana e que Deus nos abençoe. E paz ao mundo acima de tudo.
Um grande beijo.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Devaneios
Eu sei, envergonho-me de dizer que não quero te desculpar.
Eu sei, perdemos tempo demais alimentando picuinhas quando na realidade deveríamos pensar no quanto a vida é curta e que não vale a pena fortalecer monstros que só se servirão para nos devorar.
Eu sei de tudo isso. E você também sabe.
Mas o que fazer quando, humanamente, o desejo e a razão não se unem ? Conseguiria eu admitir que sim, te perdoaria se eu pudesse reviver nossos belos momentos ? Mas e se eu pensasse por mais dois milésimos de segundos e me desse conta de que te perdoar não mudaria nada do que passou ou passa ? Você continuaria na sua vida e eu na minha e elas não mais se cruzariam novamente... Será que eu, criatura feita à imagem e semelhança divina, seria capaz de renunciar ao meu egoísmo e te manter preso a uma eterna culpa ? Mas, penso que se eu te libertar, nunca mais avistarei as suas asas. Como odeio ser da raça humana.
Se eu fosse um ser irracional, não haveria isso. Os conflitos seriam apenas relacionados à comida e dominação de território. Não haveria sentimentos e emoções no emaranhado do cotidiano. Acho que assim seria perfeito...
Se assim o fosse, já teríamos lutado até a morte ou exaustão, ou até que um tivesse pedido arrego e saísse choramingando pelos cantos. Mas depois disso, não mais pensaríamos nesse tema. Simplesmente eu iria para a minha matilha e você para a sua. Não haveria, repito, sentimentos que te impulsionassem a pedir-me desculpas e eu não teria que decidir se te perdôo ou não, se te liberto ou não de mim.
Conta a lenda que a vingança ou a falta de perdão é um veneno que se toma querendo que o outro morra. Não quero que você morra. Só quero que as coisas sejam diferentes... Eu não tenho nada que lhe desculpar. Você não tem de que pedir desculpas. Continuemos assim então ? Trocando de ruas e pistas, e vestindo óculos escuros para não precisar olharmo-nos nos olhos... Ou não.
Talvez devêssemos conversar. Sentar como pessoas civilizadas e humanas que somos, e conversar apenas. Eu te ouviria, você falaria. Eu diria “tudo bem” e sairíamos com as consciências tranqüilas e mais leves, quiçá.
Mas diga-me, conversar para quê? Eu não diria nada, choraria apenas como sempre faço. Bateria em você e desfiaria novamente todo aquele velho rosário que já rezamos por tantas vezes. E depois ? Depois, tudo seria natural. Você iria embora, encontraria a menina no outro lado da rua. Eu viria para a minha casa, odiando-me por ter te conhecido e ter permitido a sua presença e choraria por mais cinco noites seguidas.
Para você, a vida seguiria o curso normal. Ignorando-me.
Para mim, seria o reinicio do inferno. Tristeza por perceber mais uma vez que não se perde aquilo que não se tem...
Pergunto-me(lhe) então: não me interprete mal, não há rancor. Há apenas uma “não-vontade” de sair do meu lugar de acomodação e remexer em algo que já está embaixo do tapete. Será que você conseguiria me entender ?
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Um minuto de silêncio
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Oi safado

domingo, 27 de setembro de 2009
Tempos de Faculdade
Finalmente as palavras voltaram. Escrevi muitas coisas no final de semana: artigo da revista, ensaio da pós com 7 páginas, textos para o blog... Ou seja, estou felizinha e com os dedos cansados. Para escrever tudo isso, precisei revirar alguns papéis velhos. Leia-se: pastas da faculdade. Precisava encontrar uns textos do Bordieu, mas não encontrei uma só folha dele. Encontrei outras coisas... Encontrei memórias. Muitas memórias.
