Pra que mesmo ???
"... é sempre a minha carne que se encontra nas minhas palavras." Rubem Alves
sábado, 13 de junho de 2015
Desesperança
domingo, 17 de maio de 2015
Texto para maiores II
domingo, 5 de abril de 2015
Baixando, Terra, voltando!
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Persuasão
domingo, 18 de agosto de 2013
Autobiográfico
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Ilusão
Assim, sem mais nem menos, eu percebi - ou lembrei, sei lá - que você não é apenas fruto da minha imaginação ou algo que eu desejei tanto que se tornou concreto em minha mente. Não, você é mais que isso. Você é lembrança. E lembrança a gente só tem de algo que realmente existiu, de algo que realmente aconteceu.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
E enquanto isso...
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Eu, a Raposa e o Príncipe
- Por favor... cativa-me! disse ela.- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa nenhuma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não te queria fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada.
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
domingo, 14 de outubro de 2012
De novo.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Inveterada
Deveria, eu sei, celebrar todos os dias as alegrias e a jovialidade do amor. Ok, acho bonito tudo isso de amar e viver num eterno mar de rosas... bonito sim, mas não atrativo. Gosto das histórias, dos dramas - mesmo que eu negue até a morte ser dramática - , dos rolos e enrolos do amor, se me permite a língua portuguesa um possível neologismo.
Gosto dos textos tristes e apaixonados e rasgados e sofridos e ensaguentados. Neles eu me encontro.
Admito, sou uma romântica inveterada. E no sentido original da palavra.
sábado, 17 de março de 2012
Sobre Facebook e Schopenhauer
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Insônia
(...)
E aí ela me diz que tem dificuldades para esquecer, para deixar as coisas do passado no passado. E eu fico pensando em quantas vezes eu desejei que as coisas do passado realmente ficassem por lá. Mas elas não ficam. Elas me assombram e me chamam e me arrastam pra ele novamente. E eu vou. Eu vou porque lá é sempre melhor, lá é sempre mais confortável do que o real, o atual, o agora.
E ela me diz ainda que se realmente tudo fosse perfeito como eu penso, eu ainda estaria lá ou ele ainda estaria aqui, sei lá qual a ordem correta, mas ainda seríamos um, mas ela não entende o que acontece. Ela não entende e nem conhece o que se passa... E queira Deus que ela nunca precise conhecer.
E eu penso e peno e reflito e choro e grito e esperneio. E ele não está. E ele continua não estando. E eu penso novamente em ligar, em chamar, em dizer, em perguntar, em questionar o porquê de ele não estar aqui, de não estarmos aqui. Por que ele é o amor da minha vida??? Porque ele É o amor da minha vida. Ou não é? Ele é, eu sei. Eu sei disso. E ela me diz agora que se ele realmente o fosse, eu não sofreria. Mas ela não sabe que eu sou romântica, dramática e canceriana. E que eu quero pensar que ele também pensa, seja lá em qual cama estiver, que eu também sou o amor da vida dele e o quanto ele foi burro por ter me deixado partir.
E ela me diz que não é, que é ilusão, que é utopia, q é idiotice, tolice, babaquice ou qualquer outra coisa que termine com ice. E eu ouço e penso mais um milhão de vezes em como dói gostar de alguém pra sempre, pra sempre, pra sempre. E dói eternamente. E eu tenho medo disso nunca parar, curar, ter fim.
(...)
E eu penso em como vivo uma vida paralela, abrindo portas e janelas e paredes e coisas que eu nem quero de verdade. E penso ainda em por que faço, tão instintivamente, se eu realmente não quero nada disso, se eu não quero nenhuma delas, mas só a primeira de todas as portas, aquela que me fez abrir todas as outras - como se alguma vez na vida eu tivesse tido algum real interesse em abrir alguma coisa que não fosse a minha alma para ele. Quero justamente a única porta que está fechada. E aí, elas, as portas, janelas e paredes, vão ficando assim, abertas, sem graça, desbotadas e deslocadas enquanto eu simplesmente caminho por elas, fingindo interesse e brincando por algumas semanas até que aquilo se torne sufocantemente falso demais e estúpido demais e sem graça demais. Então, eu volto pro mesmo lugar quente de sempre e de antes e choro e grito e esperneio. E penso em te ligar, em te chamar, em te perguntar, em te dizer mais uma vez: me tira dessa droga de vida, me salva, me resgata, me acorda desse sonho terrível que é viver sem você. Vem e foge comigo, pelo amor de Deus.