Eu sempre disse que não aproveitei a época da faculdade. Por diversos motivos. Claro que o maior de todos era a minha falta de tempo... Entrei na UERJ com 18 anos. Ótima idade, você dirá. O problema é que eu com 18 anos morava sozinha (meus pais moravam no RS e eu no RJ), trabalhava cerca de 10 horas por dia, estudava, malhava, cuidava e mantinha a casa (de verdade) e ainda que tinha que arrumar tempo para o namorado, que já existia nessa época. Além disso, eu revezava aulas de inglês e mitologia aos sábados. O dia inteiro.
Sempre pensei não ter nenhuma lembrança daqueles cinco anos. Mas revendo meus papéis e minhas anotações, descobri que sim, eu tinha. E tenho. Muitas... Lembrei de muitos professores, muitas aulas chatas, muitas aulas boas. Lembrei do meu professor de redação que só dava cinco em todos os meus textos. Acho que foi a primeira vez na vida que fui para a prova final... Sempre me perguntei se eu escrevia realmente mal ou se ele era exigente demais. O nome dele era Ruy e a gente chamava ele de “Ruim”... Ele estava na UERJ há uns 60 anos, pelo menos. Tinha os cabelos beeeem brancos, daqueles que dá vontade de pôr a mão pra sentir se é macio, e usava um perfume extremamente forte. Quando ele apontava no corredor, da sala nós já sentíamos o cheiro do perfume e ouvíamos os passos dele. Durante a aula era aquele silêncio. Às vezes, a gente achava melhor não respirar porque qualquer barulho o incomodava. E não, ninguém queria incomodar o Ruy. Bom, o que sei dele é que ele odiava os meus textos, mas passei nele. Com a média cravada, mas passei. Depois tive outras cadeiras de redação. Em uma tal de TCE – Técnicas de Comunicação e Expressão – eu só tirava dez. Bom, a turma dizia que quem me dava 10 era o professor e não os meus textos. Alguns mais maldosos diziam que eram as minhas pernas... Eu discordo disso, obviamente. rs
Quanto aos professores, lembro de alguns. Mais do que nomes, lembro de rostos, aulas, conversas. Se eu fosse classificá-los, precisaria de várias subdivisões: os que me ensinaram muitas coisas boas da profissão, os que não me ensinaram nada, os que eram doidos de pedra, os que me conquistaram como pessoa, os que eu me perguntava o que estavam fazendo na universidade e UM pela falta de caráter.
Olhar aquela papelada trouxe à tona memórias muito antigas... Cenas que permaneceram escondidas esse tempo todo. Foram cinco anos dentro da UERJ. Cinco anos lutando todos os dias. Cruzava três municípios por dia. Três grandes municípios. Correria, pressa, ônibus lotado, outro ônibus, outro ônibus. Livros, pastas, cadernos, xerox. Escadas, escadas, escadas. Salto alto correndo pelos corredores – toc toc toc toc. Chegava na sala tão acabada que jogava tudo, e quando finalmente me ajeitava, estava na hora de ir embora.
Além da lembrança da correria constante, outras surgiram em minha mente: a ligação de parabéns por ter passado no vestibular, o dia da matrícula, o primeiro dia de aula, a escolha das disciplinas, o rapazinho bonito e educado que me ajudou a montar o horário e depois me levou em casa.
Lembrei também do primeiro show do George na faculdade, da primeira festa que participei, da primeira vez que o V. foi me pegar com aquela calça de brim e a blusa azul e como me senti importante e invejada por ter um cara como ele.
Lembrei do Palácio de Cristal, da cantina, das aulas, dos bancos, da grama pisada. Dos dias em que passei estudando e discutindo com o pessoal da História – até hoje acho que fiz o curso errado. Daquele rapaz que me explicava as diferenças entre os “compêndios”... e ele era lindo e tinha olhos tão lindos e me despertava tantas coisas...
Lembrei das milhões de idas à secretaria para pedir requerimentos, matrículas, matérias e carteirinhas. Do medo de ir ao banheiro à noite sozinha porque eu sempre achava que tinha alguém escondido em algum lugar...
Não me lembro se eu tinha caderno. Lembro de ler livros o tempo inteiro. Vários e ao mesmo tempo. Leitura feita nos ônibus, trabalhos feitos na hora do almoço, pesquisa em bibliotecas nos finais de semana e aulas de mitologia que eram em outro campus aos sábados, quinzenalmente. Sim, era uma vida muito corrida. Se havia uma coisa que eu não tinha era tempo. Sempre estava atrasada. Alguns professores aceitavam numa boa, outros não me deixavam entrar. Fui reprovada em duas matérias por falta. Fui aprovada em outras duas por bondade dos professores. E sim, tive que ameaçar um processo de assédio para ser aprovada em uma terceira.
Não quis formatura porque sempre achei isso tolice. Mas fiz a colação de grau. Saí do trabalho às 15h e fui receber o canudo com a minha roupinha de secretária executiva. Eu nunca tive turma fixa, mas ganhei uma festa de aniversário surpresa no 12 de julho de algum ano de uma turma que se considerava "a minha turma". A faculdade inteira me (re)conhecia pelo traje social em meio a tantas havaianas e bermudões. Naquela época tudo o que eu sonhava era poder ser uma menina de 18 anos que ia pra faculdade de sandálias e vestidinhos. Mas eu não podia. Tinha outras responsabilidades. E era bem paga. E justamente por isso que eu não podia reclamar. Acho que foi nessa época que eu descobri que dinheiro não comprava - e nem compra - a minha felicidade.
Um dia, cheguei na aula atrasada e o professor não me deixou entrar. Voltei com pasta, livros, apostilas e blazer nos braços. Sentei na escadaria principal, soltei os cabelos e chorei. Chorei porque eu não conseguia mais. Eu dava o melhor de mim e ainda não era o bastante. Chorei como uma menininha que só precisava de colo. Ou apoio. Ou ajuda. E foi aí que um grande amigo chegou e sentou-se ao meu lado. E conversou comigo. E me ouviu. E me consolou. E disse: “você tem mais responsabilidades do que deveria ter”. Naquele dia eu resolvi trancar a faculdade... Fiquei um ano afastada, com stress. Meu olho pulsava, chorava à toa, não tinha disposição para nada. Um ano depois voltei. Contrariada, mas voltei.
E foi aí, na volta, que eu descobri a paixão pelo curso. Descobri que dar aula era tudo o que eu queria e que eu precisava de equilíbrio. Estudava o que dava, confesso. Gostaria de ter estudado muito mais, talvez por isso hoje em dia estude tanto e com tanto gosto. Com exceção de “Port I”, minhas notas sempre foram acima de 8.5. Afinal, nunca gostei de fazer as coisas pela metade.
Descobri que às vezes era necessário sentar na mesa do bar e jogar conversa fora. Descobri que eu não precisava ir às festas para curtir a música – eu podia simplesmente ouvir pela janela. Mas quando a vontade era incontrolável, eu descia e fazia uma social. Aprendi a levar shortinhos e havaianas no carro. E aprendi que podia trocar de roupa quando queria me sentir mais adolescente. E foi assim, nessa volta por obrigação, que descobri a paixão que alguns professores tinham pela arte de ensinar. E foi aí que eu decidi que tudo o que eu mais queria era ser igual a eles. Descobri que despertar a vontade de aprender no outro é a melhor sensação do mundo. Descobri que os livros são amigos e não inimigos, e que mesmo quando são obrigatórios, eles são deliciosos. Mas é preciso aprender a saborear. E saborear por completo, não apenas o miolo. Como tudo na vida... Foi aí que comecei a me dar conta que o todo é que me faz feliz. E foi aí que me percebi feliz. Com o trabalho, com a faculdade, com o namorado. E hoje, ao lembrar de todas essas coisas, chorei. Chorei porque sempre achei que não tivesse aproveitado a minha graduação, mas descobri, finalmente, que sim... foram cinco anos muito felizes e quis dividir essa experiência com vocês.
Espero que tenham gostado.
Uma abençoada semana para todos!
Beijo e até a próxima
domingo, 20 de setembro de 2009
Ando meio desligado...
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
"Lá vem o sol..." Mas... Falta mto ainda ???
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Será que vai chover ?
- Não...
- Ahn... – fazendo cara de decepção – Está certa... Casar para quê, né? Bom... vou indo...
- Pois é... Até mais... – fazendo cara de bunda.
Já passou por isso ? Se você chegou aos 25 e não casou, sim. Tenho certeza. Fico pensando o que leva as pessoas perguntarem esse tipo de coisa. Sinceramente, você não acha que se eu tivesse casado, você saberia ? Pelo blog, pelo orkut, pelo convite, pela festa, pelos meus pais, pelos vizinhos fofoqueiros, pela aliança na minha mão... Aaaaahh, tenho certeza: você saberia sim! Ou seja, se você não teve nenhum sonho premonitório e nem recebeu nenhum sinal de fumaça é porque não, eu não casei. E acredite, estou bem assim. Quer você queira ou não.
Houve um tempo em que eu andava tão de saco cheio dessa “maledita” pergunta que comecei a responder que era viúva. Simples. A pessoa fazia uma cara de espanto tão grande e ficava tão absurdamente sem graça que mudava de assunto rapidinho. E por conta própria. Funcionou muito bem durante um tempo, mas depois cansei da brincadeira. Pensei que isso poderia me trazer mau agouro... rs. Depois, passei a dizer que era separada. Também era uma boa resposta. Ninguém perguntava mais nada. No máximo, “há quanto tempo?”. Também era uma boa. Confesso que às vezes, ainda uso esse migué... E sempre funciona: a pessoa muda de assunto. Sempre.
No sábado à noite estava trocando figurinhas com umas amigas e lá pelas tantas começamos a pensar em possíveis respostas para essa pergunta infeliz – isso que dá reunir cinco mulheres em um sábado à noite - rs. A da Letícia é ótima: “Casar ? Agora ? É ruim, hein... Adooooro não precisar depender de ninguém e poder comprar o que eu quiser sem dar satisfação, ter o meu dinheiro, poder ir e vir, sair, viajar... sabe como é, né ? E você, casou ?”. Diz ela que a pessoa responde um “sim” tão envergonhado que se tem a impressão de que o feitiço virou contra o feiticeiro. A última vez que ela usou essa inversão foi na Havan... Ou seja...
Fiquei pensando com os meus botões solteiros... Qual a graça de perguntar isso ? Meu Deus, eu não saio por aí perguntando se as pessoas casaram ou deixaram de casar. Pergunto se a pessoa está bem, se tem novidades, se a família vai bem, etc, etc, etc... Ou seja, tem milhões de coisas que o ser humano pode perguntar por educação. Até mesmo um “será que vai chover?” serve. Mas não, as pessoas têm fascínio nessa pergunta (“e aí, casou?”)... Quer dizer, as pessoas não. As pessoas CASADAS. Porque eu nunca vi uma solteira perguntar para outra se casou ou não. Sabe o que estou começando achar ? Que deve haver algum tipo de grupo de “frustradas-casadas” que ficam por aí buscando novos membros para irmandade... Só pode ser. Porque se fosse por uma boa causa, elas perguntariam coisas como os exemplos acima. E claro, não fariam a cara de enterro que fazem ao perguntar... Ou quando ouvem o nosso sonoro “não, não casei”. Hehehehe
Bom, em todo caso, a Lilica e eu já resolvemos o que faremos se “nada der certo”. Não entraremos na irmandade das frustradas. Vamos juntar a nossa grana adquirida ao longo da vida, somar com as nossas aposentadorias e torrar tudo em viagens pelo mundo. Afinal, não teremos ninguém para dar satisfação, como diz a Leleka. Seremos velhinhas e viajonas. Literalmente. Tiraremos fotos no Monte Everest, na Ilhas Gregas e até mesmo nas tribos africanas. Depois, escreveremos um livro e apareceremos no Fantástico. Bem felizes. Enrugadinhas e com os cabelos brancos, mas rindo um monte das casadas infelizes. Aquelas frustradas.
Não sou contra o casório, que isso fique bem claro. Eu até quero casar. Juro. Mas se não rolar, paciência. Acredito que existam outras formas de ser feliz. As tais saídas alternativas. Já ouviram falar ? Então... Será que elas não acreditam nisso também ?? Hum... pelo visto não... Porque se elas soubessem que existe um mundo, uma vida "além-casamento", teriam perguntas muito mais legais... Aliás... por falar nisso: será que o sol aparece amanhã ?
Uma excelente semana!
sábado, 29 de agosto de 2009
Texto do "nada a dizer"
Pensei que a minha inspiração viria do par de covinhas que conheci há poucos dias. Achei que o sorriso ou o olhar daquele rapaz fosse me ser útil na atualização do blog. Mas não. Nada saiu. Depois pensei nas aulas que tive esta semana, nas conversas com as meninas, nos meus milhões de afazeres, na conversa com meu queridinho Thiago, na minha falta de voz crônica... mas nada. Nada brotou na minha mente louca. Ideias até surgiram. Mas cadê as palavras ? Elas não apareceram... Talvez tenham se escondido em algum lugar junto com a minha voz... Talvez, minhas palavras não queiram mesmo se manifestar por um tempo... Silenciar. Talvez a ordem seja essa e eu não esteja interpretando. Será ?
“Só passei para dar um ‘oi’”. Essa frase - que muitos desejaram que eu tivesse dito esta semana – será dita aqui. Apenas isso.
Não, não trarei nada útil para os meus queridos amigos-leitores-cibernéticos. Não falarei nada que os faça pensar, questionar ou xingar. Não tenho nada a declarar. Por que então vir aqui ? Para dizer oi... Só isso. Dizer que estou cansada, cheia de tarefas, trabalhos, cadernos, provas, apostilas e resenhas pendentes. Além de tudo que já tenho, dizer que voltei a nadar – o que tem sido uma graaande terapia. Aliás, hoje daria meu reino por uma piscina... Ficaria horas lá dentro mergulhando e batendo braços... só pra descansar a mente.
Cabeça cheia. Pensamentos desencontrados. Saudades do verão. E por último, desejo grande de conhecer o dono das covinhas que tem me tirado o equilíbrio. Apesar de tudo, todos estão dizendo que estou mais bonita... Ainda bem que tudo na vida tem o lado bom... Pelo menos isso.. Por que será essa beleza ?? rs
É isso...
Um grande beijo e uma semana incrível para todos.
Pensamento completamente perdido:Por que será que é sempre tão bom conversar com você ?? Como eu queria que o seu treinamento fosse pra mim...
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Sobre buscas
Não, não foi proposital lembrar da crônica dela. Na verdade, eu sentei aqui em frente ao computer com a cabeça rodando... Palavras que desejavam sair, mas o sono não permitia. E foram elas que me fizeram ligar essa joça e pôr para fora os pensamentos desajeitados. Comecei a digitar coisas meio sem nexo aparente, quando de repente me dei conta de que eu estava falando as mesmas coisas que a Martha. Óbvio que não tão bem quanto ela, e nem com as mesmas palavras. Mas a temática era a mesma.
Era um filme tosco. Não era nem romance (até porque eu não gosto desse gênero). Quando, em meio a uma cena, a seguinte frase saiu de minha boca: “não quero mais isso”. A frase surpreendeu-me, não sei se mais pelo que ela representava ou se pela sinceridade com que foi dita. Dita, isso mesmo. A frase foi oralizada, embora eu estivesse sozinha em minha cama. E é verdade, não quero mais isso. Quero muito mais do que isso.
Não, eu não quero mais fantasmas, nem zumbis. Quero alguém vivo, alguém que me surpreenda, que me ilumine a alma, que me tire do chão, que brinde e até brigue comigo. Quero alguém por quem meu coração dispare, por quem minha barriga sinta frio. Alguém em quem eu possa confiar, alguém com quem eu passe momentos felizes e tristes, alguém com quem eu possa dormir e acordar, e dizer coisas simples como "boa noite", "bom dia", "eu te amo" e "eu também".
Definitivamente, eu cansei das andanças, das estadias e dos albergues. Quero agora parar. Quero um lugar tranquilo onde eu possa repousar minha cabeça no final do dia, onde eu possa esquecer o resto do mundo. Na verdade, quero alguém que me faça esquecer o mundo. Pelo menos, o mundo lá fora.
A Kerly sempre me diz que eu não desejo isso de verdade. A Benair diz a mesma coisa. Elas afirmam que eu falo da boca para fora... que no dia que eu realmente desejar, do fundo do coração, a mágica acontecerá. Bom, hoje veio do coração. Eu senti. Não, não foi nenhuma carência e nem nada parecido. Foi apenas uma vontade de "interromper as buscas". É, acho que essa é a melhor definição: desejo interromper a busca. Desejo encontrar alguém que me faça parar, que me mostre como o trivial também pode ser gostoso, alguém que simplesmente caminhe ao meu lado, fale quando for necessário ou cale quando for mais necessário ainda. Quero olhos e bocas, sim. Mas quero muito mais que isso: quero mãos, braços, pernas, coração e alma.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Só as atendentes são felizes
Uma vez eu coloquei um mini-post aqui no blog que é perfeito para esse assunto. Vou refrescar-lhes a memória: "Todo mundo admira o pássaro que é livre. Mas alguém já parou pra questionar o quanto é custoso ser livre ? Tenho me perguntado se tem valido a pena pagar esse preço... "
Vez ou outra, ouço esse tipo de comentário: que sou uma mulher independente, segura de mim, pra frente, provocativa, etc, etc, etc... E sempre que recebo esse “elogio” fico me perguntando por que será que eu passo essa imagem. Já perdi as contas de quantas pessoas ficaram frustradas quando souberam que moro com os meus pais ou quando descobriram que eu não tomo pílulas (“Mas como ? Você é uma mulher tão independente!”). E é a mais pura verdade... Não sei porque ganhei esse rótulo e pra ser sincera, ainda não decidi se gosto dele ou não. Simplesmente convivo com ele. Ou aprendo a conviver.
A questão é: eu não quis ser assim. Por mim, eu estaria casada, com três filhos, trabalhando meio expediente e vivendo feliz cuidando da minha casa e da minha família. Por mim, todas as noites eu faria a janta da família e ficaria esperando meu marido chegar do trabalho sentadinha na sala assistindo a TV antes de pôr a mesa para comermos em paz e depois dormir. Na real, esse sempre foi o meu sonho. Mas as coisas não aconteceram dessa maneira. A vida foi me levando para outros caminhos, sabe-se lá Deus o porquê. Não, eu não escolhi a independência. Ela me escolheu. E ponto. Paciência.
Há poucos dias, tive uma crise muito estranha. Crise física mesmo. Uma dor que me fez sair do aeroporto de cadeira de rodas porque não aguentava nem ficar de pé. E agora descobri que tem algo errado com o meu ovário esquerdo. Ontem fui ao médico e fiquei pensando quando saí do consultório que isso deve ser falta de filho. Sim, porque os benditos “útero e cia” foram feitos para abrigar um serzinho, que no meu caso, não apareceu. O médico acha que deve ter sangue derramado lá por dentro e por isso tenho sentido tantas dores... Pra falar a verdade, eu não me preocupei com a dor em si. Me questionei sobre o fato de não ter parido, não ter gerado. E isso me deixou meio mal.... Entendem ? Sim, porque não foi uma escolha minha não ter filhos. Pelo contrário, eu queria ter uns três, mas... a coisa não deu certo. Pelo menos não até agora.
Voltando.
Para aqueles que não sabem, tenho uma teoria cretina que diz o seguinte: "apenas as atendentes de lanchonete são felizes". Não, nada contra às atendentes, pelo contrário.
Pensa comigo, a gente passa tanto tempo estudando, se preparando para um emprego melhor, para um salário melhor, para uma vida melhor que acabamos adiando as coisas mais triviais. Exemplos ? Vamos lá... "vou casar SÓ quando terminar a faculdade", "vou engravidar SÓ quando eu tiver estabilidade financeira", "vou ter uma casa na praia SÓ quando eu me aposentar" e por aí vai. Se você se identificou com alguma dessas frases, bem-vinda ao clube. O problema é que acabamos muitas vezes nos esquecendo que a vida se faz no agora. Te peguei, né ? Pois é... Encare os fatos... claro que é muito melhor conseguir determinadas coisas com a maturidade ou com a segurança de uma situação estabilizada, mas pensem bem... às vezes, se adia tanto que se perde de vista aquilo que era o sonho... E por que as atendentes entraram na teoria ? Você conhece alguma atendente de lanchonete que não seja casada e com filhos ? Então, nem eu. Ah, você não conhece nenhuma atendente ? Passe a reparar então quando for a alguma lanchonete... todas usam alianças e mesmo quando não usam, têm filhos. É só perguntar... pode acreditar, já fiz o teste... rs
E por que as considero felizes ? Porque vivem uma vida mais simples. Não tem essas neuras de mestrado, doutorado, ganhar cinco mil por mês, garantir uma aposentaria de vários mil reais por ano ... Elas simplesmente vão vivendo. A diferença é que quando elas chegam em casa tem uma família esperando por elas. Mesmo com todas as dificuldades pelas quais devem passar. Mas afinal de contas, vai dizer que as mulheres independentes também não têm dificuldades ? Claro que sim... E muitas vezes, a solidão é uma delas. Se não a pior.
Pois bem. Nunca desejei ser essa pessoa determinada, perfeccionista, independente e todos esses outros adjetivos. Sério. Sempre quis ser a Amélia, aquela que era "a mulher de verdade". Mas não rolou. Pelo menos não até agora (já disse isso antes... rs). E sinceramente, com o passar dos anos minha esperança de ainda o ser, diminui. Drasticamente.
E o mais engraçado é que tenho visto muitas mulheres hoje em dia adiando a gestação para os 35, 40 anos... Por escolha própria. E sempre que me deparo com alguma dessas mulheres, fico pensando: “será que foi realmente escolha dela ?” Não sei... Posso dizer por mim e no meu caso, como disse antes, não escolhi, fui escolhida. E deve haver alguma razão para isso, que eu sinceramente não sei qual é. Ainda não descobri. Mas que deve haver, deve.
Por isso, deixarei aqui o apelo. Se algum moçoilo aí quiser mudar o rumo da minha rota, estou aceitando dirigentes novos. Mas que seja alguém que seja homem o suficiente para encarar um “mulherão”, como dizia o Jabour. Garanto que sei bordar, lavar, passar e cozinhar (e olha que cozinho muito bem!). E claro, além desses itens de fábrica, você ainda receberá alguém que sabe administrar as contas, a casa, o trabalho e todas as responsabilidades de uma vida louca... Quer tentar ? rs Brincadeira, gente...
Pra fechar. Posso até ser isso aí que vocês falam, mas pra falar a verdade, não gosto desse termo. Ou pelo menos tenho uma série de ressalvas... Enfim, o recado era esse e espero ter alcançado o meu objetivo e mais do que isso, espero ter deixado o meu amigo feliz com o texto. No mais, pensem com carinho nas coisas que eu disse... a vida se faz no agora. Sempre.
Um grande beijo e uma boa semana!